sábado, 28 de dezembro de 2013

"Deputado quer respostas do Governo sobre más condições do posto da GNR de Salvaterra " - Notícia O Mirante

Deputado quer respostas do Governo sobre más condições do posto da GNR de Salvaterra

O deputado do PCP António Filipe, eleito pelo círculo de Santarém, quer saber que solução equaciona o Governo para dotar a GNR de Salvaterra de Magos com alojamento e instalações condignos.

Na sequência das notícias saídas nas últimas edições de O MIRANTE, o parlamentar comunista questiona ainda o Ministério da Administração Interna sobre qual a alternativa prevista caso os elementos da GNR tenham de sair das instalações onde se encontram actualmente, cedidas provisoriamente pela autarquia, já que “o posto da GNR não tem reúne quaisquer condições para esse efeito”.

“A necessidade de encontrar uma solução para as instalações da GNR de Salvaterra de Magos, que apresentam um estado deplorável é, desde há muito tempo, indiscutível. Porém, como tem sido recentemente noticiado, não se encontra à vista nenhuma solução para esse problema.

Segundo noticiou na passada semana o semanário O MIRANTE, a possibilidade de transferir a GNR para uma antiga escola primária estará posta de parte por falta de disponibilidade financeira do Ministério da Administração Interna”, alega António Filipe.

Tal como já tínhamos noticiado, também a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) "não quer acreditar" que se equacione o regresso dos profissionais à camarata do posto sem qualquer intervenção nessas instalações, referindo que pernoitar nesse espaço representa um perigo real para a saúde.

A APG afirma que são "muitas as vezes que no posto não existe água quente por haver necessidade de substituição do esquentador". Além disso "existem ratazanas e chove no interior como na rua".

A associação aponta o dedo ao Ministério da Administração Interna que, diz, é o responsável por "proporcionar" condições de funcionamento e alojamento para os profissionais da GNR, pedindo que "intervenha com a merecida urgência".

Recorde-se que os militares dormem actualmente num edifício da autarquia, por falta de condições do posto, mas o presidente da câmara quer instalar no local uma médica e os guardas não têm para onde ir.

"Abrantes sobe tarifa praticada nos resíduos sólidos" - Notícia Rede Regional

Abrantes sobe tarifa praticada nos resíduos sólidos

A tarifa dos resíduos sólidos urbanos de Abrantes vai sofrer em 2014 uma atualização média de 0,025 euros por metro cúbico (m3) de água faturada para os clientes domésticos, e de 0,04 euros por m3 nos clientes de tipologia não doméstica.

Segundo uma nota de imprensa da Câmara, os Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) vêm-se forçados a proceder a esta atualização por causa da gestão da recolha dos lixo estar concessionada à Valnor.

As autarquia que integram este sistema "foram surpreendidas com um aumento de 15% no custo de valorização e tratamento de resíduos tratados (31,16 euros por tonelada) através do Despacho do Governo de 8 de fevereiro de 2013", explica a mesma nota, onde se acrescenta que a Câmara de Abrantes, tal como os restantes municípios acionistas, "interpôs uma providência cautelar para impedir a sua entrada em vigor, por considerar que o mesmo seria altamente lesivo para todos os munícipes numa altura particularmente difícil para as famílias e para as empresas".

Uma vez que a providência cautelar não foi aceite, os SMA "vêm-se forçados a proceder a esta atualização, sob pena de serem penalizados".

No que se refere aos valores tarifados para a água, os SMA não vão proceder a qualquer aumento, pelo 4º ano consecutivo.

De acordo com a mesma nota, "serão mantidos os tarifários especiais, nomeadamente o tarifário social com bonificações particulares de apoio a famílias economicamente mais desfavorecidas e o tarifário destinado a apoiar as famílias numerosas".

"Linha Saúde 24 pode perder mais de 300 dos seus 400 enfermeiros" - Notícia I

Linha Saúde 24 pode perder mais de 300 dos seus 400 enfermeiros


A guerra entre os trabalhadores da Linha Saúde 24 e a nova administração da empresa, começou no início do mês, precisamente com a decisão de baixar os salários


Trabalhadores da Linha Saúde 24 alertaram hoje para o risco deste serviço perder qualidade, já que, dizem, mais de 300 dos 400 enfermeiros poderão ser forçados a abandonar a empresa, sendo substituídos por pessoas sem experiência.

“Mais de 300 dos 400 enfermeiros que trabalham na Linha Saúde 24”, muitos deles há mais de dez anos e a recibos verdes, poderão abandonar a empresa em breve, uma vez que a administração quer baixar os salários para menos de cinco euros à hora, disse à Lusa Tiago Pinheiro, da Comissão Informal de Comunicadores da Linha Saúde 24.

Segundo Tiago Pinheiro, a administração já começou o processo de recrutamento e integração de novos colaboradores, que não terão qualquer experiência na área de triagem de sintomas para poder substituir os atuais enfermeiros, que não aceitem os novos ordenados.

“Não queremos ser castigados e forçados a ficar mediante valores que não respeitam minimamente o nosso trabalho e o nosso empenho”, disse aquele elemento da Comissão Informal de Comunicadores da Linha Saúde 24.

Tiago Pinheiro frisou que sempre houve contratações de novos enfermeiros, mas em pequenos grupos de dez ou 15 pessoas, enquanto agora se trata da substituição da grande maioria dos enfermeiros.

Além disso, explicou, um enfermeiro precisa em média de seis meses de formação para ficar autónomo para fazer o atendimento telefónico de qualidade.

“O atendimento pode garantir-se em termos de atendimento de chamadas, mas a qualidade estará seriamente comprometida”, alertou.

Os enfermeiros acusam a empresa de pretender substituir todos os que não querem ver os seus salários baixar.

A guerra entre os trabalhadores da Linha Saúde 24 e a nova administração da empresa, começou no início do mês, precisamente com a decisão de baixar os salários.

Segundo os trabalhadores, a administração propõe uma descida do salário, que iria rondar os cinco euros líquidos por hora, o que representa um corte de cerca de 20% no salário. A este valor, dizem, a administração pretende ainda avançar com um corte de 50% na remuneração das horas diurnas especiais e noturnas.

“A LCS – Linha de Cuidados de Saúde, concessionária da Linha Saúde 24 em processo de fusão com um consórcio Optimus e Teleperformance, decidiu unilateralmente impor aos comunicadores uma redução salarial, agindo de forma coerciva”, contesta a Comissão Informal de Comunicadores Linha Saúde24 em comunicado enviado para a agência Lusa.

Os trabalhadores tinham entregado à Administração da LCS – Linha de Cuidados de Saúde um documento reivindicativo para negociar os salários, no entanto, “a empresa mantém-se irredutível em não querer negociar, subindo de tom as ameaças e punições aos trabalhadores”, afirmam em comunicado.

Os funcionários da Saúde 24 acusam ainda a empresa de ter “vindo a aumentar a coação individual”.

A comissão acrescenta ainda que a administração se aproveitou do seu vinculo laboral – “de falso trabalhador independente” - para “penalizar todos os enfermeiros que não puderam comparecer no seu local de trabalho por motivos de doença/familiares nos dias de Natal, com uma acentuada suspensão de 
turnos no mês de janeiro”.

Os trabalhadores da Saúde 24 dizem que vão continuar a lutar, tendo já apelado à intervenção da Direção Geral de Saúde (DGS), Ministério da Saúde, Comissão Parlamentar da Saúde e Grupos Parlamentares. 


Todas as lutas contam (452) - AVEIRO

Utentes reclamam medidas nas Urgências nos Hospitais

 

A Comissão de Utentes, em comunicado, diz “confirmarem-se a falta de medidas concretas da administração relativamente a problema das Urgências do Hospital de Aveiro”.

“O imbróglio com a empresa de trabalho temporário que assegurava a contratação de médicos para as urgências do Hospital de Águeda e que motivou a deslocação de médicos de Aveiro para Águeda ainda está longe de qualquer resolução”, diz a CU, frisando que “a falta de médicos, designadamente de especialistas de medicina interna, continua a ser gritante e compromete a qualidade do serviço e até a segurança dos utentes”, na medida em que, refere, “segundo informações que nos chegam, nem sempre as escalas são preenchidas de acordo com todas as normas regulamentares”.
 

A CU refere também que ”provar-se que a gestão das disponibilidades de camas para internamento nos diversos serviços estará a ser feita de forma completamente desastrada, com enormes prejuízos para utentes e profissionais”. 
 

“Aliando a falta de médicos, a exiguidade do espaço onde funciona a urgência e a manifesta carência de camas de internamento, facilmente se explica o facto de termos, como foi denunciado recentemente pelo bastonário da Ordem dos Médicos, doentes em macas à espera de internamento durante 3 a 6 dias”, conclui a  Comissão de Utentes de Saúde de Aveiro, lamentando a situação e “apelando mais uma vez à tomada de medidas imediatas, que ponham termo a este lamentável espectáculo que deveria fazer corar de vergonha qualquer responsável pela politica de saúde em Portugal”.

In: http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=23689 
Notícia Soberania do Povo

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Abrantes:Autarcas,advogados e funcionarios contra esvaziamento dos tribunais do Médio Tejo

Autarcas, advogados e outros agentes do setor da justiça da zona do Médio Tejo estiveram reunidos sexta feira em Abrantes e rejeitaram por unanimidade o esvaziamento dos tribunais da região, como define a reforma do mapa judicial.
Estão em causa o encerramento dos tribunais de Ferreira do Zêzere e Mação e o esvaziamento de funções do Tribunal de Abrantes, tendo os cerca de 50 profissionais do setor reunido para discutir alternativas ao modelo proposto para a reforma do mapa judiciário, e rejeitar a concentração de competências em Santarém, a cerca de 80 quilómetros de distância. 
 

“O que está desenhado reforça as valências dos tribunais nas sedes de distrito, em Santarém e Portalegre, o que vai deixar um imenso vazio em termos territoriais de acesso à justiça, reforçando a condição de interioridade de muitos destes municípios e dificultando ou barrando mesmo o acesso à justiça por parte dos cidadãos”, disse à Antena Livre a presidente da Câmara Municipal de Abrantes (e também da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo), Maria do Céu Albuquerque (PS). 
 

“Para além dos tribunais que vão ser encerrados, e de outros que vão ser desprovidos de um conjunto alargado de valências, a proposta faz com que nenhum tribunal do Médio Tejo, que abarca 13 municípios e cerca de 250 mil habitantes, fique a funcionar com as competências ao nível do crime e do cível”, apontou.
 

“Isto implica que os cidadãos terão de se deslocar sempre a Santarém para tratar destes assuntos, a mais de 80 quilómetros de distância, uma medida que não faz sentido”, vincou Céu Albuquerque. 
 

O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), disse por sua vez que esta reforma do mapa judicial “vai atrasar muito mais os processos”.
 

“A distância dos serviços vai levar a que as pessoas deixem de levar os processos a tribunal, pelo que não a podemos aceitar de ânimo leve e sem contrapor algumas medidas que nos parecem mais corretas para o território e para a população, nomeadamente a manutenção em Abrantes das varas cível e criminal”, defendeu.
 

Santana-Maia Leonardo, novo presidente da Delegação de Abrantes da Ordem dos Advogados (OA), defendeu a manutenção de todas as atuais competências do Tribunal de Abrantes, tendo sugerido, como proposta a apresentar ao Ministério da Justiça, a criação de um novo distrito judicial, com sede em Abrantes.
 

“É o mais lógico do ponto de vista do interesse das populações, dos profissionais do setor e da coesão territorial. Mantém-se a proposta do Governo, para Santarém e Portalegre, e Abrantes ocupa a terra do meio, sendo o ponto mais central de um vasto território”, defendeu. 
 

O anteprojeto de decreto-lei do regime de organização e funcionamento dos tribunais judiciais aponta para o encerramento do Tribunal de Trabalho e de Família e Menores de Abrantes, que passa para Tomar, bem como dos tribunais judiciais de Ferreira do Zêzere e Mação. O Tribunal de Alcanena também será alvo de transformação, passando a secção, e o Tribunal do Entroncamento fica com as execuções. 
 

Em declarações à Antena Livre, o presidente em exercício da Delegação de Abrantes da OA, Américo Simples, disse que “o ideal era Abrantes manter a competência genérica”, tendo afirmado que “a mudança estrutural prevista é muito grave”.
“É triste, mas esta reforma vai desproteger os cidadãos deste território”, observou.
 

Autarcas, advogados e demais funcionários judiciais decidiram tentar encontrar uma posição de consenso a 
apresentar à ministra da Justiça até ao dia 27 de dezembro.

Alcanena: autarcas locais “mexem-se” pela defesa do tribunal

Alcanena: autarcas locais “mexem-se” pela defesa do tribunal 

Diversos membros da câmara e assembleia municipais de Alcanena, em conjunto com representantes de juntas de freguesia deslocaram-se na passada sexta-feira ao Tribunal de Alcanena para, de forma simbólica, protestarem contra o seu encerramento, tal como existe actualmente. Foi acesa uma vela de forma a simbolizar a esperança que o tribunal não encerre em 2014 e foi assinado, por todos os membros, um postal de boas festas dirigido à Ministra da Justiça, com uma mensagem de esperança que o Tribunal continue aberto.  
Recorde-se que, com a reorganização da estrutura judiciária, o Governo prevê o encerramento do Tribunal de Alcanena, assim como de outros tribunais no país. Em Fevereiro de 2012, o município aprovara uma moção em que repudiava a proposta do Governo de extinção do Tribunal de Alcanena.

Jornal Torrejano

"IPSS de Saúde temem futuro da prevenção e aguardam verbas" - Notícia I

IPSS de Saúde temem futuro da prevenção e aguardam verbas


Esta semana foi publicado em Diário da República montante a libertar para o VIH/sida. Concurso está prometido para este ano

Era a luz verde que faltava das Finanças. Um diploma publicado dia 23 de Dezembro em Diário da República liberta um milhão de euros para financiar, durante um ano, projectos de prevenção na área do VIH/Sida. A cinco dias do final do ano, as instituições do sector social com projectos no terreno contam que o concurso de financiamento abra ainda até ao final deste mês. Mas a preocupação com prazos apertados de resposta cruza com outra maior. Desde 2012 e, até ao final do ano, o número de projectos no terreno dedicados a prevenção em todas as áreas - já que desde 2011 não houve concursos de financiamento para substituir os que terminaram - terá baixado de 189 para cerca de 60.
"Corremos um risco de ter um retrocesso na resposta de prevenção", avisa Duarte Vilar, presidente da Associação de Planeamento Familiar e da Federação das IPSS da Saúde.
in: http://www.ionline.pt/artigos/portugal/ipss-saude-temem-futuro-da-prevencao-aguardam-verbas

domingo, 22 de dezembro de 2013

Todas as lutas contam (451) - ALGARVE

Portagens: Comissão de Utentes da Via do Infante realiza protesto solidário

 
A Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) anunciou hoje que vai pedir no sábado, na Estrada Nacional 125, em Benfarras, Loulé, a “suspensão imediata” da cobrança de portagens na antiga autoestrada Sem Custos para Utilizador (SCUT) do Algarve.
 
O local do protesto foi escolhido “em solidariedade com os familiares de uma vítima mortal” de um acidente rodoviário ocorrido em Benfarras, localizada junto à Estrada Nacional 125 (EN125), onde circula muito do tráfego da A22 para evitar pagar portagens, acrescentou a Comissão de Utentes. 
 
“O Algarve encontra-se num estado de guerra permanente devido à introdução das portagens na Via do Infante pelo governo PSD/CDS. Todos os dias acontecem acidentes de viação, muitos deles com feridos graves e vítimas mortais, como sucedeu há alguns dias em Benfarras. As portagens no Algarve ressuscitaram a estrada da morte – é no que se transformou de novo a rua urbana 125”, acusou a Comissão de Utentes da Via do Infante em comunicado. 
 
A estrutura que representa os utilizadores da A22 considerou “lamentável e vergonhoso” que a “maioria PSD/CDS-PP e grande parte dos deputados do PS” se tenham oposto, “mais uma vez”, a uma petição que a Comissão apresentou no Parlamento, em novembro, pela abolição de portagens na Via do Infante. 
 
A Comissão de Utentes considera que “só uma luta muito forte e determinada obrigará o governo a levantar as portagens da morte” e apela à participação da população no protesto, que tem concentração marcada para as 14:30, junto à EN 125, em Benfarras.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SERVIÇOS PÚBLICOS: interpelação do PCP na AR

Interpelação ao Governo

Sobre Funções Sociais do Estado e serviços públicos de qualidade e proximidade ao serviço das populações


O PCP confrontou o governo com as políticas de ataque às Funções Sociais do Estado e de destruição dos serviços públicos, afirmando que a alteração destas políticas exige a derrota do pacto de agressão, a demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas, para abrir caminho à constituição de um Governo que execute uma outra política, patriótica e de esquerda.

Intervenção de Paula Santos na Assembleia de República

"A luta cresce nas ruas contra esta política, pela demissão do Governo"

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Intervenção de Carla Cruz na Assembleia de República

"É urgente travar a destruição do Serviço Nacional de Saúde"

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Intervenção de Jorge Machado na Assembleia de República

"O governo quer estado mínimo para quem trabalha e estado máximo para o capital"

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Intervenção de António Filipe na Assembleia de República

"As Funções Sociais do Estado não se esgotam em balcões e guichets"

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Intervenção de Miguel Tiago na Assembleia de República

"O governo diz querer proximidade mas encerra por todo o país serviços públicos essenciais"

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Intervenção de David Costa na Assembleia de República

"Basta de continuarem a enganar os portugueses"

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Intervenção de Rita Rato na Assembleia de República

"Este governo apenas merece a demissão o mais rapidamente possível"

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Intervenção de Rita Rato na Assembleia de República

"Este governo já despediu 30 mil professores e ainda acha pouco"

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Intervenção de João Oliveira na Assembleia de República

"Quando o governo ataca as funções sociais do Estado, ataca a democracia e a Constituição"

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Opinião de um médico aposentado sobre a hipotse de se pagarem taxas à OM para apresentação de queixas

Pagar pelas queixas? Era o que faltava!

Rosalvo Almeida
18/12/2013 - 00:35
Não posso calar a minha indignação: é um disparate, uma insensatez, um erro, um susto.

Pagar para apresentar queixas na Ordem dos Médicos! Notícias não desmentidas dizem-nos que os estatutos da Ordem dos Médicos, que aguardam aprovação oficial, preveem que quem apresente queixas sobre médicos só as verá apreciadas depois do pagamento de cerca de 100 euros.

Não posso calar a minha indignação: é um disparate, uma insensatez, um erro, um susto.

Primeiro, é disparatado, é absurdo, pois pretender instituir uma taxa moderadora para queixas não modera e, mesmo que moderasse, nunca se deveria obstaculizar o legítimo direito de alguém se queixar. A principal missão das ordens profissionais é precisamente evitar que alguns contribuam para a má fama de todos os outros profissionais. Ao contrário do que privilegiam – defender, como se fossem sindicatos, os interesses dos seus associados – as ordens foram criadas para perseguir os falsos profissionais e os maus profissionais. Receber queixas é a sua obrigação primordial, combatê-las é um desatino.

Segundo, é um clamoroso contrassenso, pois só favorece que o comum dos mortais consolide a velha acusação de que as ordens só servem para que “eles” se protejam uns aos outros. Em vez de dar sinais de que os dirigentes da Ordem dos Médicos prestam atenção aos anseios e protestos que lhes chegam, vemos a criação de barreiras. Se é verdade que a OM não tem, pelos estatutos atuais, meios legais adequados para investigar até ao fim certas queixas, não há qualquer indicação que seja por falta de meios financeiros que esteja impedida de o fazer.

Terceiro, é um erro horrível argumentar que a taxa será devolvida quando a queixa tiver fundamento. Significa que quem se atreve a propor tal medida tem dificuldades em perceber que o queixoso tem sempre razão. Não se trata de ser popular ou politicamente correto! É verdade! O “cliente tem sempre razão” ou, por outras palavras, quem reclama só o faz porque pensa que tem razões para o fazer. Não vale a pena contrapor a existência de litigantes patológicos ou de reclamantes obstinados, pois, além de minoritários, estão, quase sempre, também eles, convencidos de que têm razão. A boa análise de reclamações obriga-se a partir do princípio de que é no meio da lana-caprina que se hão de encontrar as linhas gerais do que é preciso corrigir.

Quarto, é um susto já que não se conhece o conteúdo dos novos estatutos da Ordem dos Médicos que estarão à espera de ser aprovados pela Assembleia da República. Não os encontramos no sítio da OM ou da AR, nem na revista da OM. Os estatutos que os órgãos executivos da OM aprovaram não são do conhecimento público nem dos médicos. Sabemos que uma comissão foi encarregada de elaborar uma versão. Sabemos que foram enviadas propostas e sugestões, mas não sabemos o que foi submetido ao legislador. Perceber, no dia em que o bastonário é reeleito numa eleição sem oponentes, que os estatutos propostos contêm um tal disparate, um tal erro e uma tal insensatez só pode levar a que receemos o mais que virá.

Já não exerço a profissão, mas sendo, por direito próprio, associado da OM não consigo calar a minha indignação e, se esta medida for por diante, só me resta pôr fim a um vínculo ininterrupto com mais de 40 anos.
 
Neurologista aposentado, membro do CNECV e presidente da Comissão de Ética do ISPUP, membro de órgãos sociais da OM entre 1993-1998
In: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/pagar-pelas-queixas-era-o-que-faltava-1616647?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29

Todas as lutas contam (450) - OESTE

Comissão de utentes considera "negativo" primeiro ano do Centro Hospitalar do Oeste


A Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital” considera negativo o balanço do primeiro ano sobre a criação do Centro Hospitalar do Oeste e afirma que as condições para os utentes se deterioraram, avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.

Passado um ano da criação do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), “as condições de acesso dos utentes da região das Caldas da Rainha aos cuidados de saúde hospitalares deterioraram-se particularmente em algumas áreas”, indicou esta terça-feira a comissão.

Para o grupo, o primeiro ano de funcionamento do centro hospitalar que agrega os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche salda-se num “balanço negativo”, refere um comunicado enviado às redacções.

No serviço de Urgência do Hospital das Caldas da Rainha agravam-se "de dia para dia as condições de atendimento”, refere o documento, que dá nota de que os doentes em observação “ficam internados nos corredores, sem condições de dignidade”, e de que o número de profissionais nas equipas de urgência “tem diminuído” havendo mesmo dias “sem cobertura de algumas especialidades básicas como, por exemplo, a Ortopedia”.

A desmotivação por parte dos profissionais foi outra das constatações avançadas pela comissão, que disse haver “áreas de conflito” e “ um clima de intimidação, e até de chantagem e de ameaças, no tocante às perspectivas futuras para a urgência médico-cirúrgica” das Caldas da Rainha.

A esta situação opõe-se a perspectiva de “candidaturas a fundos de alguns milhões de euros” e a promessa de” obras de alargamento da unidade hospitalar de Torres Vedras, subindo quatros pisos à actual estrutura”, e que levam a comissão a temer a deslocalização de serviços para aquela unidade.

“Esta administração esquece completamente que a sede administrativa do CHO é nas Caldas da Rainha e já não esconde a sua falta de equidade entre os diferentes pólos”, acusou a comissão, exigindo ao conselho de administração a divulgação de um relatório sobre as vantagens resultantes da reestruturação efectuada no último ano.

No entender da comissão, o Oeste continua a ser uma região "desconsiderada pelo Estado Central” que desaproveita “as estruturas existentes (em Peniche, por exemplo) para apostar em obras de remendos”, afastando-se da “solução correcta: uma estrutura hospitalar nova para todo o Oeste”.

A este panorama junta-se a falta de informações sobre “projectos concretos de reabertura do Hospital Termal”, encerrado desde Março, para levar a comissão a programar para o próximo ano acções de mobilização da população para reivindicarem “cuidados medidos correctamente dimensionados, adequados e sem assimetrias”, conclui o comunicado.

A área de influência do CHO abrange as populações das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com excepção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro), servindo mais de 292.500 pessoas.

Todas as lutas contam (449) - COMISSÃO UTENTES CREL

 

Comissão de Utentes da CREL vai reivindicar acessibilidades ao Governo

A comissão de utentes da Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL) vai esta segunda-feira ao Ministério das Obras Públicas reivindicar melhores acessibilidades, segundo avança a rádio TSF. O conjunto de cidadãos utilizadores daquela via está contra a reintrodução de portagens, recentemente anunciada pelo Executivo de Durão Barroso, e insurge-se contra a falta de alternativas, embora mostrando disposição para chegar a um compromisso.

Carlos Braga, da referida comissão, alertou para a necessidade de se chegar a um consenso com o Governo e disse que «não será apresentado prazo nenhum, não há esse objectivo». «Mas vamos fazer sentir que as obras são importantes de concretizar e que estaremos disponíveis para, em conjunto com o próprio Governo, vermos quais são as melhores soluções», afirmou em declarações à TSF.
A Comissão de Utentes da CREL vai, depois do encontro no ministério, decidir quais os próximos passos a dar, havendo contudo novas formas de luta marcadas para as próximas sexta e segunda-feira - nomeadamente o pagamento das portagens com notas de cem euros, uma marcha lenta e um «buzinão» de protesto, tanto na CREL como no IC 19.