segunda-feira, 28 de junho de 2021

domingo, 27 de junho de 2021

Sobre o ensino em Portugal (in Ladrões de Bicicletas)

 Ainda sobre as «políticas do passado que não funcionaram»

Esta semana, na apresentação da BRP, Cláudia Azevedo sublinhou «a "urgência de rutura" com o atual modelo de ensino nas escolas» e nos cursos profissionais e técnicos, lembrando «que Portugal ocupa a última posição na Europa no que respeita ao número de pessoas com o ensino secundário completo». «Temos de mudar isto e não é com políticas do passado», acrescentou a CEO da SONAE, para quem «as políticas do passado não funcionaram».

Já procurámos chamar aqui à atenção para o progresso notável que o país fez, em menos de duas décadas, na melhoria das qualificações dos portugueses. De facto, se em 2002 apenas cerca de 21% da população com idades entre os 25 e os 64 anos tinha completado o ensino secundário, esse valor passa a rondar os 55% em 2020. Ou seja, a população com ensino secundário mais que duplica, em termos relativos, no período considerado.

Se este avanço torna muito difícil que se diga que «as políticas do passado não funcionaram», essa dificuldade é ainda maior quando se constata que entre 2002 e 2019, à escala da UE28, apenas Malta (que passa de 18% para 56% de população com o ensino secundário) consegue um resultado melhor que o de Portugal. Para «políticas do passado que não funcionaram» convenhamos que não é mesmo nada mau, devendo talvez pensar-se duas vezes antes de falar em «rutura urgente» com as políticas de recuperação do défice de qualificações que têm vindo a ser seguidas.


Assinale-se ainda que, como é natural, são os países com maior défice de escolarização que dispõem de mais margem para progredir (Malta e Portugal, mas também Espanha e Itália, que partem igualmente de patamares menos favoráveis). Mas não se pense que esta questão se coloca relativamente aos países de Leste, que nos habituámos a equiparar - em termos de integração europeia - aos países do sul europeu. Ao contrário do que se possa supor, a maioria destes países já se posicionava, em 2002, acima da média europeia. O que nos diz muito sobre a diferença que faz ter sistemas públicos de educação robustos (e não tardios, como sucede no caso português), de pendor gratuito e universal, para a elevação dos níveis de escolarização.

E viva o SNS!

 

Público, 26/6/2021

Sobre a partilha de dados (in Tempo das Cerejas)

  Explicações

urgentes precisam-se

«Os principais endereços do Sistema Nacio­nal de Saúde (SNS) têm disponibilizado dados dos cidadãos para exploração comercial da Google e de outras marcas ligadas à publicidade. Além de dados de tráfego, como os que são recolhidos pelo serviço Google Analytics, os endereços SNS24.pt e SNS.gov.pt recolhem dados para campanhas publicitárias através do serviço Doubleclick. O Expresso usou algumas ferramentas de monitorização de tráfego que permitiram apurar que a recolha de dados também contempla áreas que o SNS.gov.pt disponibiliza para utentes, agendamento de vacinas covid-19 e solicitação de medicamentos para o VIH. No SNS24.pt o panorama é semelhante — e a recolha de informação só cessa se o utilizador a impedir. Por outro lado, o SNS24.pt e o SNS.gov.pt envolvem os dados mais “sensíveis”, mas não são únicos. Segundo algumas ferramentas especializadas, os sites da Assembleia da República, SIRP, GNR e PSP, Ivaucher.pt e Autenticação.gov.pt também permitem exploração comercial de dados de navegação dos cidadãos.» («Expresso»)

sábado, 26 de junho de 2021

sábado, 19 de junho de 2021

PORTAGENS: continuar a luta pela abolição, apesar do passo positivo na redução de 50% (em algumas)

 


MÉDIO TEJO: Reunião da Comissão de Utentes, 30junho21

 


Sobre a vacinação para maiores de 55 anos

 

Município de Rio Maior - Vacinação Covid-19 vai arrancar no Centro de Saúde  de Rio Maior

Fonte: ARSLVT

Se tem idade igual ou superior a 55 anos saiba que pode:

Ser vacinado sem agendamento

Receber a 1ª dose da sua vacina (para 2ª dose siga o agendamento)

Dirigir-se ao Centro de Vacinação da sua área de inscrição SNS para vacinação

A partir de hoje já pode ser vacinado sem marcação prévia se tiver 55 ou mais anos, dirigindo-se ao Centro de Vacinação da área onde está inscrito, do seu Centro de Saúde.

Saiba mais sobre os centros de vacinação e horários desta iniciativa na região de Lisboa e Vale do Tejo em http://www.arslvt.min-saude.pt/pages/1045

#arslvt #vacinacãocovid #covid19pt

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Opinião: SOBRE O DESCONTO DE 50% NAS PORTAGENS


"PORTAGENS

No dia 1 de Julho deve entrar em vigor a redução de 50% no preço das portagens na A23 e na A25. Digo deve em sentido imperativo, porque num Estado democrático as decisões soberanas da Assembleia da República não podem ser objecto de veto de bolso do governo, seja a que pretexto for.

Em condições normais este tema já seria assunto arrumado. No entanto, todos o sabemos, existe uma certa, para não dizer enorme, desconfiança sobre se o governo vai ou não cumprir com o Orçamento de Estado.

Têm razão os que estão desconfiados? A meu ver têm!

O governo já nos deu sobejas provas de em matérias sensíveis, nomeadamente as sociais, aprovar as propostas dos partidos da esquerda, em particular do PCP, para depois, através de cativações e argumentos de dificuldades pseudotécnicas, não as aplicar.

Também nos lembramos da reação desproporcionada do 1º ministro no final da votação do Orçamento de Estado.

E também nos lembramos das declarações incompreensíveis da Srª Ministra da Coesão, dizendo primeiro que podia haver inconstitucionalidade na decisão da Assembleia e dizendo depois que não havia inconstitucionalidade, mas que competia aos deputados encontrar as verbas para acomodar financeiramente a redução.

E também é verdade que, passado este período mais confuso, a Sr.ª Ministra afirmou publicamente que o governo estava a procurar as soluções orçamentais para a entrada em vigor da redução em 1 de Julho de 2021. E não pode ser de outra forma, porque a deliberação da Assembleia diz que deve ser o governo a encontrar as soluções orçamentais e porque quaisquer invocações de dificuldades orçamentais não colhem e seriam sempre um subterfugio para esconder o mau perder.

Agora surge a dúvida sobre a forma técnica de aplicar a redução. Ora, não há qualquer complexidade técnica. Basta que no sistema informático se altere o valor com a redução de 50% sobre o preço actualmente em vigor. Também aqui não pode haver desculpas. É Simples! Muito simples!

Também há quem questione se a redução é só para 2021 e acaba no final do ano, voltando ao preço antigo em 2022. Perdoem-me a franqueza, mas esta dúvida só pode resultar da desconfiança que existe em relação ao governo, pois, é muito claro que a decisão da Assembleia incide sobre a lei que define o preço das portagens, não havendo, por isso, lugar a retrocessos.

Perante tanta desconfiança direi que “cautelas e caldos de galinha” nunca fizeram mal a ninguém. Assim, o que aconselho é vigilância máxima e acelerador ao fundo e insto os senhores deputados e autarcas a exercerem todas as suas competências e fazerem toda a pressão para que a redução se cumpra.

Estou absolutamente certo de que, se o governo não cumprir e os eleitos nada fizerem, os eleitores saberão dar a resposta nas próximas eleições autárquicas. ..." (LUIS GARRA)

domingo, 6 de junho de 2021

Sobre a Reunião do Conselho da Comunidade do ACES MÉDIO TEJO, de 4.6.2021

 

Sobre a Reunião do Conselho da Comunidade do ACES MÉDIO TEJO, de 4.6.2021

Sobre a reunião entre a CUSMT e o ACES MÉDIO TEJO, em 15out2020 - Utentes  da Saúde do Médio Tejo

ACES Médio Tejo - Reunião do Conselho da Comunidade, Torres Novas, 4 de Junho de 2021, 15,00 horas.

Nota: Na próxima terça vai realizar-se uma reunião entre a CUSMT e a Directora Executiva do ACES, onde alguns destes assuntos serão aprofundados.

Intervenção do representante da CUSMT

Manifestamos a nossa satisfação por finalmente reunir o Conselho da Comunidade. Fazemos Votos para que reúna com alguma assiduidade, no mínimo de 6 em 6 meses, conforme consta do Regimento. Como a Ata da última reunião não nos foi enviada, nem hoje aqui distribuída, agradecemos o favor de nos esclarecerem sobre a sua falta.

 O funcionamento dos órgãos institucionais das unidades de saúde, nomeadamente os órgãos consultivos, é essencial para o envolvimento da comunidade (autarquias, escolas, utentes, IPSS, profissionais) no acompanhamento e na definição de metas a atingir.

A prestação de cuidados de saúde no Médio Tejo, como em todo o País e no mundo, viveu situações de extrema exigência. Embora com percalços tem de se reconhecer que os serviços públicos de saúde estiveram à altura para minimizar e/ou debelar muito do sofrimento imposto pela pandemia COVID-19.

Sempre acompanhámos a atividade e as dificuldades do ACES Médio Tejo e Manifestámos a nossa solidariedade e o apoio possíveis a todos os seus profissionais, principalmente no decorrer da pandemia COVID-19, em que foram sujeitos a esforços redobrados para tentar salvaguardar a saúde da população e mantivemos contactos e reuniões com a anterior Diretora, Dra. Sofia Theriaga e com a atual Diretora, Dra. Diana Leiria .

Saúde Publica 

Os níveis de saúde das populações é tanto maior quanto mais eficazes forem as ações de prevenção e a adoção de boas práticas de vida, nomeadamente pelo exercício físico, a alimentação, a recusa de dependências, a segurança rodoviária, e o conforto térmico. As vantagens não são só para o bem-estar das pessoas, mas tem ganhos materiais e financeiros para o Serviço Nacional de Saúde. Urge, portanto, dotar os serviços de saúde pública de meios materiais e humanos para que possam cumprir a sua missão.

Cuidados Primários

Defendemos serviços de proximidade e qualidade. Para além dos indispensáveis recursos humanos consideramos necessário: a reabertura das Extensões encerradas ou sem funcionamento; a aquisição de Unidades Móveis de Saúde; a instalação dos prometidos Consultórios de dentista; mais Unidades de Cuidados à Comunidade; extensão de horários em pelo menos uma Unidade de Saúde por concelho; redução drástica do tempo que medeia a apresentação de projetos de instalações e equipamentos e a sua utilização por profissionais e utentes; adoção de regras de funcionamento similares para UCSP e USF; recuperar progressivamente o acompanhamento de todas as patologias não-covid e incentivar os rastreios e o Plano Nacional de Vacinação. 

Deverá existir um esforço contínuo de Humanização dos cuidados de saúde e de comunicação/articulação entre os profissionais de saúde, e  os utentes e seus familiares.

Recursos Humanos

O reforço dos Recursos Humanos, que são sempre poucos para as necessidades, só pode ser atingido por vários meios: reforço do internato médico e da idoneidade formativa; criação de condições para atrair mais profissionais (valorização profissional e salarial; melhorias de equipamentos e instalações; objetivos de gestão coerentes com a valorização das carreiras; incentivos à fixação; “habilidade” das administrações das unidades de saúde.

Como afirmamos há muito, a saúde é o bem mais importante do ser humano e tem de ser a medida para avaliar do progresso e bem-estar de uma comunidade. 

A CUSMT continuará a dirigir os seus esforços para a informação, organização e mobilização das populações, para o contacto com as entidades responsáveis pela definição das políticas de saúde e para a apresentação e reivindicação de mais cuidados de saúde de proximidade e de qualidade no Médio Tejo, sempre na perspetiva do reforço do Serviço Nacional de Saúde, para debelar o sofrimento humano.

No final distribuiremos a todos os presentes uma nota sobre o que achamos necessário como tarefas imediatas, preparar o futuro dos Cuidados de Saúde no Médio Tejo.

Conclusões

A reunião iniciou-se conforme a Convocatória, estando na mesa o Presidente do Conselho da Comunidade, Dr. Pedro Ferreira, Presidente da Camara de Torres Novas, A Diretora Executiva do ACES, Dra. Diana Leiria e o Diretor Clinico do ACES, Dr. Fausto Pereira.

Outras presenças: que não foram muitas (10 ou 12? para além da mesa) e como não houve apresentação e o Auditório da Biblioteca, em minha opinião, não se presta para este tipo de reuniões, não foi possível saber, exatamente quem eram e quem representavam, a não ser os que intervieram como a CUSMT, a CPCJ e representantes das Assembleias Municipais de Ferreira de Zêzere, Tomar, Torres Novas, e Via Nova da Barquinha.

O Presidente do Conselho da Comunidade abriu a reunião saudando os presentes e explicando o facto de o Conselho não ter reunido o ano passado (2020), devido principalmente à Pandemia COVID 19 e à Solidariedade do Serviço Nacional de Saúde no combate à pandemia.

De seguida foi feita, pela Dra. Diana Leiria uma breve, mas elucidativa, apresentação do ACES Médio Tejo, da sua evolução, das suas dificuldades, agravadas já em 2021 que fazem com que, atualmente tenhamos 195439 utentes com médico de família e 28634 utentes sem médico de família e, apesar de tudo da resposta que conseguiu dar no ano de 2020, em que os cuidados de saúde aumentaram em relação a 2019, com o contributo das consultas não presenciais e das Unidade ponderadas, o que levou ao cumprimento em mais de 60% do Plano previsto e que colocou o ACES Médio Tejo em 2º lugar no Ranking nacional.

O Dr. Fausto Pereira apresentou o Plano de desenvolvimento para 2021, bastante detalhado, que de uma forma geral parece positivo e otimista, apontando linhas de Força, de Fraquezas, Oportunidades e ameaças que só pode ser melhor avaliado perante os quadros que foram apresentados.

Foram ainda apresentados os pontos de situação da doença COVID 19 no Médio Tejo, havendo atualmente 245 pessoas em vigilância sobre ativa e 218 pessoas em vigilância ativa, números que variam todos os dias, mas que estão muito longe dos que já foram, que atingiam milhares, e da vacinação contra o COVID 19, que apesar de alguns percalços está a decorrer como previsto, exigindo muitos recursos humanos.

Aberta a discussão aos presentes, para além da intervenção da CUSMT (que foi entregue para facilitar a Ata), falaram os representantes de Ferreira do Zêzere, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, questionando sobre as graves dificuldades de marcar e ter consultas médicas nos seus Concelhos, e a representante do CPCJ com um problema que se apresenta com a vacinação.

Da mesa vieram as seguintes respostas:

  • A Ata da reunião anterior está, ainda, a ser elaborada.

  • Os documentos apresentados vão ser enviados a todos os membros do Conselho da Comunidade.

  • Esperam ter um médico para a USF da Barquinha logo que haja homologação dos exames de especialização dos médicos e abertura das candidaturas.

  • No Concelho de Tomar foi reforçada a prestação de cuidados de saúde no dia 1 de Junho através de uma reorganização de recursos humanos.

  • No Concelho de Torres Novas foi reforçada a prestação de cuidados de Saúde, no dia 31 de Maio em 4 extensões de saúde: Assentis, Brogueira, Alcorochel e Parceiros de Igreja. Já terá sido dada indicação para marcação de consultas em Assentis, mas vão ver porque não estão a ser ainda marcadas.

  • Em relação a Alferrarede e outras zonas do ACES com problemas vão ver que o podem melhorar procurando encontrar novas contratações e ficar com o máximo de médicos dos que terminaram a sua especialidade.

  • Em relação ao problema de vacinação colocado pela representante da CPCJ, vão, em conjunto, encontrar a solução. 

Torres Novas, 4 de Junho de 2021

quarta-feira, 2 de junho de 2021