sexta-feira, 23 de agosto de 2024

MÉDIO TEJO: Pela valorização e funcionamento permanente da MATERNIDADE ULS/Abrantes

MÉDIO TEJO: Pela valorização e funcionamento permanente da MATERNIDADE ULS/Abrantes

Ao longo dos anos, com as populações, a CUSMT tem sido a organização que mais tem batalhado pela valorização e funcionamento permanente (24 horas/dia e 365 dias/ano) da Maternidade da (agora) Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, instalada na Unidade Hospitalar de Abrantes. Trata-se de um serviço fundamental e indispensável em termos humanos, sociais e de coesão territorial para o Médio Tejo e regiões limítrofes.

De tempos a tempos, surgem na opinião pública estudos, opiniões e planos que põem em causa o funcionamento da Maternidade de Abrantes. Citamos apenas dois exemplos: a inviabilidade de funcionamento de maternidades com menos de 1500 partos/ano e a falta de recursos humanos. 

Em 2014, em plena concentração e redução de serviços no CHMT, as estruturas de utentes lançaram um abaixo-assinado em Abrantes que recolheu mais de 6000 assinaturas e que levou à declaração pública do então Ministro da Saúde de que não estava em causa o encerramento da Maternidade de Abrantes.

 
Em todos os contactos/reuniões com autarcas (CIMT, CM, AM), com os deputados da AR, com sindicatos e outras entidades relacionadas com a prestação de cuidados (USS, associações bombeiros, ipss,...), com membros de Governo, em conferências e comunicados de imprensa, junto das populações (iniciativas públicas, documentos em papel, divulgação digital,..), as estruturas de utentes têm alertado para a necessidade de funcionamento permanente da Maternidade de Abrantes.
 
CARTAZ DE 2023, amplamente divulgado

Em 2023, começaram os constrangimentos periódicos (quinzenalmente, ao fim de semana) da Maternidade. Foram muitas as diligências/contactos/reuniões junto do então CA do CHMT para se reduzir os encerramentos. Com o empenho de dirigentes e trabalhadores muitos dos encerramentos previstos não se verificaram e, até, foi a Maternidade de Abrantes a receber utentes de outras regiões (como ainda actualmente se verifica).

Logo nos trabalhos preparatórios para a instalação da ULS Médio Tejo, nas dezenas de propostas apresentadas pela CUSMT, duas devem ser referidas: o reforço das acções de prevenção e o FUNCIONAMENTO PERMANENTE das 5 urgências do CHMT, onde se inclui a maternidade.

Dando realce à necessidade e importância da participação das populações na organização dos seus cuidados de saúde, a CUSMT, e outras estruturas de utentes, recolheu mais de 16 mil assinaturas "POR MELHORES CUIDADOS DE SAÚDE" em que a primeira reivindicação é FUNCIONAMENTO DAS 5 URGÊNCIAS, referindo concretamente a Maternidade de Abrantes.

Em recente audiência com a Ministra da Saúde, em que estavam presentes o Director Executivo do SNS, o Conselho de Administração da ULSMT, o presidente da CIMT - Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo - e responsáveis por serviços da ULSMT, a Comissão de Utentes teve oportunidade de colocar, mais uma vez, a importância do funcionamento permanente da Maternidade de Abrantes.

Também, com toda a frontalidade dissemos à Ministra da Saúde e aos presentes, saber das dificuldades em recursos humanos, defendendo a valorização salarial e profissional de todos os trabalhadores da saúde (ver cartaz em baixo). Afirmámos, ainda, que as presentes dificuldades de recursos humanos(situações muito diversas em longo do País, pois há regiões onde não se registam dificuldades em recursos humanos, embora as condições sejam as mesmas) resultam de dezenas de anos de más políticas de formação e gestão dos recursos humanos da saúde.
Vivemos dias complicados para manter em funcionamento permanente todas as maternidades. Recusamos o encerramento definitivo de algumas maternidades, como tem sido apresentado por alguns, defendendo de imediato uma base consensual de esforços (materiais, flexibilização de escalas, apoio a unidades sem recursos humanos...) por parte de responsáveis e de trabalhadores. E se for preciso recorrer a médicos estrangeiros, como já foi feito no passado e defendemos para os CSP (ver cartaz em baixo).  

Defendemos, que a médio prazo, se dê a devida atenção às condições salariais e profissionais, à formação profissional, às regras de constituição das equipas de urgência...

 

Analisando a cada momento a realidade (rejeitando o alarmismo de anúncios do "caos" e dos slogans "soluções"), a CUSMT reafirma que mais e melhores cuidados de saúde, no Médio Tejo e no País, só no reforço do SERVIÇO NACIONAL de SAÚDE, como definido constitucionalmente. A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, como prova a actividade dos seus 21 anos, reivindicará pelas formas adequadas e em todas as instâncias, com e pelas populações, por melhores cuidados de saúde. Neste caso presente, pelo funcionamento permanente da Maternidade ULSMT/Abrantes. 

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