Quase 1900 utentes estão à espera de uma vaga na Rede Nacional de Cuidados Continuados. Os dados, do Portal da Transparência do SNS, revelam que na última quinta-feira havia 1858 pessoas a aguardar vaga, mais 107 que no final de 2024. Mais de 660 precisam de apoio em Unidade de Longa Duração e Manutenção, sendo que é na região Norte que se registam mais utentes em espera: 764. A falta de camas é o principal entrave com que os utentes se debatem. O relatório do Tribunal de Contas (TdC), revelado na última semana, mostra que as metas definidas para 2016 continuam por alcançar, com menos 4774 lugares de internamento e menos 52 equipas de apoio domiciliário do que o previsto, referindo-se ao final de 2023.
O TdC alerta que em 2023 “aumentou a pressão sobre a capacidade de resposta”, devido a um aumento de 28,5% no número de utentes referenciados (+11 328) face a 2017. Nos últimos anos, de acordo com a Associação Nacional de Cuidados Continuados, encerraram mais de 340 camas nas instituições, devido ao subfinanciamento. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu que “as instituições da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados têm de ser acauteladas”, e que “o modelo de financiamento tem fragilidade nos valores e nos prazos de pagamento”.
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