sexta-feira, 7 de julho de 2023

Por este Portugal fora... (175) - Covilhã

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Utentes e sindicatos contestam nova concessão de transportes na Covilhã

O novo serviço, assegurado pela Transdev, aumentou os preços e começou a cobrar 5 euros pela renovação obrigatória (para todos) do passe. Utentes e sindicatos saem à rua a 7 de Julho, em frente à Câmara Municipal.

Créditos/ transportesenegocios

«Sabemos que a responsabilidade maior é da Transdev, mas a Câmara [Municipal da Covilhã (CMC)], para além de ter sido avisada atempadamente de tudo o que referimos, é a entidade detentora dos transportes públicos. Foi ela que aprovou o contrato de concessão e é ela que tem de zelar pelo bem das populações», refere o comunicado, enviado ao AbrilAbril, da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB/CGTP-IN) e a Inter-Reformados.

Em causa está a nova gestão dos transportes públicos no concelho, assegurada pela Transdev, que rapidamente procedeu à supressão de «horários, rotas e paragens/apeadeiros», tendo acabado qualquer ligação directa com o Hospital Pêro da Covilhã, e ao aumento dos preços das viagens (em alguns casos o valor sobe de 1,20 euros para 1,75). 

É um exemplo de como o dinheiro do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), acusam as estruturas sindicais, «está a ser desviado dos utentes para ser dado às empresas de transporte, tirando aos pobres para dar aos ricos». A USCB exige «a redução de pelo menos 50% no valor dos passes sociais e assegurar transporte gratuitos aos reformados», em linha com o que é preconizado pelo programa.

Transdev obriga toda a população a mudar de cartão, cobrando 5 euros pela renovação do título decidida pela própria empresa

Se os utentes já têm um título de transporte, que pagaram, não lhes pode ser imputado o custo de algo que é feito porque a empresa disso necessita. O valor deve ser assegurado pela empresa concessionária, defendem os sindicatos.

Como se não bastasse, a empresa também se está a recusar a transferir, para o novo título, as viagens ainda disponíveis no actual, afirmando que o programa informático não o permite. «É mais uma artimanha que não vamos deixar passar», garantem, «trata-se de um esbulho aos utentes».

«Face ao crescente descontentamento por parte da população» do concelho da Covilhã, a União dos Sindicatos de Castelo Branco e a Inter-Reformados vão realizar uma concentração em frente ao edifício da CMC (de maioria PS) no dia 7 de Julho, a partir das 9h30: «a Câmara Municipal não pode lavar as mãos como Pilatos».

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