sábado, 7 de agosto de 2021

Sobre as urgências hospitalares no CHMT e não só....

 MÉDIO TEJO: 5 urgências abertas 24 horas, 365 dias por ano

EPISÓDIOS de urgência:

            2021 (ate 31maio)            40 048

            2020                               101 975

            2019                               149 310   

            2018                               145 105 



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(Um texto ficcionado, mas para levar a sério)

"O Alberto tem 48 anos.

O Alberto trabalha na construção civil.

O Alberto não é nenhum analfabeto, mas também não é a pessoa mais culta do mundo.

O Alberto é uma pessoa simples que trabalha seis dias por semana para que os filhos tenham uma vida melhor que a dele.

O Alberto, certo dia, sentiu uma dor no peito muito forte, como nunca tinha sentido antes.

O Alberto nem sequer gosta de ir ao Hospital, mas nesse dia sentiu que tinha de ir.

O Alberto teve de esperar trinta minutos pela triagem, porque antes dele estava a Jéssica, de 22 anos, que foi à praia e apanhou um escaldão. E o Tomás, de 19 anos, que vomitou uma vez há duas horas, estava à sua frente. E a dona Ermelinda, de 78 anos, que tem uma dor nas costas há três meses. E o Sérgio, de 38 anos, que teve uma dor de cabeça ligeira que entretanto passou. E a Sandra, de 52 anos, que mediu a tensão e ficou preocupada porque a máxima e a mínima estavam muito juntas. E o senhor Adérito, de 68 anos, que comeu demasiado ao almoço e agora tem a glicémia alta. E a Tatiana, de 18 anos, que achou que estava grávida, quis fazer o teste na urgência e que armou uma peixeirada quando não gostou da pulseira que recebeu. E o pai da Tatiana, que paga o ordenado à enfermeira da triagem. E o tio da Tatiana, que vai fazer uma espera ao segurança que não o deixou entrar. E a mãe da Tatiana, que vai chamar a CMTV.

O Alberto, quando chegou a vez dele, estava agarrado ao peito e a transpirar muito.

O Alberto não soube explicar bem os sintomas que tinha mas a enfermeira percebeu que ele não estava bem.

O Alberto foi levado para a sala de reanimação da urgência.

O Alberto fez um electrocardiograma, que confirmou o diagnóstico de enfarte agudo do miocárdio.

O Alberto, pouco depois, entrou em paragem cardio-respiratória.

O Alberto acabou por falecer apesar de todas as tentativas de ressuscitação que foram tentadas.

O Alberto podia ainda estar vivo se os restantes utentes não abusassem do serviço de urgência.

Não sejas como a Jéssica, nem como o Tomás, nem como a dona Ermelinda, nem como o Sérgio, nem como a Sandra, nem como o senhor Adérito, nem como a Tatiana e a sua família.

Hoje foi o Alberto. Amanhã podes ser tu."

(Autoria da página Pérolas da Urgências)

Sobre recursos humanos nas Unidades de Saúde do Médio Tejo

 

Num momentos difícil para os utentes, por falta de recursos humanos, relembra-se documento de 26abril2021

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publicado por usmt às 18:39

HEMODIÁLISE: Um serviço de excelência no CHMT

 

HEMODIÁLISE: Um serviço de excelência no CHMT

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publicado por usmt às 18:34

EVA Torres Novas - é preciso passar das apresentações à actividade no terreno!

EVA Torres Novas - é preciso passar das apresentações à actividade no terreno!

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publicado por usmt às 15:11

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Sobre os CTT (texto de Opinião)

 https://www.abrilabril.pt/nacional/ctt-pouca-vergonha-continua

|CORREIOS

CTT: a pouca vergonha continua

O Governo tem andado a empurrar com a barriga (e uns milhões de euros do erário público) o processo de renovação da concessão, agora previsto para depois das autárquicas. É preciso renacionalizar os CTT.


aíram os dados (fornecidos pelos próprios CTT) da avaliação de qualidade de Junho. Se a situação já era desastrosa, neste momento já só pode ser descrita como de qualquer ausência de vergonha, tal a sistemática e crescente violação dos índices de qualidade previstos no contrato de concessão. Os CTT sabem que têm o Governo na mão, e o seu comportamento reflecte isso mesmo.

Este agravamento tem duas causas próximas: o facto de os CTT não terem tomado quaisquer medidas para cobrir a ida para férias de um número significativo de carteiros; e o facto de os CTT estarem a realizar reestruturações ilegais dos giros, para reduzir o número de trabalhadores, reestruturações que assentam em rotações que já não permitem cumprir os prazos contratualizados pois esses giros deixam de ser feitos com a regularidade exigida.

«[O Governo prefere]manter uma oralidade de esquerda (através do ministro Pedro Nuno dos Santos) e uma prática de direita, submissa aos ditames do grande capital (através de outra personagem completamente diferente, o ministro das Infraestruturas e Habitação)»

Continuando a não cumprir sequer um dos critérios de qualidade, o afastamento é tal que ultrapassa qualquer razoabilidade, atingindo em vários indicadores de qualidade os 20, 30 e 40%. E o mais grave nem é a violação sistemática e propositada destes indicadores de qualidade. É o que isso reflecte na vida das pessoas e das empresas. O correio sempre atrasado, as assinaturas de jornais e revistas degradadas pela falta de fiabilidade (perda de correio) e de velocidade (jornais entregues dias depois da data), os cartões multibanco a chegarem na mesma entrega que o pin, acabando com a segurança do uso deste tipo de meio, os anúncios de interrupção de serviço entregues com a factura cujo não pagamento os motivou, aldeias sem correio 15 e mais dias, consultas a que se falta, pensões que não se recebem, etc.

E enquanto a gestão privada coloca a empresa neste descalabro, o governo não só se prepara para a recompensar com umas dezenas de milhões de euros através daqueles Tribunais Arbitrais desenhados para roubar o erário público, como se recusa a concretizar a renacionalização da empresa, preferindo manter uma oralidade de esquerda (através do ministro Pedro Nuno dos Santos) e uma prática de direita, submissa aos ditames do grande capital (através de outra personagem completamente diferente, o ministro das Infraestruturas e Habitação).

O Governo tem andado a empurrar com a barriga (e uns milhões de euros do erário público) o processo de renovação da concessão, agora previsto para depois das autárquicas. É preciso que o Governo encontre a coragem necessária para fazer o que de há muito é evidente dever ser feito: renacionalizar os CTT

Relatório mensalde qualidade dos CTT (Junho 2021)Objec-tivoReali-zado
Demora de encaminhamento no correio normal - Velocidade96,380,8
Demora de encaminhamento no correio normal - Fiabilidade99,794,6
Demora de encaminhamento no correio azul (Continente) - Velocidade94,575,4
Demora de encaminhamento no correio azul (Continente) - Fiabilidade99,995,3
Demora de encaminhamento de jornais e publicações periódicas com periodicidade igual ou inferior à semanal - Velocidade90,060,3
Demora de encaminhamento de jornais e publicações periódicas com periodicidade igual ou inferior à semanal - Fiabilidade99,990,9
Demora de encaminhamento no correio transfronteiriço intracomunitário - Velocidade88,045,5
Demora de encaminhamento no correio transfronteiriço intracomunitário - Fiabilidade97,079,6
Demora de encaminhamento do correio registado - Velocidade90,077,8
Demora de encaminhamento do correio registado - Fiabilidade99,996,3