CARTA ABERTA aos candidatos
a deputados nas Eleições Legislativas
de 18 maio 2025
No próximo dia 18 de maio, os portugueses vão ter a possibilidade de, mais uma vez, elegerem os deputados para a Assembleia da República, depois de um processo de crise política e, digamos a verdade, de uma latente crise social e económica, visível no agravamento das disparidades nas condições de vida dos portugueses.
Aos futuros deputados, dependendo muito dos resultados e dos apoios parlamentares que tiverem, vai competir definir os enquadramentos legais e orçamentais para resolver, ou não, os problemas que afectam a população portuguesa.
A vida dos portugueses, também na região do Médio Tejo, está dependente de um conjunto de serviços públicos, que deveriam chegar a todos os portugueses em proximidade e qualidade, como definido na Constituição da República Portuguesa.
Como a participação das populações não se deve limitar ao voto, mas interagir em todo o processo pré e pós eleitoral, as Comissões de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo, apresentam esta carta aberta a todos os candidatos colocando/relembrando alguns dos problemas que gostariam de ver resolvidos e que deveriam merecer a atenção dos futuros deputados:
aumento geral dos salários e pensões; criação de condições para a fixação de profissionais de saúde (mesmo que estrangeiros) para o funcionamento e desenvolvimento de alguns serviços, como as Extensões de Saúde, a maternidade, a Medicina Física e Reabilitação; a garantia de um SNS público, geral e universal; outro canal para a passagem da Linha Muito Alta Tensão, de Lavos a Rio Maior; completar vias rodoviárias estruturantes, como as travessias do Tejo, o IC9 e a requalificação das EN118 e EN3, a conclusão do IC3 até A13 na Atalaia, nó de acesso do IC9 à A1; apoio à manutenção de toda a rede viária e reforço das acções para a redução da sinistralidade rodoviárias; manter as A23 e A13, sem portagens e retirar pórticos; reforço das acções para melhoria da escola pública; melhorar a qualidade e o acesso à água potável e saneamento, mantendo a gestão pública; políticas ambientais que salvaguardem o ecosistema da Bacia Hidrográfica do Tejo; uma rede pública de lares, de acompanhamento de idosos isolados e de creches; melhorar a frequência e a articulação dos transportes públicos; baixa do IVA da electricidade e gás; concretizar o direito constitucional à habitação com o aumento da oferta pública; ...
Caberá sempre às populações e às suas organizações, caso a caso, apresentar propostas e reforçar a pressão junto dos eleitos para resolver os seus problemas. Apelamos a toda a população para votar no próximo dia 18 de maio.
Médio Tejo, 5abril2025
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