quinta-feira, 15 de agosto de 2024

URGÊNCIAS: mais uma comissão e mais uma tentativa de concentração/encerramento de serviços...

Nota: A concentração de alguns serviços, com o consequente encerramento de outros, tem a oposição das estruturas de utentes e das populações.

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Diretor do SNS admite concentrar urgências maternoinfantis em Lisboa (para sempre)

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), António Gandra d’Almeida, admite concentrar de forma definitiva as urgências de obstetrícia e pediatria na região de Lisboa.

Caso a nova comissão para esta área proponha essa solução, as urgências maternoinfantis poderão fixar-se em Lisboa de forma definitiva.

Em entrevista ao Expresso, António Gandra D´Almeida admitiu revisitar o plano da anterior direção executiva e tentar potenciar a rede das urgências de obstetrícia e pediatria na região de Lisboa.

“Foi feita agora uma comissão nova e as coisas vão mudar. A minha posição não é fechada. Temos de encontrar uma solução. Se for concentrar essas urgências e fixar um dos pontos da rede com uma urgência mais fortalecida, assim faremos”, referiu, na sua primeira entrevista desde que tomou posse, em maio.

O novo diretor executivo do SNS, que substituiu Fernando Araújo, garantiu que a sua equipa está a trabalhar em “muita proximidade” com os conselhos de administração e direções clínicas para alcançar “a melhor resposta possível”.

“Até agora não tivemos nenhuma grávida que não tivesse sido atendida, nenhuma criança que precisasse de neonatologia que não tivesse sido vista. E mesmo em Lisboa não tivemos grandes disrupções nem saídas de utentes para fora da sua área”, sublinhou, sobre os encerramentos das urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria.

Questionado sobre o diálogo com as ordens do setor, médicos e enfermeiros, António Gandra D´Almeida garantiu que fala com toda a gente e instou todos os envolvidos a dizerem “quais são os diferentes níveis e como funcionam” as equipas de urgência.

“E pode ficar exatamente como está. A parte técnica é que tem de dizer claramente como é que vão funcionar as coisas. Não vai ser a DE-SNS que vai diminuir ou fazer alterações sem ouvir as partes competentes. Não devemos trabalhar por tentativa e erro. Devemos ser consistentes para termos resultados, para não andarmos com as limitações e os problemas ano após ano”, frisou na entrevista ao Expresso.

// Lusa



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