Jorge Castro
20 h ·
Serei só eu a pensar assim? Não sei… Sereis capazes de imaginar
o que se gastou, por esse mundo fora, em fogos de artifício? Apenas para que
multidões de basbaques, de nariz no ar e boca aberta, se espantem,
alegadamente, com o deslumbramento fugaz de umas coisas a rebentarem nos céus…
Ali, onde não há uma participação activa individual, mas a mais
passiva e inconsequente “diversão” e “entretimento”, são gastos rios de
dinheiro em prol de coisa nenhuma que tenha utilidade palpável.
No que respeita ao nosso pequeno mundo doméstico, é ver os
autarcas de todo o país a desunharem-se para fazerem mais e melhor aquilo que
mais e melhor fazem: o foguetório. Honra às tão raras excepções.
Em tempos de cintos apertados não seria de imaginar destinos
mais razoáveis e racionais para tanto dispêndio de dinheiros públicos?
Ah, é preciso que o povo se divirta…? Mas a que divertimento
mais estapafúrdio haviam de recorrer.
De seguida, atiram-nos com o caos nas urgências hospitalares
onde os profissionais de saúde rebentam pelas costuras à míngua de meios,
principalmente humanos.
Então, não achais que isto anda tudo ligado? Ou a solução dos
nossos problemas passa por andarmos embasbacados de nariz no ar?
Sem comentários:
Enviar um comentário