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A Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra, realizou ontem, em Algueirão Mem Martins, a Marcha - Pela Defesa do SNS.
Culminando uma jornada de protesto e denúncia do agravamento continuado e deliberado das condições do Serviço Nacional de Saúde, bem como das condições de acesso à Saúde no Concelho de Sintra, esta marcha percorreu o centro de Mem Martins e terminou numa Tribuna, em que os utentes aprovaram, por unanimidade e aclamação, a seguinte Moção:
A NOSSA SAÚDE É UM DIREITO! - Em defesa do SNSConsiderando que:
O SNS, por força das políticas praticadas nos últimos anos, tem sofrido um enorme ataque, estando em causa o Direito à Saúde universal, geral e tendencialmente gratuita, tal como consagrado na Constituição da República Portuguesa;
O desinvestimento na Saúde e a transferência de recursos para o Privado, criam problemas gravíssimos aos Utentes do SNS;
O caos que se vive em muitos hospitais nos Serviços de Urgência e especificamente no Hospital Amadora-Sintra, com tempos de espera infindáveis, nalguns casos superiores a 30 horas, é consequência da situação de ruptura em que se pretendeu colocar o SNS;
A falta de médicos de família condiciona o acesso das populações aos cuidados primários de Saúde, com as óbvias consequências de congestionamento das urgências hospitalares;
O encerramento, regular, aos fins de semana dos serviços de urgência de pediatria e obstetrícia, são um inquietante e preocupante exemplo da situação em que nos encontramos;
O Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) foi construído para dar resposta a 350 mil utentes, fazendo hoje parte da maior Unidade Local de Saúde do país, serve hoje 552.663 utentes;
Cerca de 184 mil utentes, da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, não tem médico de família;
O rumo traçado para o SNS é de desastre social e afecta de forma mais gravosa as crianças, as grávidas e os idosos;
Ao longo dos últimos anos as soluções apontadas pelos sucessivos governos para os problemas identificados foram e são inadequadas, sendo a recente ameaça de implementação de uma Parceria Público Privada para toda a ULS (Hospital Amadora-Sintra e todos os Centros de Saúde do Concelho de Sintra e Amadora) o culminar de um processo que visa a privatização de serviços.
Há responsáveis pela falta de resposta que os governos implementam na área da saúde, esses responsáveis não são os profissionais de saúde, nem os utentes, mas sim as políticas de destruição dos Serviços Públicos implementadas nos últimos anos, que visam a entrega dos Cuidados de Saúde à gula dos privados.
Perante a situação em que nos encontramos a população do Concelho de Sintra, reunida a 12 de Abril de 2025, exige:
O pleno acesso das populações aos Cuidados de Saúde, com qualidade e segurança;
Meios humanos, técnicos e financeiros que o assegurem;
O reforço da rede de Cuidados de Saúde Primários, a todos os níveis dando-lhes mais capacidade de resposta e aproximando-a das populações;
A recusa do regresso da Parceria Público Privada ao Hospital Amadora Sintra, verdadeiro sorvedouro do dinheiro público, e marca do desastre para os seus utentes;O alargamento da rede de cuidados continuados;
Médico e Enfermeiro de família para todos os Utentes que ponha fim à vergonha das longas filas de espera para marcar uma consulta;
Uma planificação de Saúde que respeite as necessidades efectivas das populações;
Um novo hospital público no concelho de Sintra, com 320 camas, que permita às populações dos concelhos de Amadora e Sintra um efectivo acesso aos cuidados de saúde a que têm direito.
A Saúde, é um Direito de Todos e para Todos!
Em Sintra os utentes não aceitam a ameaça de que o SNS seja gerido por privados! Assim não pode ser!
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