SANTARÉM: Encerramento da estação de correios de Vale de Figueira preocupa população e autarcas

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Encerramento da estação de correios de Vale de Figueira preocupa população e autarcas 

O encerramento da estação de correios de Vale de Figueira foi tema de destaque na última reunião da Assembleia Municipal de Santarém, realizada a 20 de dezembro, durante o período de intervenções do público. José Rui Raposo, representante do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santarém, expressou preocupação com as consequências desta decisão, especialmente para os residentes mais idosos.

“A ESTAÇÃO DE CORREIOS DE VALE DE FIGUEIRA ERA UMA INFRAESTRUTURA ESSENCIAL PARA A FREGUESIA, E A SUA SUBSTITUIÇÃO POR UM PONTO DE ATENDIMENTO NUMA LOJA LOCAL É MANIFESTAMENTE INSUFICIENTE PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO”, AFIRMOU JOSÉ RUI RAPOSO.

“Os serviços postais são vitais, principalmente para os mais velhos, que enfrentam dificuldades em deslocar-se ou utilizar alternativas digitais”, acrescentou.

José Rui Raposo apelou à Câmara Municipal de Santarém e à Assembleia Municipal para que pressionem os CTT a reconsiderar a decisão ou, pelo menos, a garantir que o novo modelo de atendimento seja adequado às necessidades da comunidade.

“NÃO PODEMOS ACEITAR QUE ÁREAS RURAIS CONTINUEM A SER MARGINALIZADAS EM NOME DE MEDIDAS ECONOMICISTAS QUE IGNORAM O IMPACTO SOCIAL”, CONCLUIU.

O presidente da Câmara Municipal de Santarém, João Leite, disse que o município está atento à questão e tem dialogado com os CTT para tentar mitigar os efeitos do encerramento. “Sabemos que esta decisão afeta a vida da população de Vale de Figueira. Estamos a trabalhar para encontrar soluções que permitam minimizar as dificuldades e garantir um serviço de qualidade”, afirmou.

O encerramento da estação de correios de Vale de Figueira é parte de uma reestruturação nacional dos CTT, que tem levado ao encerramento de várias estações, especialmente em zonas rurais, suscitando críticas generalizadas. A situação em Vale de Figueira é emblemática do impacto que estas decisões têm em comunidades já fragilizadas pela falta de serviços de proximidade.