ACTUALIDADE - Provedor de Justiça aconselha cidadãos a recorrer aos tribunais face à colocação de portagens na A13
Fernando Freire satisfeito com resposta do Provedor - A Hertz já teve oportunidade de falar com Fernando Freire, vereador da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, que pediu estes esclarecimentos ao Provedor de Justiça. E a resposta de Alfredo de Sousa, como seria de esperar, foi do seu agrado: «Como é que era possível, por exemplo, a um cidadão de Freixo de Espada-a-Cinta quando passa na A13 perceber qual era a portagem, ou seja, qual o acto administrativo. Este não foi publicado em Diário da República. Os actos que impõem deveres têm que ser notificados aos respectivos destinatários. Mas a Estradas de Portugal, ao arrepio destes princípios jurídicos fundamentais, não o fez. Há aqui falta de eficácia. E há também a questão do valor da taxa! Qual é o seu valor? Então e se fosse 500 euros? O Provedor de Justiça diz, e muito bem, que a simples publicação num site ou num blogue, não tem relevância alguma». Fernando Freire reforçou o parecer do Provedor de Justiça, ou seja, há matéria para que os lesados possam recorrer aos tribunais: «O Provedor de Justiça é bem claro e diz que este regime da A13 merece o firme repúdio. Estas palavras, fortes e agrestes, são importantes. O que é que os concelhos devem fazer para ajudar as populações? Bem, posso responder por Vila Nova da Barquinha... O processo está a decorrer nos respectivos tribunais. A Câmara Municipal, em parceria com a Junta de Freguesia de Atalaia, teve o cuidado de impugnar este acto administrativo. Esperamos que os tribunais decidam em conformidade».
Falta de respeito da Secretaria de Estado - Não deixa de ser curioso - e preocupante - que um Provedor de Justiça se tenha queixado da demora na resposta por parte da Secretaria de Estado, ainda para mais quando o assunto em causa era classificado como urgente. Ou seja, houve, aqui, uma clara falta de respeito por parte de um sector do Governo face a outro órgão do Estado. Fernando Freire concorda: «Tem que existir respeito pelas instituições e pelas pessoas. Li a troca de correspondência que foi cedida por parte do Provedor de Justiça e assisti a alguma falta de lisura, de sentido de Estado, de não dar resposta, de não informar, ao abrigo do Direito à Informação, as respectivas instituições. Isto é preocupante, nomeadamente com os tempos que se avizinham».
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