sábado, 1 de março de 2025

Enfermeiros denunciam intenção governativa de privatizar o SNS

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Enfermeiros denunciam intenção governativa de privatizar o SNS

Após Ana Paula Martins ter admitido a vontade de fazer regressar as PPP, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) emitiu um comunicado no qual denuncia a intenção do Governo de privatizar o Serviço Nacional de Saúde.

A crítica surge após a ministra da Saúde afirmar: «se depender de mim, várias unidades hospitalares passarão a ser parcerias público-privadas (PPP)». Para o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), esta declaração confirma o «ódio do Governo à 'coisa' pública» e o seu objectivo de avançar com a privatização da saúde em Portugal.  

O sindicato alerta que, no contexto actual de organização em Unidades Locais de Saúde, não está claro se a atribuição do regime de PPP a uma unidade hospitalar implicará que toda a Unidade Local de Saúde, incluindo os centros de saúde, passem a ser geridos por entidades privadas. Esta falta de transparência, segundo o SEP, gera incertezas sobre o futuro do SNS e a qualidade do serviço prestado aos utentes.

O comunicado do SEP destaca ainda que os problemas do SNS são bem conhecidos: subfinanciamento crónico, falta de autonomia gestionária, carência de recursos humanos, desvalorização das carreiras profissionais e a promiscuidade entre o sector público e os sectores privado e social. No entanto, o Governo tem falhado em resolver estas questões. Apesar de algumas valorizações salariais em certas carreiras profissionais, estas medidas têm sido insuficientes para reverter o cenário de desmotivação e desinvestimento no sector.  

A par disso, o SEP critica a ausência de uma planificação de médio e longo prazo para a construção, aquisição e modernização de equipamentos, assim como para a contratação de profissionais de saúde. Esta falta de estratégia, segundo o sindicato, agrava a crise no SNS e compromete o seu futuro.  

Como se tal não bastasse, o sindicato vai mais longe nas críticas, identificando que os problemas estruturais apontados são fruto, também, da «promiscuidade entre o sector público e os sectores privado e social». Relembre-se que é a própria ministra a negar aumentos de financiamento no SNS justificando que os problemas não se resolvem com mais dinheiro. 

O SEP conclui que o anúncio do regresso às PPP na saúde é mais um passo na direcção da privatização do SNS, ignorando as reais necessidades do sistema e dos profissionais que nele trabalham. O sindicato exige uma mudança de rumo, com investimento adequado e políticas que valorizem o sector público da saúde, garantindo o acesso universal e gratuito aos cuidados de saúde para todos os cidadãos.  

UTENTES em defesa dos serviços públicos (27) - PRAGAL / Almada


TORRES NOVAS: 3 novas viaturas nos Bombeiros

 Hoje, 1março, Dia Mundial da Protecção Civil


 

 


Em defesa da SEGURANÇA SOCIAL pública, universal e solidária

 OPINIÃO por ANA CECÍLIA SIMÕES



Em defesa da Segurança Social pública, universal e solidária

Osistema público de segurança social universal e solidário, tal como concebido na nossa Constituição, desempenha um papel fundamental na garantia da segurança económica dos cidadãos e na manutenção da coesão social.

Perante a continuada pressão do capital e dos grandes grupos económicos para se apoderarem de uma fatia deste sistema, o grande desafio que hoje se coloca é o de garantir uma continuada sustentabilidade financeira, sem desvirtuar os princípios da contributividade e de solidariedade laboral e intergeracional em que assenta e sem enfraquecer o seu efeito redistributivo e os direitos sociais dos trabalhadores e de todos os cidadãos, salvaguardando assim a sua natureza pública, universal e solidária.

Este desafio passa, em primeiro lugar, pelo  aumento dos salários, pela promoção do crescimento económico sustentado e pela expansão do emprego de qualidade, estável e com direitos; pela adopção de políticas de incentivo à natalidade transversais, que considerem o rendimento, a organização e redução do tempo de trabalho e o acesso a direitos como a saúde, a educação e a habitação; e finalmente, pela diversificação das fontes de financiamento do sistema de segurança social, alargando-o a outros elementos do valor acrescentado líquido das empresas, mas sem nunca abdicar do financiamento baseado nos salários, a fim de não romper a relação entre estes, as contribuições e as prestações.

O sistema previdencial é a parte central do sistema público de segurança social, a parte directamente ligada ao trabalho, assente nos princípios da contributividade e da solidariedade profissional e intergeracional, destinado a garantir aos trabalhadores prestações substitutivas dos rendimentos do trabalho perdidos em caso de desemprego, parentalidade, doença, invalidez, velhice e morte.

Apesar de o sistema previdencial estar a apresentar anualmente saldos positivos e de o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) ter já atingido o objectivo de garantir o equivalente a dois anos de despesas com pensões de velhice, a pressão para introduzir reformas no sistema continua, sobretudo, para dar resposta aos anseios do sector privado de ampliar a sua intervenção no domínio da protecção social, alargando assim a sua clientela e lucros.

Nesta senda, o Governo PSD/CDS-PP nomeou agora um novo Grupo de Trabalho, encarregado de estudar a reforma da Segurança Social, com um vasto caderno de encargos, que nos leva a concluir que o Governo se prepara para proceder a uma profunda reforma do sistema público de segurança social constitucionalmente previsto, subvertendo os seus princípios e valores e transformando-o num sistema completamente diferente, com o objectivo de satisfazer o  interesse do sector privado de ampliar a sua intervenção no domínio da protecção social.   

«Apesar de o sistema previdencial estar a apresentar anualmente saldos positivos e de o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) ter já atingido o objectivo de garantir o equivalente a dois anos de despesas com pensões de velhice, a pressão para introduzir reformas no sistema continua, sobretudo, para dar resposta aos anseios do sector privado de ampliar a sua intervenção no domínio da protecção social, alargando assim a sua clientela e lucros.»

A melhor prova deste intento reside aliás na própria composição deste Grupo de Trabalho, e sobretudo na escolha do seu Presidente, Jorge Bravo, profundamente ligado aos interesses dos grandes grupos do sector bancário e segurador e de gestão de fundos de pensões, que vêem na universalidade, solidariedade e natureza pública da Segurança Social um entrave aos seus negócios.

Perante o facto de o sistema de segurança social estar agora manifestamente robusto e a apresentar saldos positivos, foi necessário congeminar uma nova justificação para a falta de sustentabilidade do sistema público de segurança social e, assim, começou a ser difundida uma teoria, completamente falsa, de acordo com a qual a sustentabilidade do sistema público de segurança social seria um mito, porque ignora os défices da Caixa Geral de Aposentações. 

Sejamos desde já claros: esta tentativa de misturar dois regimes inteiramente distintos, com princípios, objectivos e formas de financiamento muito diferentes, como sejam o sistema previdencial do sistema público de segurança social e o regime fechado de pensões dos trabalhadores em funções públicas sustentado na Caixa Geral de Aposentações, não passa de uma manobra destinada a confundir e a preparar o terreno para introduzir medidas que fragilizam e subvertem o sistema público de segurança social.

Curiosamente, ou talvez não, esta teoria aparece pela primeira vez num estudo do Banco de Portugal, do qual foi consultor o mesmo Jorge Bravo que lidera o Grupo de Trabalho nomeado para estudar a reforma da segurança social  

Confrontados com mais este ataque a uma das grandes conquistas de Abril, é fundamental denunciar todas as manobras que visam subverter o sistema público de segurança social universal e solidário,  com o objectivo de limitar ou reduzir os direitos dos trabalhadores e dos pensionistas e de fragilizar o sistema público de pensões, reforçando os sistemas privados para substituição, total ou parcial, do sistema público, em benefício dos grandes grupos financeiros da banca e dos seguros.

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Energias limpas e verdes.... (ANDAM A BRINCAR CONNOSCO !!!!!!!!!)

 


Lucro da banca é o prejuízo no bolso da população

1 março - Dia Mundial da PROTECÇÃO CIVIL

Há tanto que fazer pela segurança das populações!

PREVENÇÃO! PREVENÇÃO! PREVENÇÃO!



Pela PAZ!