quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

CONTRASTES no Portugal de 2024

 



Jorge Castro

20 h  · 

Crónicas de um reformado já muito para lá de um ataque de nervos

Serei só eu a pensar assim? Não sei… Sereis capazes de imaginar o que se gastou, por esse mundo fora, em fogos de artifício? Apenas para que multidões de basbaques, de nariz no ar e boca aberta, se espantem, alegadamente, com o deslumbramento fugaz de umas coisas a rebentarem nos céus…

Ali, onde não há uma participação activa individual, mas a mais passiva e inconsequente “diversão” e “entretimento”, são gastos rios de dinheiro em prol de coisa nenhuma que tenha utilidade palpável.

No que respeita ao nosso pequeno mundo doméstico, é ver os autarcas de todo o país a desunharem-se para fazerem mais e melhor aquilo que mais e melhor fazem: o foguetório. Honra às tão raras excepções.

Em tempos de cintos apertados não seria de imaginar destinos mais razoáveis e racionais para tanto dispêndio de dinheiros públicos?

Ah, é preciso que o povo se divirta…? Mas a que divertimento mais estapafúrdio haviam de recorrer.

De seguida, atiram-nos com o caos nas urgências hospitalares onde os profissionais de saúde rebentam pelas costuras à míngua de meios, principalmente humanos.

Então, não achais que isto anda tudo ligado? Ou a solução dos nossos problemas passa por andarmos embasbacados de nariz no ar?



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