sábado, 25 de julho de 2015

CUSP TOMAR

Conferência de Imprensa em TOMAR

AS POPULAÇÕES MERECEM E TÊM DIREITO
A MELHORES CUIDADOS DE SAÚDE!

Não há efeitos sem causas, a crise na saúde tem autores, cúmplices e impulsionadores, não “caiu do Céu aos trambolhões”. Só que em matéria de saúde, a crise significa para os utentes sofrimento, mais custos, cuidados mais longe, mais ansiedade.

………………………
Há alguns “mitos” sobre os serviços de Saúde que convém esclarecer:

Portugal é dos que menos gasta em saúde em percentagem do PIB; Não há falta de recursos humanos, apesar da emigração; Apesar das sucessivas declarações ministeriais mais de um milhão de portugueses não terá médico de família nos próximos meses, p.e. no Médio Tejo, com o triste destaque para o Concelho de Ourém, de Janeiro a Julho, os utentes sem médico de família subiram de 29 500 para 35 000; Há serviços nos cuidados primários que viram reduzidos/suprimidos os horários e, algumas vezes, mesmo nesses períodos não podem funcionar pela ausência de profissionais de enfermagem ou administrativos; A concentração de serviços não correspondeu a mais qualidade, as distâncias que doentes e familiares têm de percorrer implicam mais sofrimento físico e mais despesas, (os utentes que eram atendidos nas unidades onde foram concentrados os serviços ficaram pior com a chegada dos utentes de outras unidades) pelo que a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo e a aplicação da Portaria 82/2014, não resolverá qualquer problema; A solução para os problemas existentes não está na privatização/municipalização de serviços de saúde. Os países que optaram pela contratualização com entidades privadas têm mais despesa e não está garantida a universalidade e qualidade dos serviços. Temos o exemplo da contratualização de serviços de saúde a privados pelo CHMT e ACES Médio Tejo, em que os profissionais nem comparecem e/ou não asseguram a qualidade e proximidade exigidas.
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Apesar de sucessivas declarações ministeriais e de outros responsáveis prometendo “o paraíso” para os próximos anos, aumenta o fosso que separa a propaganda da realidade.
……………………..

Em reunião com o Conselho de Administração do CHMT foi-nos solicitado o contributo para a criação de um “bom ambiente/paz/normalidade”, como sendo um dos factores cruciais para a contratação de médicos, processo que ainda decorre.

Por mais incrível que possa parecer, nos dias e semanas imediatos, foram os próprios responsáveis governamentais e as unidades de saúde a contribuírem para a “ideia cinzenta” que existe sobre o CHMT.

Factos que não podem ser imputados aos utentes e que afastarão alguns profissionais: Ausência de um Plano Estratégico assumido e do conhecimento da comunidade; anúncio da criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo, com concentração de serviços e deslocação de trabalhadores; anúncio de medidas excepcionais de contratação de profissionais muito acima das publicitadas; manutenção e colocação de serviços em instalações sem condições logísticas; recorrente divulgação da prestação de maus cuidados de saúde em alguns episódios de doença;   a aposta continuada (e para continuar) na desvalorização salarial de profissionais de saúde altamente qualificados.

O Governo e as unidades de saúde especializaram-se na publicação de anúncios de abertura de concursos para médicos. Pode funcionar em tempos eleitorais, mas não tem resolvido os problemas de acesso e da qualidade dos cuidados de saúde às populações.
…………………

As estruturas de utentes apresentam as seguintes propostas (a maioria delas subscritas por dezenas de milhares de cidadãos e enunciadas pelos autarcas, alguns deputados e movimento sindical e outras entidades):

No CHMT: Existência e melhoria do funcionamento das especialidades com mais procura, como sejam a URGÊNCIA; MEDICINA INTERNA, CIRURGIA e PEDIATRIA.

Distribuição equilibrada e valorização das especialidades existentes, como a UROLOGIA, OFTALMOLOGIA.

Articulação entre os diversos níveis de cuidados de saúde (primários, hospitalares, continuados).

Melhorar os serviços de transporte nas urgências e nas ligações inter-hospitalares. “A porta de entrada deve ser a porta de saída”.

Corrigir os critérios de financiamento das Unidades de Saúde, assegurando a gestão pública, eficiente e eficaz numa perspectiva de médio prazo, para evitar o aumento da despesa e haver efectivos ganhos em saúde.

Adopção de medidas excepcionais e temporárias de contratação de médicos, enfermeiros e outros profissionais, para o CHMT e para os Centros e Extensões de Saúde. Aquisição e operacionalidade de Unidades Móveis de Saúde.

Funcionamento regular e cumprimento das atribuições legais do Conselho de Comunidade do ACES e do Conselho Consultivo de CHMT.

Recusa da constituição do Grupo Hospitalar do Ribatejo e da aplicação da Portaria 82/2014.

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A grande maioria da população (mesmo aquela que tem sido bem servida) não concorda com a actual organização dos cuidados de saúde. A continuar a política de saúde deste Governo, aumentará a ansiedade e o sofrimento de utentes e familiares perante os episódios de doença e perder-se-á a confiança no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Tem de haver mudanças! Cada utente tem um voto, que o pode utilizar nas próximas eleições para defender cuidados de saúde de proximidade e qualidade.

Comissão de Utentes dos Serviços Públicos
do Concelho de TOMAR

COMISSÃO DE UTENTES DA SAÚDE do MÉDIO TEJO



Tomar, 23 de Julho de 2015.

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Pedida reunião à Câmara Municipal de Ourém

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Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Ourém

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo apoia todas as iniciativas populares e institucionais que tenham como objectivo a conquista da prestação de cuidados de saúde de proximidade e qualidade.

Apesar de considerarmos que devem ser debatidas as implicações para os utentes das características geográficas do (ou parte) do Concelho de Ourém e da organização dos serviços de saúde, a CUSMT é da opinião que é urgente melhorar os cuidados no Centro e Extensões de Saúde do Concelho de Ourém, com mais meios humanos e, também, com unidades móveis de saúde (há muito prometidas).

A melhoria da prestação da prestação de cuidados de saúde passa também pela alteração radical das urgências dos hospitais de Tomar e Torres Novas, assim como a reabertura de serviços como a Medicina Interna, a articulação com os Centros de Saúde e a valorização das especialidades existentes.

Depois de estarmos presentes na Concentração de 10.7.2015, solicitamos uma reunião a Va. Exa. com o objectivo de trocarmos informações sobre a temática da organização dos cuidados de saúde no Concelho e na Região.

Com os melhores cumprimentos.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
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ABRANTES: Conferência de Imprensa

AS POPULAÇÕES MERECEM E TÊM DIREITO
A MELHORES CUIDADOS DE SAÚDE!

Não há efeitos sem causas, a crise na saúde tem autores, cúmplices e impulsionadores, não “caiu do Céu aos trambolhões”. Só que em matéria de saúde, a crise significa para os utentes sofrimento, mais custos, cuidados mais longe, mais ansiedade.

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Há alguns “mitos” sobre os serviços de Saúde que convém esclarecer:

Portugal é dos que menos gasta em saúde em percentagem do PIB; Não há falta de recursos humanos, apesar da emigração; Apesar das sucessivas declarações ministeriais mais de um milhão de portugueses não terá médico de família nos próximos meses, p.e. no Médio Tejo, com o triste destaque para o Concelho de Abrantes, de Janeiro a Julho, os utentes sem médico de família subiram de 29 500 para 35 000; Há serviços nos cuidados primários que viram reduzidos/suprimidos os horários e, algumas vezes, mesmo nesses períodos não podem funcionar pela ausência de profissionais de enfermagem ou administrativos; A concentração de serviços não correspondeu a mais qualidade, as distâncias que doentes e familiares têm de percorrer implicam mais sofrimento físico e mais despesas, (os utentes que eram atendidos nas unidades onde foram concentrados os serviços ficaram pior com a chegada dos utentes de outras unidades) pelo que a criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo e a aplicação da Portaria 82/2014, não resolverá qualquer problema; A solução para os problemas existentes não está na privatização/municipalização de serviços de saúde. Os países que optaram pela contratualização com entidades privadas têm mais despesa e não está garantida a universalidade e qualidade dos serviços. Temos o exemplo da contratualização de serviços de saúde a privados pelo CHMT e ACES Médio Tejo, em que os profissionais nem comparecem e/ou não asseguram a qualidade e proximidade exigidas.

Apesar das sucessivas declarações ministeriais e de outros responsáveis prometendo “o paraíso” para os próximos anos, aumenta o fosso que separa a propaganda da realidade.
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Em reunião com o Conselho de Administração do CHMT foi-nos solicitado o contributo para a criação de um “bom ambiente/paz/normalidade”, como sendo um dos factores cruciais para a contratação de médicos, processo que ainda decorre.

Por mais incrível que possa parecer, nos dias e semanas imediatos, foram os próprios responsáveis governamentais e as unidades de saúde a contribuírem para a “ideia cinzenta” que existe sobre o CHMT.

Factos que não podem ser imputados aos utentes e que afastarão alguns profissionais: Ausência de um Plano Estratégico assumido e do conhecimento da comunidade; anúncio da criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo, com concentração de serviços e deslocação de trabalhadores; anúncio de medidas excepcionais de contratação de profissionais muito acima das publicitadas; manutenção e colocação de serviços em instalações sem condições logísticas; recorrente divulgação da prestação de maus cuidados de saúde em alguns episódios de doença; 
a aposta continuada (e para continuar) na desvalorização salarial de profissionais de saúde altamente qualificados.

O Governo e as unidades de saúde especializaram-se na publicação de anúncios de abertura de concursos para médicos. Pode funcionar em tempos eleitorais, mas não tem resolvido os problemas de acesso e da qualidade dos cuidados de saúde às populações.
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As estruturas de utentes apresentam as seguintes propostas (a maioria delas subscritas por dezenas de milhares de cidadãos e enunciadas pelos autarcas, alguns deputados e movimento sindical e outras entidades):

No CHMT: Existência e melhoria do funcionamento das especialidades com mais procura, como sejam a URGÊNCIA; MEDICINA INTERNA, CIRURGIA e PEDIATRIA.

Distribuição equilibrada e valorização das especialidades existentes, como a MATERNIDADE em Abrantes.

Articulação entre os diversos níveis de cuidados de saúde (primários, hospitalares, continuados).

Melhorar os serviços de transporte nas urgências e nas ligações inter-hospitalares. “A porta de entrada deve ser a porta de saída”.

Corrigir os critérios de financiamento das Unidades de Saúde, assegurando a gestão pública, eficiente e eficaz numa perspectiva de médio prazo, para evitar o aumento da despesa e haver efectivos ganhos em saúde.

Adopção de medidas excepcionais e temporárias de contratação de médicos, enfermeiros e outros profissionais, para o CHMT e para os Centros e Extensões de Saúde. Aquisição e operacionalidade de Unidades Móveis de Saúde.

Funcionamento regular e cumprimento das atribuições legais do Conselho de Comunidade do ACES e do Conselho Consultivo de CHMT.

Recusa da constituição do Grupo Hospitalar do Ribatejo e da aplicação da Portaria 82/2014.

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A grande maioria da população (mesmo aquela que tem sido bem servida) não concorda com a actual organização dos cuidados de saúde. A continuar a política de saúde deste Governo, aumentará a ansiedade e o sofrimento de utentes e familiares perante os episódios de doença e perder-se-á a confiança no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Tem de haver mudanças! Cada utente tem um voto, que o pode utilizar nas próximas eleições para defender cuidados de saúde de proximidade e qualidade.

Comissão de Utentes dos Serviços Públicos
do Concelho de ABRANTES

COMISSÃO DE UTENTES DA SAÚDE do MÉDIO TEJO

quarta-feira, 22 de julho de 2015

quarta-feira, 1 de julho de 2015