quarta-feira, 4 de julho de 2012

Médicos cubanos já saíram de Alpiarça mas ainda não foram substituídos

Câmara pede explicações

Médicos cubanos já saíram de Alpiarça mas ainda não foram substituídos

04.07.2012 - 12:18 Por Lusa

Os clínicos cubanos chegaram a Portugal no início de Agosto de 2009                                   
Os clínicos cubanos chegaram a Portugal no início de Agosto de 2009 (Foto: DR)
A Câmara de Alpiarça criticou a ausência de resposta do Ministério da Saúde aos pedidos insistentes de informação sobre a substituição dos dois médicos cubanos que prestavam serviço no centro de saúde local e que deixaram de exercer há uma semana.

O presidente da autarquia, Mário Pereira, disse nesta quarta-feira que não foi informado oficialmente da saída dos médicos e que nada sabe sobre a sua substituição, apesar dos sucessivos pedidos de reunião feitos junto do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Queremos acreditar que será cumprido o compromisso do senhor ministro de que os médicos cubanos seriam substituídos”, afirmou o autarca, sublinhando que, desde há uma semana, mais de metade dos utentes do concelho (cerca de 4000 pessoas) está sem médico de família. Os dois médicos faziam parte do primeiro grupo de clínicos cubanos que chegou a Portugal no início de Agosto de 2009 para prestação de serviços em centros de saúde do Alentejo, Algarve e Ribatejo por um período de três anos.

Em Fevereiro, o ministro da Saúde assegurou a substituição destes médicos, o que levou, na altura, a autarquia de Alpiarça a pedir a colocação de mais um clínico, de forma a assegurar a cobertura total da população do concelho e ainda a prestação de cuidados nos concelhos vizinhos. Mário Pereira argumentou então que esse terceiro médico poderia ficar instalado na casa que a autarquia havia alugado para os outros dois clínicos cubanos.

O autarca adiantou que não só não teve resposta a essa pretensão como não foi informado da saída dos dois médicos que prestavam serviço no concelho há quase três anos, desconhecendo quando serão substituídos. “O que estava previsto era que ficariam até à chegada dos novos médicos e que ficariam um período em simultâneo para ajudar a fazer a sua integração”, disse.

Em Fevereiro, a autarquia foi informada de que os clínicos que viriam ao abrigo do acordo celebrado entre Portugal e Cuba já tinham feito os primeiros exames de admissão à Ordem dos Médicos, sem que fosse avançada qual a data para a substituição.

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