Médio Tejo | Utentes reivindicam Centro de Reabilitação em Tomar e maternidade sempre aberta
Os utentes lembram ainda a “grande dificuldade no acesso” a este tipo de cuidados na região do Médio Tejo e que esta é uma necessidade sinalizada há cerca de duas décadas.
No abaixo-assinado, colocado a circular na quarta-feira e que vai ser dirigido à ministra da Saúde, a CUSMT indica que, “na área do Médio Tejo, a oferta, pública e privada, destes cuidados de saúde, é escassa”, tendo feito notar que o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, que “dá apoio a quase 3,5 milhões de utentes de Lisboa e Vale do Tejo, além de estar localizado num dos extremos desta área, não tem capacidade para satisfazer todas as necessidades”.
Nesse sentido, lembram os utentes, “a ULS Médio Tejo dispõe, na unidade de Tomar, de um Serviço de Medicina Física e Reabilitação para o qual foram previstas 30 camas no internamento, consultas externas e uma vasta gama de cuidados em ambulatório, com capacidade para apoiar um milhão e duzentas mil pessoas”.
A CUSMT afirma ser “incompreensível que um investimento tão vultuoso e um serviço tão necessário à população esteja há mais de 20 anos sem ter concretização efetiva”, com os signatários do abaixo-assinado a reivindicarem que este serviço seja “rapidamente desenvolvido e posto ao serviço da população”.
A CUSMT, que tem ação nos 11 municípios abrangidos pela ULS Médio Tejo, enquadrou a ação reivindicativa no âmbito dos 45 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Nós vamos fazer algumas iniciativas que têm a ver com os problemas que ainda existem. E o SNS no Médio Tejo tem alguns problemas, a começar com a situação de recursos humanos e com a necessidade de as urgências funcionarem” de forma permanente nos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, afirmou Manuel José Soares.
“Há um verdadeiro problema que é a maternidade, nós vamos fazer uma iniciativa em Abrantes, mais uma vez, com uma tribuna pública, no dia 19 de setembro, para salientar a necessidade do seu funcionamento permanente e a questão dos médicos de família”, uma vez que “milhares de pessoas estão sem médico atribuído”, salientou.
ÁUDIO | MANUEL JOSÉ SOARES, PORTA-VOZ UTENTES DA SAÚDE:
Neste sentido, o representante dos utentes defendeu que “a questão dos médicos de família passa pela colocação de profissionais e pelo criar de condições para que eles possam efetivamente trabalhar, quer em Abrantes, quer em Mação, Sardoal” e concelhos limítrofes.
“Não temos dúvidas nenhumas de que, por aquilo que conhecemos das propostas que existem, a nossa medida seria a mais eficaz, e que era a contratação de médicos estrangeiros, concretamente para os locais onde faltam médicos”, defendeu.
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