quarta-feira, 11 de setembro de 2024

TOMAR: documento Conf Imprensa de 11 set 2024 - "A resolução dos problemas na prestação de cuidados de saúde, está na valorização e reforço do SNS, a comemorar 45 anos"




A resolução dos problemas na prestação de cuidados de saúde, 
está na valorização e reforço do SNS,
a comemorar 45 anos

Comemoram-se no próximo domingo, 15 de setembro, os 45 anos da criação do Serviço Nacional de Saúde. É, de longe, o mais importante serviço público português, em termos humanos, sociais e, até, com mais valias económicas.

O SNS tem sido ao longo dos anos objecto de campanhas que visam desacreditá-lo. Que põem em causa a assistência à quase totalidade da população portuguesa, combatendo o sofrimento de doentes e familiares. Campanhas que põem em causa a qualidade dos cuidados prestados em milhares de locais por dezenas de milhares de trabalhadores, a maioria com verdadeiro espírito de missão.

Aqui, no Médio Tejo e na zona de Tomar registam-se alguns avanços, como por exemplo: o regresso da Medicina Interna; a instalação de um equipamento TAC; o reforço do laboratório de análises; a quase cobertura total da população com cuidados médicos nos centros e extensões de saúde; a instalação e funcionamento do gabinete de saúde oral; depois de algumas intermitências, o funcionamento permanente da urgência geral; reforço da frota de transporte; actividade permanente da UCC, Unidade de Cuidados à Comunidade;... o número de consultas e de cirurgias tem aumentado consistentemente; centenas de trabalhadores que, de forma dedicada, têm contribuído para a redução do sofrimento humano, valorizando, com a sua acção, o SNS.

Apesar destas melhorias, há problemas a resolver. Os recursos humanos continuam a faltar em todas as áreas da prestação de cuidados de saúde (há que continuar a apostar na sua valorização salarial e profissional). Não se compreende a morosidade dos processos de recrutamento. Quando houver condições, Tomar deve ter Urgência Médico-Cirúrgica e urgência pediátrica, em todas as Unidades hospitalares do Médio Tejo.  Esperamos que em breve se concretize a pintura do edifício hospitalar e e que se façam ampliações e manutenção nas unidades de cuidados primários. Os cuidados de proximidade têm de ser reforçados com mais UCC, com mais unidades móveis. As telecomunicações têm de responder às necessidades dos utentes. As listas de esperas têm de ver os seus prazos encurtados. Há serviços que têm de ser desenvolvidos como a Medicina Fisíca e Reabilitação (ver parte final do documento). Há que interagir com os serviços sociais. Há que dar prioridade aos cuidados de prevenção, isto é evitar episódios de doença...

Não tenhamos dúvidas, a resolução dos problemas na prestação de cuidados de saúde, está na valorização e reforço do SNS.

Constata-se um esforço na procura de soluções por parte das Comissões de Utentes, responsáveis das unidades de saúde e autarcas. A actividade tem de ser contínua para que os problemas possam ser resolvidos. 

A vontade expressa das populações é fundamental para a conquista de mais serviços de saúde de qualidade e proximidade. A intervenção das populações foi (e continua a ser) determinante na defesa do SNS e nos avanços na prestação de mais e melhores cuidados de saúde.

Por isso apelamos à assinatura deste

ABAIXO-ASSINADO

População da Região do Médio Tejo reivindica o

desenvolvimento do Serviço Medicina Física e Reabilitação

na ULSMT – Unidade Local Saúde Médio Tejo / Hospital de Tomar


Exma. Senhora Ministra da Saúde

É reconhecida a grande dificuldade no acesso a cuidados de medicina física e de reabilitação. Na área do Médio Tejo, a oferta, pública e privada, destes cuidados de saúde é escassa. O Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, que dá apoio a toda a Região de Lisboa e Vale do Tejo (quase 3,5 milhões de utentes) além de estar localizado num dos extremos desta Área, não tem capacidade para satisfazer todas as necessidades.

A ULSMT, dispõe, na unidade de Tomar, de um serviço de MFR para o qual foram previstas 30 camas no Internamento, consultas externas e uma vasta gama de cuidados em ambulatório. Tem capacidade para apoiar um milhão e duzentas mil pessoas. É incompreensível que um investimento tão vultuoso e um serviço tão necessário à população esteja há mais de 20 (vinte) anos sem ter concretização efetiva!

Os abaixo assinados reivindicam que este serviço seja, rapidamente, desenvolvido e posto ao serviço da população.

Nota final: este documento será distribuído em dezenas de locais públicos nos próximos dias.

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