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Atrasos nas obras da Linha do Oeste preocupam utentes
Apesar de a Infraestruturas de Portugal ter anunciado recentemente, e confirmado numa reunião com a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO), que a obra de modernização e electrificação estaria pronta no final deste ano, os utentes olham para o que falta fazer e duvidam.
O facto de, entre Torres Vedras e Runa, não terem sido feitas «quaisquer obras de remodelação, com excepção da implantação dos postes de catenária, de o apeadeiro de Runa ainda não ter sido remodelado e de não terem arrancado as obras de construção da subestação eléctrica de Runa, que alimentará a Linha do Oeste, no troço entre Meleças e Caldas da Rainha, são obstáculos que podem somar mais atrasos à conclusão da obra, defende a CPDLO, através de comunicado.
Relativamente a esta última obra, acrescenta, «as dúvidas são ainda maiores, já que na mesma reunião de 9 de Janeiro, foi transmitido à CPDLO que, transitoriamente, a energia eléctrica na Linha do Oeste será garantida pela Subestação da Amadora que, para o efeito, será reforçada».
Sem saber até onde chegará a energia eléctrica, a comissão afirma que o reforço da subestação da Amadora trará novos custos, não havendo garantia de esta vir a fornecer energia a todo o troço Meleças/Caldas da Rainha. Entretanto, a CPDLO adianta que, na reunião de dia 9 com o gabinete do secretário de Estado das Infraestruturas, alertou para o facto de estarem em causa «os objectivos fundamentais da obra» de modernização e electrificação da Linha do Oeste, já que «não se garante» que, no final da mesma, os comboios eléctricos possam circular na totalidade do troço, a Sul das Caldas da Rainha.
Em pleno, adianta, as novas composições de comboios eléctricos só circularão no segundo semestre de 2026, uma vez que a sua chegada a Portugal só acontecerá no primeiro semestre do próximo ano. Quanto ao troço entre as Caldas e o Louriçal, «confirma-se cada vez mais que a modernização e electrificação não deverá ver a luz do dia, antes de 2030, num atraso brutal muito superior ao prazo inicialmente anunciado» pelo Governo e pela IP, que acusa de ter «fraca gestão e planeamento». A CPDLO insiste que as obras de modernização e de electrificação deveriam ter sido projectadas e executadas em toda a Linha do Oeste, em vez de dividir o eixo ferroviário em dois, para evitar atrasos.
Sobre a decisão tomada pela Comunidade Intermunicipal do Oeste, de implementar passes gratuitos ou com desconto em transporte público rodoviário, defende que as medidas devem ter carácter universal e ser implementadas também na ferrovia.
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