O 'lado B' das faturas de eletricidade. Deco previne consumidores para aumentos de 13% já este mês
A eletricidade nunca esteve tão barata em Portugal para as empresas que a comercializam. Por estranho que pareça, os saldos entre produtores, que chegam a vender energia a preço zero ou mesmo negativo, não beneficiam os consumidores finais. A explicação está no “lado B” das faturas, onde são carregados os subsídios a produtores com remunerações garantidas pelos últimos Governos, com destaque para as energias renováveis e as centrais de cogeração. ...
“No final do mês de Junho, muitas pessoas vão ter uma surpresa potencialmente desagradável nas facturas de eletricidade”, antecipa Pedro Silva, analista de mercado e sustentabilidade da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Nas projecções da Deco, o aumento situar-se-á na casa dos 13%. Quem hoje paga uma média mensal de 37 euros passará a pagar 42 euros; e quem já paga 95 euros verá a conta subir para 107 euros. ...
As razões de um aumento a meio do ano
Por estranho que pareça, foi precisamente a acentuada redução de preços no mercado grossista de eletricidade, verificada nos primeiros quatro meses do ano, que levou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a decretar um agravamento nas tarifas de acesso às redes a partir do sexto mês do ano.
Portugal e Espanha criaram o MIBEL, um mercado Ibérico, no qual as centrais nucleares e a carvão espanholas, assim como as barragens, as outras centrais termoeléctricas e as renováveis dos dois países vendem eletricidade às empresas comercializadoras autorizadas, e estas estabelecem contratos com os clientes finais. ...
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