quinta-feira, 24 de abril de 2014
Um caso em que o interesse do estado prevaleceu sobre o dos privados!
Hospital Pedro Hispano poupa 4,4 milhões de euros em exames
Em 2003, a unidade local de saúde de Matosinhos fez contas à vida. Gastava 5,5 milhões em exames fora, apesar da capacidade instalada. Decidiu fazê-los em casa. Em 2013 já só pagou 1,1 milhão a privados.
Há 11 anos que a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), que junta o Hospital Pedro Hispano e os centros de saúde do concelho, faz o que o Ministério da Saúde anunciou, há semanas, que quer ver: quem precisa de análises faz a colheita ali mesmo e o produto é analisado pelo hospital de que depende a unidade, sem necessidade de recorrer aos convencionados. A ideia é poupar parte dos 150 milhões que o Estado paga aos laboratórios privados.
In: http://www.jn.pt/ PaginaInicial/Sociedade/Saude/ Interior.aspx?content_id= 3823268
In: http://www.jn.pt/
sábado, 19 de abril de 2014
Que nome se deve chamar a estes governantes?
As estatísticas dos hospitais estão erradas! E as outras??!!
Nota da CUSMT:
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo há muito que vem denunciando falta de transparência nas informações que vinham sendo dadas e publicadas. Por exemplo, no Conselho Consultivo do CHMT (que não reúne desde 13 de Mai...o de 2013), levantámos a questão da ausência de dados relativos ao mês de Dezembro de 2012. A resposta foi evasiva...
Mais recentemente denunciámos que os últimos dados publicados dizem respeito a Agosto de 2013, como se pode comprovar no site do CHMT.
Estas denúncias vêm pôr em causa a qualidade do trabalho realizado pelas empresas privadas contratadas para fazer tarefas de serviços públicos e levanta UMA PERGUNTA: Será que podemos acreditar nos dados que o Governo nos vai dando para justificar "os êxitos" das suas políticas?
Entretanto, o Ministério da Saúde continua a sua política de tornar ainda mais caro e mais longe o acesso a cuidados de saúde.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo há muito que vem denunciando falta de transparência nas informações que vinham sendo dadas e publicadas. Por exemplo, no Conselho Consultivo do CHMT (que não reúne desde 13 de Mai...o de 2013), levantámos a questão da ausência de dados relativos ao mês de Dezembro de 2012. A resposta foi evasiva...
Mais recentemente denunciámos que os últimos dados publicados dizem respeito a Agosto de 2013, como se pode comprovar no site do CHMT.
Estas denúncias vêm pôr em causa a qualidade do trabalho realizado pelas empresas privadas contratadas para fazer tarefas de serviços públicos e levanta UMA PERGUNTA: Será que podemos acreditar nos dados que o Governo nos vai dando para justificar "os êxitos" das suas políticas?
Entretanto, o Ministério da Saúde continua a sua política de tornar ainda mais caro e mais longe o acesso a cuidados de saúde.
.......................
Bronca nas contas dos hospitais
Números do site oficial estavam errados. Ministério acusa empresa
Dados de Dezembro de 2013 foram retirados do site depois de o i ter confrontado o ministério com várias discrepâncias
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) retirou ontem do seu site as contas dos 39 hospitais EPE relativas a Dezembro de 2013. A decisão foi tomada depois de o i ter confrontado o organismo que gere os dinheiros da saúde com as discrepâncias dos números divulgados.
Em causa estava o facto do valor da soma das parcelas (de cada hospital) em vários indicadores não bater certo com os totais apresentados na página inicial com os dados nacionais globais. A começar pelos custos operacionais. Na página inicial, podia ler-se que o valor global de todas as unidades era de 4795 milhões de euros, o que representaria um decréscimo de 50 milhões (-1%) em relação aos 4845 milhões registados em 2012. Mas de acordo com a soma dos custos apresentados nas fichas individuais de cada hospital, este indicador já totalizava 4920 milhões, ou seja, mais 125 milhões do que o o valor apresentado na tabela inicial. E sendo assim, este montante já traduziria um acréscimo de 75 milhões (+1,5%) em relação a 2012.
Confrontados com estas e outras discrepâncias, a porta-voz da ACSS respondeu: "Os dados que foram colocados no microsite resultam de uma falha informática da responsabilidade da empresa gestora e não correspondem aos dados reais das instituições. A ACSS lamenta o erro e apurará responsabilidades por este inaceitável lapso."
Nos resultados operacionais, os números também não batiam certo, apesar de a diferença não ser tão acentuada. Na tabela global, o número divulgado era de 324,6 milhões de euros negativos, o que significaria uma melhoria de 48,5 milhões (13%) relativamente aos resultados operacionais alcançados em 2012. A soma dos valores de cada hospital dá, porém, 326 milhões, isto é, menos 47,2 milhões do que em 2012 (12,6%).
No caso das dívidas vencidas a fornecedores externos, o montante inscrito na tabela global apontava para 837,4 milhões de euros, mas a soma de cada um dos hospitais já dava um total de 875,9 milhões, ou seja, mais 38,5 milhões. No quadro inicial a ACSS referia ainda que o montante da dívida vencida não tinha registado nenhuma variação em relação a 2012. Um dado, no mínimo, surpreendente, tendo em conta que em Janeiro de 2013 o valor da dívida vencida era de 1018 milhões de euros.
O i chegou a questionar ainda a ACSS com o facto de o montante das dívidas vencidas em Dezembro representar um decréscimo de apenas 445,6 milhões em relação ao montante registado em Outubro - mês em que o valor da dívida vencida atingiu o pico de 1321 milhões -, apesar de terem sido injectados quase dois mil milhões nos hospitais nos últimos meses do ano passado.
Outra das discrepâncias detectadas pelo i tinha a ver com o EBITDA (cash-flow ou margem operacional). A tabela global indicava que os hospitais tinham fechado o ano com um EBIDTA negativo de 157,1 milhões. Já a soma dos valores de cada unidade hospitalar totalizava -155 milhões de euros.
Dados de 2012 por divulgar Outra das falhas detectadas pelo i prende-se com o facto de a ACSS nunca ter divulgado os dados da monitorização mensal relativos a Dezembro de 2012. O i pediu-os há várias semanas para poder fazer as comparações homólogas, mas até ontem não recebeu qualquer informação.
Em relação aos dados divulgados, o i constatou ainda que na lista dos hospitais com estatuto empresarial não constam os relativos ao Centro Hospitalar do Oeste. Questionada sobre esta situação, a porta-voz da ACSS limitou-se a reafirmar que "houve um problema técnico" que estão a tentar apurar. O i constatou, entretanto, que desde Agosto que a ACSS não divulga os dados desta unidade hospitalar.
A história repete-se Esta não é a primeira vez que este tipo de erros ocorrem no âmbito do organismo que gere os dinheiros do Ministério da Saúde. Desde os governos de António Guterres que os números apresentados pelos responsáveis da ACSS (na altura chamava-se IGIFS - Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde) suscitavam polémica no parlamento, aquando das discussões das propostas de Orçamento do Estado para o ano seguinte. Foram várias as vezes que o então deputado do PCP, Octávio Teixeira, confrontou os secretários de Estado Manuela Arcanjo, primeiro, e Francisco Ramos, depois, com o facto da soma das parcelas de algumas rubricas não bater certo com o total dos indicadores apresentados no mesmo quadro. No caso da ex-secretária de Estado de António Sousa Franco, o mal estar causado pelos comentários do deputado comunista eram evidentes. Convém lembrar ainda que, entre 1999 e 2002, o presidente do IGIFS era Manuel Teixeira, actual secretário de Estado da Saúde de Paulo Macedo.
Apesar de contar com 206 efectivos (dados do relatório de actividades de 2011, o mais recente que foi divulgado), a ACSS sempre pautou a sua actividade pelo recurso frequente a outsourcing. Em 2010, a ACSS perdeu as competências das tecnologias de informação para uma nova entidade -a SPMS - Serviços Partilhados da Saúde - mas a contratação de empresas externas continuou a ser uma prática corrente.
Em causa estava o facto do valor da soma das parcelas (de cada hospital) em vários indicadores não bater certo com os totais apresentados na página inicial com os dados nacionais globais. A começar pelos custos operacionais. Na página inicial, podia ler-se que o valor global de todas as unidades era de 4795 milhões de euros, o que representaria um decréscimo de 50 milhões (-1%) em relação aos 4845 milhões registados em 2012. Mas de acordo com a soma dos custos apresentados nas fichas individuais de cada hospital, este indicador já totalizava 4920 milhões, ou seja, mais 125 milhões do que o o valor apresentado na tabela inicial. E sendo assim, este montante já traduziria um acréscimo de 75 milhões (+1,5%) em relação a 2012.
Confrontados com estas e outras discrepâncias, a porta-voz da ACSS respondeu: "Os dados que foram colocados no microsite resultam de uma falha informática da responsabilidade da empresa gestora e não correspondem aos dados reais das instituições. A ACSS lamenta o erro e apurará responsabilidades por este inaceitável lapso."
Nos resultados operacionais, os números também não batiam certo, apesar de a diferença não ser tão acentuada. Na tabela global, o número divulgado era de 324,6 milhões de euros negativos, o que significaria uma melhoria de 48,5 milhões (13%) relativamente aos resultados operacionais alcançados em 2012. A soma dos valores de cada hospital dá, porém, 326 milhões, isto é, menos 47,2 milhões do que em 2012 (12,6%).
No caso das dívidas vencidas a fornecedores externos, o montante inscrito na tabela global apontava para 837,4 milhões de euros, mas a soma de cada um dos hospitais já dava um total de 875,9 milhões, ou seja, mais 38,5 milhões. No quadro inicial a ACSS referia ainda que o montante da dívida vencida não tinha registado nenhuma variação em relação a 2012. Um dado, no mínimo, surpreendente, tendo em conta que em Janeiro de 2013 o valor da dívida vencida era de 1018 milhões de euros.
O i chegou a questionar ainda a ACSS com o facto de o montante das dívidas vencidas em Dezembro representar um decréscimo de apenas 445,6 milhões em relação ao montante registado em Outubro - mês em que o valor da dívida vencida atingiu o pico de 1321 milhões -, apesar de terem sido injectados quase dois mil milhões nos hospitais nos últimos meses do ano passado.
Outra das discrepâncias detectadas pelo i tinha a ver com o EBITDA (cash-flow ou margem operacional). A tabela global indicava que os hospitais tinham fechado o ano com um EBIDTA negativo de 157,1 milhões. Já a soma dos valores de cada unidade hospitalar totalizava -155 milhões de euros.
Dados de 2012 por divulgar Outra das falhas detectadas pelo i prende-se com o facto de a ACSS nunca ter divulgado os dados da monitorização mensal relativos a Dezembro de 2012. O i pediu-os há várias semanas para poder fazer as comparações homólogas, mas até ontem não recebeu qualquer informação.
Em relação aos dados divulgados, o i constatou ainda que na lista dos hospitais com estatuto empresarial não constam os relativos ao Centro Hospitalar do Oeste. Questionada sobre esta situação, a porta-voz da ACSS limitou-se a reafirmar que "houve um problema técnico" que estão a tentar apurar. O i constatou, entretanto, que desde Agosto que a ACSS não divulga os dados desta unidade hospitalar.
A história repete-se Esta não é a primeira vez que este tipo de erros ocorrem no âmbito do organismo que gere os dinheiros do Ministério da Saúde. Desde os governos de António Guterres que os números apresentados pelos responsáveis da ACSS (na altura chamava-se IGIFS - Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde) suscitavam polémica no parlamento, aquando das discussões das propostas de Orçamento do Estado para o ano seguinte. Foram várias as vezes que o então deputado do PCP, Octávio Teixeira, confrontou os secretários de Estado Manuela Arcanjo, primeiro, e Francisco Ramos, depois, com o facto da soma das parcelas de algumas rubricas não bater certo com o total dos indicadores apresentados no mesmo quadro. No caso da ex-secretária de Estado de António Sousa Franco, o mal estar causado pelos comentários do deputado comunista eram evidentes. Convém lembrar ainda que, entre 1999 e 2002, o presidente do IGIFS era Manuel Teixeira, actual secretário de Estado da Saúde de Paulo Macedo.
Apesar de contar com 206 efectivos (dados do relatório de actividades de 2011, o mais recente que foi divulgado), a ACSS sempre pautou a sua actividade pelo recurso frequente a outsourcing. Em 2010, a ACSS perdeu as competências das tecnologias de informação para uma nova entidade -a SPMS - Serviços Partilhados da Saúde - mas a contratação de empresas externas continuou a ser uma prática corrente.
publicado por usmt às 16:50
sábado, 12 de abril de 2014
ACES LEZÍRIA: Finalmente reune o Conselho de Comunidade
No próximo dia 21 de Abril, 14,30 horas, na Sala de Reuniões do Centro de Saúde de Almeirim, reúne finalmente o CONSELHO DE COMUNIDADE DO ACES LEZIRIA.
ORDEM DE TRABALHOS:
1. Apresentação do ACES LEZIRIA
2. Apresentação do Perfil Local e discussão Plano Local de Saúde
3. Plano de Actividades para 2014.
NOTA: O MUSP SANTARÉM estará representado nesta reunião.
ALMEIRIM quer mais Médicos de Familia!
CUCA – Comissão de Utentes de Concelho de Almeirim
COMUNICADO
Depois de ser noticiada na comunicação social a saída de três clínicos do Centro de Saúde de Almeirim, veio a diretora do ACES Lezíria, mencionar através da comunicação social, a 19 de março, que estão previstos abrir concursos para colocação de médicos nos centros de saúde do ACES Lezíria, nomeadamente em Almeirim. Em notícia de 29 de março, menciona a Sr.ª diretora que necessita de 26 clínicos para colmatar as falhas existentes em todo o ACES, referindo que tinha ainda de esperar “para saber quantas vagas serão abertas no próximo concurso para colocação de médicos que estão a concluir a especialidade de Medicina Geral Familiar”, o que nos faz depreender que não sabia a esta data a Sr.ª Diretora se seria aberto o concurso para os 26 clínicos necessários. Por fim, em notícia de 9 de abril, refere a Sr.ª Diretora que espera conseguir colmatar as falhas existentes em Almeirim com a colocação de clínicos no referido concurso. Contudo, não é concretizado em nenhuma das notícias, por parte da Sr.ª Diretora, quantos clínicos irão ser colocados em Almeirim, isto é, se irão ser colocados três clínicos, se mais, se menos.
A CUCA relembra que a situação do concelho não se resolve com a colocação de três clínicos, uma vez que neste momento, e ainda antes da saída das três médicas em questão, existem 6002 utentes privados deste serviço básico e essencial, ou seja, 26% dos inscritos.
Face ao exposto, a CUCA vem por este meio manifestar a sua preocupação e apreensão com toda esta situação. Temos receio que esta falta de concretização do essencial, quantos médicos é que vão ser colocados em Almeirim em particular, e no ACES Lezíria em geral, seja uma estratégia do atual governo, face à proximidade do ato eleitoral que se vive. Como tal, a Comissão de Utentes do Concelho de Almeirim solicitou uma reunião à Sr.ª Diretora do ACES Lezíria, para lhe expor os seus problemas e preocupações, à qual aguarda resposta.
Almeirim, 10 de Abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
Documento 3º. Encontro Distrital
3º. Encontro Distrital de
Comissões e Utentes dos Serviços
Públicos
SANTARÉM, 5 de Abril
POR SERVIÇOS PÚBLICOS DE PROXIMIDADE E DE
QUALIDADE !
MOBILIZAR AS POPULAÇÕES ORGANIZAR
OS UTENTES
As políticas governamentais seguidas nos últimos anos
levaram a uma profunda deterioração das condições de vida das populações,
pondo, em alguns casos, em causa a dignidade e vida humanas.
O 3º Encontro Distrital de Comissões e de Utentes dos
Serviços Públicos de Santarém realiza-se num dos momentos em que o Governo
intensifica o ataque às funções sociais do Estado, tentando no tempo que lhe sobra
de governação destruir o máximo possível do que resta do sonho fundado no 25 de
Abril de 1974 e plasmado na Constituição da República Portuguesa, à margem e
contra a qual impõem esta hecatombe social.
Sendo verdade que nos dois anteriores Encontros Distritais
defendemos a melhoria dos Serviços Públicos e que estes conheceram uma
acentuada degradação em muitas áreas, não é menos acertado afirmarmos que se
não fosse a luta e resistência das populações organizadas nas suas Comissões de
Utentes, conjugadamente com os autarcas que quiseram estar presentes, bem mais
serviços teriam encerrado.
O balanço é arrasador: há freguesias que perderam o
direito à mobilidade em transportes públicos, a Extensão de Saúde e a Farmácia,
a estação dos CTT, o balcão da Segurança Social, jardins-de-infância e escolas
de todos os níveis, o acesso à cultura, a sua Junta de Freguesia, o sinal de
televisão e de telecomunicações, a água pública e a recolha atempada dos
resíduos sólidos domésticos.
E hoje há concelhos ameaçados de perderem a autonomia
do poder local, o Tribunal, a repartição de Finanças, a Unidade de Saúde e o
que lhes resta da Segurança Social. Muitas autarquias deixaram de apoiar o
movimento associativo criando dificuldades acrescidas no serviço público que as
colectividades prestam substituindo ou complementando o Estado.
Do ponto de vista económico e social a devastação é
avassaladora: um milhão e meio de desempregados,
dois terços dos quais sem qualquer apoio social; duzentos e cinquenta mil
trabalhadores em idade activa, muitos deles jovens e qualificados, foram
forçados a emigrar; três milhões de pobres, muitos deles trabalhando oito ou
mais horas diárias; setenta mil empresas que foram à falência e trezentos mil
postos de trabalho destruídos; os salários e as pensões regrediram dez ou mais
anos. Bem como na saúde e qualidade de
vida: regressão dos índices na saúde; na natalidade; aumento dos suicídios; imposição
de restrições severas nas requisições de transportes de doentes, nomeadamente
aos Corpos de Bombeiros; redução do tempo e da qualidade do lazer, de estar com
a família.
A experiência e as notícias que têm vindo a lume
indiciam que após as próximas eleições para o Parlamento Europeu o Governo se
prepara para nova vaga destruidora de serviços públicos.
Porque a luta para evitar o agravamento das
dificuldades já nossas conhecidas e por melhores serviços públicos numa lógica
de proximidade e com qualidade só é possível se os utentes se organizarem em
torno das suas Comissões, renovamos aqui o apelo para que as populações se
organizem, resistam à destruição dos Serviços Públicos e lutem pela reposição
dos que encerraram ou degradaram.
Assim, o 3º. Encontro Distrital de Comissões e Utentes
dos Serviços Públicos de Santarém, tem como objectivo reforçar a luta POR SERVIÇOS PÚBLICOS DE PROXIMIDADE E DE
QUALIDADE!, mobilizando as populações e organizando os utentes.
O bom funcionamento dos serviços
públicos significa poupança e melhoria da qualidade de vida das populações e
dos seus trabalhadores. A proximidade e a qualidade devem ser a matriz a que
deve obedecer a organização dos serviços públicos.
Defendemos a articulação entre os
diversos níveis de prestação de cuidados de saúde e o investimento em unidades
de cuidados continuados e paliativos. São necessários mais profissionais nas
unidades de saúde.
Defendemos a Escola Pública,
universal, geral e gratuita para todos os níveis de ensino e em todas as suas
especialidades, a colocação do pessoal docente e auxiliar suficiente para o seu
normal funcionamento, e a requalificação dos espaços escolares garantindo a
acessibilidade e a salubridade.
Defendemos a baixa dos preços da
energia como condição essencial à qualidade de vida das populações e ao
desenvolvimento socioeconómico.
Defendemos o reforço das redes das
redes de comunicações móveis, da TDT e a vigilância das forças de segurança
para evitar o roubo das linhas fixas.
Defendemos que a produção e a
distribuição de água deverá ter gestão pública, devendo ser renegociados os contratos
existentes de concessão a privados.
Defendemos o reforço de acção de
proximidade das forças de segurança.
Defendemos o aproveitamento e
manutenção das vias rodoviárias (sem portagens) como forma de combater a
sinistralidade rodoviária e melhoria das condições ambientais. Também com preços
acessíveis deve ser reforçado o transporte público.
A
ORGANIZAÇÃO DOS UTENTES
fundamental
para a informação e mobilização das populações
e
a coordenação com outras organizações sociais
O Secretariado do MUSP SANTARÉM
deverá ter mais elementos de proveniência geográfica mais alargada. Só assim se
poderá dar resposta mais eficaz às solicitações que a situação política e
social exige. Poderão ser constituídos grupos de trabalho regionais e
sectoriais.
A actividade de todas as estruturas
de utentes será tanto mais eficaz quanto maior for a ligação às populações e às
realidades sociais. Na base do trabalho colectivo, de que a informação e a
comunicação devem ser determinantes, deverá ser dinamizado o trabalho das
estruturas existentes e a constituição de outras.
Deverá haver uma intervenção mais
regular e incisiva junto da comunicação social para que cheguem às populações e
órgãos de poder e a responsáveis dos prestadores de serviços públicos, as
propostas, as análises, os protestos e as acções das diversas estruturas de
utentes.
Mais do que nunca, exige-se também
ao movimento de utentes a procura de pontes de coordenação e acção com outras
organizações sociais de que destacamos os movimentos sindical, de reformados e
o poder local.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
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