quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OPINIÃO sobre a privatização da TAP

Basta de duques!
Fosse o mundo como o inacreditável presidente do ISEG, João Duque, e as três maiores companhias aéreas do continente estariam à venda por três euros.
Para quem não se recorda, este foi o homem que ensinou a Passos Coelho que a TAP, porque dá prejuízo, deve ser vendida por um euro. Ora os prejuízos de Luftansa, Air France/KLM e British/Ibéria no primeiro semestre de 2012 atingem os 979 milhões. Mas enquanto os 112 milhões de prejuízos da TAP eram empolados na comunicação social, as breves notas em jornais económicos referentes às outras três vinham acompanhadas de conveniente explicação – aumentos especulativos dos combustíveis superiores a 20% e a sazonibilidade que faz do primeiro um pior semestre na aviação que o segundo.
O quadro mediático da TAP está habilmente montado. Para a maioria trata-se de uma empresa que só dá prejuízos e é excelentemente gerida por Fernando Pinto. Nem uma coisa nem outra são verdade, mas para reforçar esta convicção lá veio o veneno de que estes prejuízos se devem «às greves», ou seja, são culpa dos trabalhadores.
Mas as contas da TAP que foram a desculpa para montar esta operação contêm a informação que a desmonta. Em primeiro lugar, informam que a TAP vendeu mais 9,4% do que em 2011, ultrapassando os mil milhões de vendas neste semestre, reforçando a sua posição como primeiro exportador nacional. E que o fez gastando menos 1,4% em despesas com o pessoal – ou seja, aumentando a exploração dos seus trabalhadores. Informam ainda que a dívida remunerada é quase um terço do noticiado (0,5 e não 1,3 mil milhões), e que só existe essa dívida devido a uma negociata que PS e PSD nunca explicaram em torno da compra da manutenção da VARIG (mas onde enterraram centenas de milhões de euros), devido às privatizações da SPDH e devido à política europeia de promoção da concentração monopolista que impede o Estado, desde 1997, de devolver à TAP uma parte dos 200 milhões que dela recebe por ano só no IRS e na Segurança Social.
Não é preciso ser um Ás para perceber que uma empresa estratégica desta importância não dá prejuízo e não se privatiza, luta-se para a defender e valorizar! Mas no Governo só nos saem duques!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sobre a prestação de cuidados de saúde em BENAVENTE (in O Mirante)

Explicar ao ministro da Saúde o que se passa em Benavente
O presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), vai pedir uma reunião ao Ministro da Saúde, Paulo Macedo, para lhe explicar aquilo que considera ser a situação precária a nível da prestação de serviços à população que se vive no concelho. António José Ganhão (CDU) concluiu que o Ministro não está informado sobre o que se passa depois de ter conhecimento das respostas do Ministério a perguntas colocadas pelo deputados José Luís Ferreira, do Partido Ecologista "Os Verdes" relativas à curta duração dos contratos de enfermagem no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Benavente e na Extensão de Saúde do Porto Alto; à diminuição daqueles serviços ao domicílio e à suspensão das consultas de diabetes no Centro de Saúde de Benavente. José Luís Ferreira perguntou ainda quando é que reabririam as extensões de saúde de Foros de Almada e da Barrosa que não obteve resposta."Foram muitas as perguntas sem resposta e por isso vamos solicitar uma reunião de urgência para pedir esclarecimentos sobre a prestação dos cuidados de saúde", referiu o presidente da Câmara, chamando ainda a atenção para os milhares de utentes do concelho que continuam sem médico de família.

Utentes do SNS perdem consultas comparticipadas na Misericórdia de Benavente
As consultas de especialidade comparticipadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) que estavam a ser dadas no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Benavente acabaram. A Misericórdia esgotou a quota de consultas que tinha para este ano e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) decidiu suspender o contrato de cooperação.
Os utentes que iam à Misericórdia de Benavente para terem consultas de dermatologia, cirurgia plástica e algumas de cirurgia geral, comparticipadas através do SNS, vão deixar de pagar apenas a taxa moderadora. O protocolo com o SNS acabou, passando agora os utentes deste sistema a pagar as consultas de todas as especialidades.
O provedor Norte Jacinto garante que mais uma vez a ARS-LVT não cumpriu com o protocolo. Segundo o acordo, a quota de consultas comparticipadas para 2012 seria igual à de 2011 já que a ARS-LVT não deu qualquer indicação em contrário. O provedor começou a guiar-se pelo que gastou no ano passado, quando em Março recebeu a notícia que o valor seria reduzido tendo em conta a redução do orçamento da ARS-LVT. Só em Junho, depois de algumas conversações, é que Norte Jacinto assinou o novo acordo, com a condição que a ARS-LVT pagaria tudo o que a Santa Casa da Misericórdia de Benavente já tinha gasto até à data. No primeiro semestre do ano, a instituição ultrapassou em 89 mil euros o novo acordo estabelecido para 2012, mas se estivesse em vigor o mesmo valor do ano passado, ainda teria alguma margem de manobra. Este excesso, levou a ARS-LVT a suspender no dia 17 de Agosto, a comparticipação do SNS às três especialidades da Misericórdia de Benavente.

Todas as lutas contam (260) - SERPA

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Actividade no Médio Tejo

Comunicado da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
Os diversos estudos sobre a organização dos cuidados hospitalares e a
sua implicação do CHMT, levam a CUSMT a pedir uma reunião
ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar
Nos últimos meses têm sido divulgados diversos estudos solicitados pelo Ministério da Saúde que, a serem concretizados, implicam uma alteração profunda no Centro Hospitalar do Médio Tejo, mesmo depois do que tem vindo a ser alterado fruto das diversas fases da reorganização entretanto iniciada.
Como exemplos concretos do que atrás escrevemos estão: um estudo que diz, a Pediatria deve sair de Torres Novas para ir para junto da Maternidade em Abrantes que, por sua vez, pode acabar, se entretanto for levada à letra a indicação de encerramento de unidades com menos de 1500 partos ano; uma outra proposta refere que a Urgência de Tomar (já de nível básico) deverá ser encerrada.
Verifica-se, numa primeira análise, uma profunda desarticulação entre os diversos grupos de trabalho nomeados pelo Ministro da Saúde que, para além de evidentes falhas de coordenação não levam em linha de conta os necessários equilíbrios regionais.
A nossa apreensão é ainda maior quando tomamos conhecimento de informações do Ministro da Saúde, no caso das urgências, de que se trata de um estudo concretizando até algumas das urgências que não encerram. Mas em nenhuma das vezes se referiu ao não encerramento de Tomar.
Como é do conhecimento público a Comissão de Utentes defende que URGÊNCIA, MEDICINA INTERNA, PEDIATRIA e CIRURGIA DO AMBULATÓRIO devem ser serviços comuns às três unidades do CHMT. Também defendemos a dinamização das outras valências, como o caso concreto da Maternidade. Estas matérias merecem a aprovação generalizada da população do Médio Tejo, como se pode provar pelas mais de 25 mil assinaturas recolhidas, entretanto, enviadas ao Ministro da Saúde.
Achamos que as matérias atrás referidas têm uma relevante importância social e económica para a Região pelo que levaram a CUSMT a sugerir uma reunião com o Conselho Administração do CHMT para explicarmos as nossas propostas, impedir o encerramento de mais serviços hospitalares e atender às necessidades de cuidados de saúde das populações do Médio Tejo.
Mais informamos que a Comissão de Utentes vai contactar outras organizações e entidades com o objectivo de levar a efeito iniciativas públicas de reivindicação das medidas propostas para os cuidados hospitalares e o sector da saúde, em data e em moldes a definir posteriormente.
A Comissão de Utentes da Saúde
do Médio Tejo
Médio Tejo, 27.08.2012

sábado, 25 de agosto de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Por escolas de proximidade!

Moradores de São Facundo interpõem providência cautelar contra fecho de escola primária
 
Moradores de São Facundo, Abrantes, não aceitam o anunciado encerramento da escola primária da localidade e vão interpôr uma providência cautelar para revogar a decisão.
Em comunicado, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da escola primária de São Facundo afirma não se conformar com o anunciado encerramento daquele estabelecimento de ensino já no próximo ano lectivo e acusa o município de ser responsável pela situação, alegando que a escola continua a ter o número mínimo de alunos exigido por lei para poder continuar a funcionar.
"O fecho da escola é feito contra a vontade dos alunos, dos pais, dos professores, da população e dos autarcas da freguesia. Consideramos que é dever da câmara corrigir o erro que cometeu e lutar por manter a escola aberta", pode ler-se no comunicado.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da junta de freguesia de São Facundo (ICA), António Campos, disse que "toda a gente foi apanhada de surpresa" com o anúncio do fecho da escola, assegurando que "vai ser instaurada uma providência cautelar" para revogar a decisão.
"Fizeram tudo às nossas escondidas e estamos todos revoltados porque temos mais de vinte alunos inscritos e esta é uma escola exemplar, quer no envolvimento com a comunidade local, quer pelo trabalho desenvolvido em termos de inovação e tecnologia", frisou o autarca, eleito pelo movimento Independentes pelo Concelho de Abrantes (ICA).
"Temos mais de uma centena de procurações para esse fim e não vamos desistir de lutar pelos nossos interesses e por um efectivo combate ao processo de desertificação", apontou.
Eleito pelo ICA, o vereador Carlos Ares defendeu à Lusa ser "preciso mais respeito pelas pessoas” destas aldeias: “O que a autarquia devia fazer era estar do lado delas, de forma clara e objectiva, e fazer um esforço de melhoramento nesta escola, reforçando ali algum tipo de investimento em equipamento".
Contactada pela agência Lusa, a presidente da Câmara de Abrantes disse que a escola do primeiro ciclo de São Facundo vai fechar "pela proximidade do Centro Escolar de Bemposta", que dista cerca de 12 quilómetros, e devido ao que é “preconizado na Carta Educativa", documento governamental que prevê o seu encerramento.
"A câmara não pode propor o contrário daquilo que está acordado e a nova escola tem mais condições, com bibliotecas, centro de recursos, salas polivalentes, cantinas e salas de enriquecimento curricular", defendeu.
António Campos não se conforma com a ideia e aponta para "dúvidas em relação ao rigor e à legalidade" da Carta Educativa.
"A Carta Educativa tem seis ou sete anos de existência e a Lei diz que de cinco em cinco anos tem de ser revista. A de Abrantes ainda nem sequer iniciou o processo de revisão", disse o presidente de junta, observando que o documento "prevê o encerramento porque a escola, então, tinha dez alunos, mas conta agora com 21 para o ano lectivo que se avizinha”.
(in Mirante)

Baixem os custos da energia e não os salários!

Pergunta óbvia!

Todas as lutas contam (259) - ALGARVE

Governo não toca nos interesses dos poderosos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Todas as lutas contam (257) - COIMBRA

Encerramento das urgências é “o princípio do fim” dos Covões


O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) não tem dúvidas quanto ao futuro do Hospital dos Covões.
Em conferência de imprensa realizada ontem para apresentar a caravana automóvel em defesa das urgências desta unidade de saúde, Rita Costa disse “não ter dúvidas” de que o encerramento noturno das urgências é o “princípio do fim” do Hospital dos Covões.
Uma posição apoiada por outro elemento do movimento, Margarida Fonseca. “A explicação [para o fecho noturno] de que não se justificava dois serviços de urgência no espaço de cinco quilómetros (um nos Covões, outro nos HUC) pode servir depois também para o fecho do hospital dos Covões)”, disse.
Porque entendem que este hospital deve continuar a servir os utentes do Serviço Nacional de Saúde, os membros do MUSP vão organizar amanhã uma caravana automóvel em Coimbra em defesa das urgências do Hospital dos Covões e que também motivou um abaixo-assinado com mais de quatro mil assinaturas.

Pela nossa saúde! CUSMT envia abaixo assinado e escreve ao Ministro da Saúde

Terça-feira, 21 de Agosto de 2012
CUSMT envia o Abaixo Assinado e escreve carta ao Ministro da Saúde
Exmo. Senhor
Ministro da Saúde
ASSUNTO: Envio de Abaixo-Assinado “PELA NOSSA SAÚDE!”.
Os últimos meses têm sido vividos pelas populações do Médio Tejo com enorme apreensão face às consequências da implantação das medidas de reorganização do CHMT, da falta de articulação entre os diversos níveis de cuidados de saúde, das carências de recursos humanos nos cuidados primários, do aumento das taxas moderadoras, das dificuldades com transporte e da progressiva perda de rendimentos das famílias e o aumento de custo do conjunto de serviços públicos e bens essenciais.
Acresce que regularmente são publicados/apresentados estudos e pareceres que apontam para a redução de serviços nas unidades hospitalares e nos cuidados primários sem que se conheça qualquer plano estratégico que potencie e coloque a totalidade dos recursos existentes ao serviço do bem-estar das populações.
Assim e, no respeito e pela afirmação dos direitos de cidadania da população do Médio Tejo, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo promoveu um Abaixo-assinado (com 25313 assinaturas, em anexo) que testemunha de forma inequívoca a vontade e as suas propostas para a organização dos cuidados de saúde na Região do Médio Tejo, racionalizando a prestação de cuidados de forma a aproveitar sinergias, diminuir os desperdícios e dar satisfação às necessidades de cuidados de saúde.
Neste espírito, salientamos a proposta de que URGÊNCIA, MEDICINA INTERNA, PEDIATRIA e CIRURGIA DO AMBULATÓRIO devem ser serviços comuns às três unidades do CHMT. Em articulação com os cuidados de saúde as outras valências devem ser potenciadas (por exemplo, a Maternidade em Abrantes) nas unidades onde estão presentemente a funcionar.
Com os melhores cumprimentos.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
Médio Tejo, 21.08.2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Enquanto reduzem serviços e financiamento no SNS, os privados avançam


Grupo HPP abre hospital privado
em Albufeira

Tem capacidade para 6300 cirurgias por ano
Por: tvi24  |  20- 8- 2012  14: 13

O grupo privado HPP Saúde inaugurou esta segunda-feira um novo Hospital em Albufeira, com capacidade para 6.300 cirurgias, 7.600 diárias e 95.000 consultas por ano, anunciou a empresa.
De acordo com a Lusa, a nova unidade criará cerca de 50 novos postos de trabalho. O novo HPP Hospital de Albufeira disponibilizará atendimento permanente durante 24 horas e uma oferta integrada em cuidados de saúde assente num perfil assistencial generalista, com equipas de profissionais e várias áreas médico-cirúrgicas, entre as quais Oftalmologia, a Ortopedia, a Cardiologia, a Pediatria ou a Reumatologia.
A nova unidade hospitalar dispõe de 27 camas, 12 gabinetes de consultas, 3 salas de bloco operatório e uma unidade de cirurgia de ambulatório.
Para João Martins, CEO do Grupo HPP Saúde, «com esta nova unidade hospitalar moderna e funcional pretende-se diversificar a oferta de cuidados de saúde de qualidade para a população do Algarve e, por outro lado, reforçar a aposta no Algarve como destino de turismo médico internacional».
A HPP Saúde, pertencente ao Grupo Caixa Geral de Depósitos, conta com uma rede de hospitais em todo o país com mais de 4000 colaboradores e profissionais de saúde.

sábado, 18 de agosto de 2012

Humor (3)

Humor (2)

Humor (1)

População do Médio Tejo com mobilidade prejudicada!

Ponte de Constância fecha durante três semanas

A circulação rodoviária na ponte sobre o rio Tejo, em Constância, ficará encerrada a partir de segunda-feira, 20 de Agosto, durante três semanas, para obras de reabilitação e reforço estrutural, anunciou esta sexta-feira a câmara municipal.
As obras da centenária travessia rodoferroviária, (ligação Constância Sul / Praia do Ribatejo), e que liga Constância e Vila Nova da Barquinha, vão obrigar ao encerramento total da circulação na ponte entre os dias 20 de Agosto e 7 de Setembro.
Em declarações à agência Lusa, Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, disse que as obras de reabilitação e reforço estrutural da ponte, um processo iniciado em 2010 e que chegou a obrigar ao encerramento daquela travessia durante nove meses, "estão a chegar ao seu fim", com o início, segunda feira, dia 20 de Agosto, dos trabalhos de substituição das juntas de dilatação e de remoção do pavimento para colocação de um novo piso com revestimento com betão.
Segundo o autarca, a interdição absoluta de circulação "poderá não chegar às três semanas", dependendo do evoluir dos trabalhos no terreno, sendo certo que o início do novo ano lectivo "não sairá prejudicado" com a falta de acesso a esta infraestrutura, tendo em conta os alunos da freguesia de Santa Margarida, que habitam no outro lado do rio.
A elevada degradação e a falta de condições de segurança da denominada ‘Ponte da Praia' levou a REFER a encerrar a travessia em Julho de 2010, uma medida que dividiu o concelho em dois, com a freguesia de Santa Margarida separada da sede do município pelo Tejo, e que ainda levou os cerca de quatro mil automobilistas habituais a procurarem meios e vias alternativas para chegarem aos seus destinos.
Um processo longo para uma ponte ferroviária que foi adaptada nos anos oitenta para poder ter viaturas nos seus tabuleiros, e aonde o trânsito se continua a fazer num único sentido, de forma alternada, e regulada por sinalização semafórica.
"Isto foi caro, moroso e não vai resolver o problema de Constância nem da região. O país precisa que se construa nesta zona uma nova ponte sobre o rio, a bem do desenvolvimento da região e do país", defendeu.
A autarquia anunciou o reforço dos horários a cumprir pelo barco municipal para atravessamento do rio e a contratação temporária de mais um barqueiro, durante o período de encerramento da travessia.
"Segunda-feira, eu também vou ter de atravessar de barco para ir trabalhar para a câmara", notou Máximo.
A medida vai obrigar os utentes daquela travessia a fazerem cerca de três dezenas de quilómetros para atravessarem o rio pelas pontes mais próximas, em Chamusca ou Abrantes, ou utilizarem, em alternativa, o pequeno barco municipal.
(in Mirante)

Todas as lutas contam (256) - SANTA MARINHA, Gaia

CTT: População critica encerramento de posto em Santa Marinha, Gaia
Porto, 13 ago (Lusa) -- O encerramento de mais um posto dos correios na freguesia de Santa Marinha, em Gaia, mereceu hoje a crítica dos residentes mas foi desvalorizada pelos CTT, que garantem o acesso aos serviços postais na área.
"Não podemos deixar protelar a situação de estarmos a retroceder em Santa Marinha com mais um encerramento de uma estação de correios. Começa a ser difícil e dispendioso para quem necessita de se deslocar ao serviço público dos CTT", refere em comunicado a Comissão de Utentes do Centro Saúde Barão do Corvo.
A comissão de utentes recorda o "desaparecimento deste importante serviço" na freguesia de Santa Marinha, "primeiro na rua Cândido dos Reis, de seguida no edifício Corpus Christi, recentemente no Largo Eça de Queirós (Candal) e por último no entreposto da Electro Cerâmica"
"Não esqueçamos o aumento dos títulos de viagem ou passes dos transportes públicos [e] o agravamento com a retirada do passe de terceira idade", frisa o documento que recorda como "muitos seniores recebem cerca 200 euros" sendo que "para poderem levantar o seu mísero vale gastam 2,30 euros em deslocações".
Em resposta, os CTT "informam que o acesso aos serviços postais nesta freguesia está garantido, uma vez que os serviços que antes eram prestados pelas lojas dos Correios da Afurada e do Candal foram transferidos, em ambos os casos, para Postos de Correios, geridos por parceiros dos CTT que estão formados e preparados para prestar 100 por cento dos serviços postais".
Fonte oficial daquela empresa disse ainda à Lusa que "recentemente, por vontade do parceiro dos CTT, o posto de correios do Candal encerrou", adiantando estar prevista "a abertura de dois novos Postos de Correio na área do Candal, com parceiros dos CTT, em datas a anunciar".
"Entretanto, têm vindo a contactar os clientes que detinham apartados no Posto de Correios do Candal e a transferi-los temporariamente para as lojas dos Correios das Devesas e do Canidelo", sublinham os correios que asseguram não estar previsto "o encerramento de nenhuma loja postal na área de Gaia".
A Câmara de Gaia mostrou-se indisponível para falar sobre o assunto.
LIL/PM
Lusa/fim

Reunião das Comissões de Utentes do Distrito de Santarém

REUNIÃO 
SECRETARIADO MUSP SANTARÉM
e das COMISSÕES DE UTENTES
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
do Distrito Santarém
31.AGOSTO (sexta), 21 horas
na JUNTA FREGUESIA ALPIARÇA
Análise da situação nos serviços públicos
Medidas a tomar

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

in O Mirante

Todos os dias há pessoas que são abandonadas nos hospitais

Um doente assistido no Centro Hospitalar do Médio Tejo esteve dois anos internado na enfermaria depois de ter tido alta médica só porque a família não o queria levar para casa. Todos os dias há pessoas abandonadas nos hospitais de Santarém e nos de Tomar, Abrantes e Torres Novas, do centro hospitalar, porque as famílias não querem ou não podem cuidar delas por serem dependentes. São idosos na sua grande maioria e alguns acabam por fazer do hospital a sua casa e das equipas clínicas a sua família durante dias, semanas, meses a fio.

No Hospital de Santarém o director das urgências, Fausto Roxo, arrisca uma média: Um caso por dia. Nos hospitais do norte do distrito de Santarém os números variam mas chegam a ser dez os casos mensais. "Os órfãos de idade", como os intitulou a responsável dos serviços sociais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Cidalina Mendes, num estudo recente sobre esta problemática, entram pelas urgências normalmente com indicações de que estão apáticos ou de queixas de que não se estão a sentir bem. Depois de vistos pelo médico e feitos os exames podem voltar a casa mas quem os levou desapareceu.

Em muitos casos o hospital ainda consegue que ao primeiro telefonema algum familiar atenda, mas depois é o silêncio. Quando se consegue que o familiar vá ao hospital a primeira coisa que tenta é que o idoso fique internado, revela Fausto Roxo. Os filhos, sobretudo, desculpam-se que não podem deixar de trabalhar, que não têm condições em casa para ter o pai ou mãe e as situações arrastam-se.

A crise social e a resistência necessária





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FACTURA VIRTUAL
Uma medida com objectivos pouco claros
e que agrava as despesas das Unidades Hospitalares

SÓ NO MÉDIO TEJO
SERÃO GASTAS 2250 RESMAS DE PAPEL / ANO

Praticamente nãohouve órgão da comunicação social que não referisse a elaboração e entrega aosutentes da FACTURA VIRTUAL, em experiência piloto no Hospital de S. José, emLisboa. De imediato foi também anunciada a intenção de estender a entrega da FACTURAVIRTUAL, a oitenta por cento dos hospitais até final do ano (ao que parece osoutros não têm sistema informático compatível).          

Alegam osdefensores da ideia que a entrega de uma factura discriminativa do valor médiodos serviços prestados servirá para moderar a procura de cuidados hospitalares.Mas, tal medida já é aplicada nos medicamentos e a realidade prova que nãohouve qualquer quebra no consumo, tendo mesmo os utentes (segundo recentesdados do INFARMED)  visto aumentar osvalores a pagar.

Tal medidaaplicada a todo o território nacional nas unidades hospitalares vai implicarcustos acrescidos em papel, consumíveis informáticos e em trabalhoadministrativo. Por exemplo, no Centro Hospitalar do Médio Tejo estaremos afalar de um consumo de 2250 resmas de papel por ano.

Quanto vai custarao SNS a entrega da FACTURA VIRTUAL? E alguém consegue quantificar os possíveisganhos? E porque não entregar facturas virtuais sobre os custos reais deinaugurações, visitas de estado, apresentação de projectos, sessões dehomenagem, comemorações de aniversários oficiais..?

Mais uma vezparece que é apenas mais uma despesa sem qualquer contrapartida. Mas temos umacerteza, há a intenção clara de pressionar psicologicamente os utentes que têmnecessidade de recorrer a cuidados hospitalares para que o não façam, como se aida a hospitais fosse um divertimento. E mais, desconfiamos que, depois detodos saberem os custos reais dos cuidados hospitalares aparecerá uma bemplaneada campanha de marketing de prestadores privados afirmando que fazem maisbarato e que devem ser eles a “mandar” no sector da saúde, com evidentes econfirmados prejuízos para os utentes e as finanças do Serviço Nacional deSaúde.

Em conclusão, a FACTURA VIRTUAL é uma medida com objectivos pouco claros e que vai aumentar asdespesas do SNS. O Ministério da Saúde ainda está a tempo de desistir!


A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Médio Tejo, 15.8.2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Comunicado do MUSP (nacional)

Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo suspende abastecimento de água potável a diversas famílias

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejotomou uma decisão lamentável, suspendeu o abastecimento de água potável adiversas famílias residentes em alguns dos montes do concelho, que não sãoabastecidas pela rede pública.

Assumindo-se a água como um bem público eessencial ao bem-estar e a uma boa qualidade de vida de todos os seres humanos,privar alguns desses mesmos seres humanos de utilizarem um bem tão precioso enecessário às suas necessidades diárias, só a podemos entender como uma medidade grande insensibilidade humana de cariz meramente economicista e de desprezototal pelos mais elementares direitos das famílias e pessoas em causa.

Considerando tal decisão como lamentável emuito grave o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos - MUSP condena-a erejeita-a liminarmente, manifestando em simultâneo a sua total solidariedade eapoio aos correctos e justos protestos das famílias e pessoas, exortando-as acontinuarem a lutar até que consigam concretizar os seus objectivos.


Grupo Permanente do MUSP

Mais um exemplo de que não há limites para a exploração!

Enfermeiros
Fazem de auxiliares na Holanda link
«Empresa de recrutamento reconhece que contrata enfermeiros para assumirem funções aquém das definidas no seu diploma português: tarefas de higiene e auxílio a idosos em lares na Holanda. link
Após receber várias denúncias, a Ordem dos Enfermeiros lançou o alerta, amplamente divulgado e comentado via internet, sobre a existência de empresas que estão a enganar enfermeiros para trabalhar no estrangeiro.» link
Aonde nos levará a nova diáspora do povo português promovida pelo governo Passos/Relvas

Todas as lutas contam (255) - ALGARVE

Festa do Pontal decorrerá com buzinão à porta

14 de Agosto, 2012
A Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) promove hoje uma marcha lenta e um buzinão frente ao local onde decorrerá a festa social-democrata do Pontal, no parque aquático Aquashow, em que participa Passos Coelho. O percurso da marcha contra as portagens na A22 foi definido de forma a garantir passagem frente à Festa do Pontal à hora do comício-festa, que este ano deixa a rua e decorre no hotel do parque aquático, local onde os organizadores do protesto prometem fazer ouvir as buzinas com maior intensidade.
A marcha terá início às 19h30, no quilómetro 86, da EN 125, junto ao Café ‘Várzea da Mão’, entre Boliqueime e as Quatro Estradas, local onde recentemente morreu um motociclista num acidente de viação.
O percurso inclui passagem pela rotunda das Quatro Estradas, rotunda do viaduto da EN 396, inversão de marcha na rotunda da BP de Quarteira e termina nas Quatro Estradas.
O circuito anunciado prevê que o protesto passe duas vezes pelo local da festa do PSD, «onde estão os responsáveis pela introdução de portagens, o primeiro-ministro, membros do Governo e deputados, que introduziram e defenderam as portagens», disse à Lusa o porta-voz da Comissão, João Vasconcelos.
«A principal mensagem que queremos passar é que queremos e exigimos a abolição das portagens na Via do Infante», disse à Lusa João Vasconcelos, recordando a delicada situação económica e social que a região vive e a suspensão das obras de requalificação da estrada alternativa, EN 125.
«A EN 125, tal como nós tínhamos alertado, transformou-se num autêntico inferno e as obras de requalificação estão paradas e são autênticas armadilhas mortais que ali temos», acrescentou.
O responsável sublinhou que se trata de uma marcha legal e que as autoridades foram avisadas, salientando que os utentes fazem questão de usar o seu «direito ao protesto».
«A Comissão de Utentes não se resigna, tal como muitos utentes, e vamos continuar a protestar e a buzinar até que as portagens sejam definitivamente abolidas», avisou João Vasconcelos.
Lusa/SOL

Todas as lutas contam (254) - MARVÃO

Comboios: Mais de uma centena de portugueses e espanhóis defendem ramal de Cáceres

Marvão, 14 ago (Lusa) -- Mais de uma centena de pessoas, incluindo autarcas, ambientalistas e sindicalistas portugueses e espanhóis, protestou hoje contra o encerramento do ramal de Cáceres, numa concentração na Estação Ferroviária de Beirã, no concelho de Marvão (Portalegre).

O presidente da Câmara de Marvão, Vítor Frutuoso, assegurou à Agência Lusa que ainda alimenta a "esperança" de que "o Governo português recue na sua decisão", que envolve o encerramento do ramal ferroviário e a mudança de percurso do comboio Lusitânia Expresso, marcadas para esta quarta-feira.

Igualmente presente, o presidente do Ayuntamiento espanhol de Valência de Alcântara, Pablo Carrillo, mostrou-se, mais uma vez, contra a decisão do Governo português.

domingo, 12 de agosto de 2012

Todas as lutas contam (253) - ALVITO, Barcelos

Todas as lutas contam (252) - CALHETA

in O Ribatejo

Hospitais maravilha e Entidade Reguladora

Publicado por Opiniões online, twitter Sábado, Agosto 11th, 2012

Arnaldo Vasques
Preocupam-me as ER`s – Entidades Reguladoras – ao ajuizarem quase sempre para comodidade do governo. Se, por um lado, é uma prova de lealdade para quem as nomeia, por outro poderá não corresponder à realidade. As Entidades Reguladoras não nos têm dado provas de confiança se atendermos às controvérsias havidas sempre que são do conhecimento público as suas decisões finais. Por exemplo, a Entidade Reguladora que geriu a contenda entre o ministro Miguel Relvas e a jornalista do Público, que referiu ter sofrido pressões e ameaças, acabou por dar razão ao ministro, pelo que a jornalista não teve outro remédio senão demitir-se e lamentar a falta de solidariedade do jornal para quem trabalhava. Agora vem a ER da Saúde propagar que com os hospitais está tudo às mil maravilhas, exceção às questões com AVC`s – acidentes vasculares cerebrais. Não sabemos quem são os elementos dessa ER, tão pouco as suas cores políticas, e quais os critérios usados para as conclusões. Falaram com médicos, enfermeiros, paramédicos, auxiliares?… Se reuniram com as administrações colocadas pelo governo atual, aqui já poderemos ajuizar das ditas conclusões. No hospital de Santarém, por exemplo, a um doente regressado de S. José após grave caso de AVC, é-lhe dito pelo médico responsável: ” o senhor precisa já de uma consulta de fisiatria para determinar os exercícios que reabilitarão esse braço paralisado. Porém, terá que ser fora do hospital, por não ter autorização para lhe passar a devida credencial… O pessoal habilitado é insuficiente para esses casos.” Aqui tem razão a ER, quando a estes pacientes é posta a questão desta forma tão direta e desumana. Não por culpa do médico, convenhamos, que se limitou a cumprir ordens expressas de quem manda. Todavia, esqueceu-se a ER da Saúde dos muitos meses para uma intervenção cirúrgica em Ortopedia, em Oftalmologia, dos preços das taxas moderadoras
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Todas as lutas contam (251) - ALGARVE

Utentes da Via do Infante protestam em frente da casa de férias de Cavaco Silva

Os utentes da Via do Infante fizeram uma vigília frente à casa de férias de Cavaco Silva, no Algarve. Os manifestantes querem o fim das portagens na A22. E os utentes da Via do Infante voltam a protestar, esta manhã. Desta vez, será frente à casa onde o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho está a passar férias, na Manta Rota, no Algarve

Ver mais aqui

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=578648&tm=8&layout=122&visual=61

É assim que tratam o direito constitucional à educação!!

Portugueses vão gastar mais no regresso às aulas em 2012

Ana Rita Guerra (JN)

Os portugueses preveem gastar mais dinheiro em 2012 com o regresso às aulas, aumentando a média de custos de 499 para 507 euros.
A crise veio trazer várias alterações aos planos dos consumidores, que agora pretendem pedir mais livros emprestados ou em segunda mão, usar mais o cartão de crédito e reduzir a mesada dada aos filhos.
Esta despesa de 507 euros refere-se a uma média de 1,32 pessoas - o que significa que cada aluno custa 384 euros. No caso de de haver dois filhos a estudar, os custos sobem consideravelmente.
As conclusões são do novo Observador Cetelem: Intenções de Compra dos Portugueses no Regresso às Aulas. O estudo indica que aumentou a percentagem de inquiridos com filhos em idade escolar - de 24% em 2011 para 28% em 2012 - mas diminuiu o número de adultos que são eles próprios estudantes (de 8% para 7%).

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sobre as facturas virtuais (in CANTIGUEIRO)

Facturas virtuais na saúde – mais uma ideia merdosa!

 
Da cabeça de um, ou de um molho de génios deste governo, brotou esta ideia peregrina de passar a apresentar aos utentes do Serviço Nacional de Saúde “facturas virtuais” onde conste o valor “real” dos tratamentos em urgências e consultas externas que, muitas vezes e como se sabe, podem atingir valores muito elevados.
Pois podem! E depois?!!!
Será, talvez, para que os utentes fiquem muito agradecidos ao senhor ministro e ao governo... como se o dinheiro do SNS fosse do senhor ministro, ou do governo!
Será, talvez, para que os doentes acabem por “incubar” um sentimento de culpa tal, que deixem de recorrer ao SNS, para ajudar a resolver a crise... como se o dinheiro que financia o SNS não tivesse já antes saído dos bolsos dos cidadãos, cujas prioridades, quando pagaram os seus impostos, não eram exactamente a manutenção dos carros topo de gama do senhor ministro e do governo e demais mordomias dos seus inúmeros “boys”.
Mesmo sabendo que nem todos os epectadores de ópera são ricos, ainda assim, gostaria de ver esta medida aplicada aos bilhetes da ópera. Seria também muito educativo se soubéssemos quanto vale, realmente, um bilhete para uma dessas produções multimilionárias, que não se pagariam a si próprias nem que estivessem seis meses em cena - quanto mais dois dias! – e nem que algumas das “madames” deixassem na bilheteira os casacões de peles.
Claro que estou a brincar! Defendo que os produtos culturais que não têm a penetração comercial suficiente para se bastarem... e que, com qualidade, sirvam as minorias interessadas neles e contribuam para a formação de novos e mais numerosos públicos, devem ser apoiados pelo (infelizmente, miserável!) Orçamento de Estado para a cultura.
Agora a sério... deixem os doentes paz, porra! Já não lhes basta estarem doentes?!!!
Dizem os génios que é uma “ideia-piloto”. Não sei, não... tive um vizinho que tinha um cão que tinha o nome de “Piloto”... mas juro que o animal não tinha estas ideias merdosas!

Utentes passam a madrugada junto ao Centro de Saúde de Alpiarça para conseguir consulta

VER AQUI (in SIC NOTÍCIAS)

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/08/09/utentes-passam-a-madrugada-junto-ao-centro-de-saude-de-alpiarca-para-conseguir-consulta

Utentes passam a madrugada junto ao Centro de Saúde de Alpiarça para conseguir consulta

Dezenas de pessoas passam a madrugada junto ao Centro de Saúde de Alpiarça para conseguir uma consulta. A situação acontece todas as quintas-feiras porque o serviço tem neste momento apenas um médico para dar apoio a 8.000 utentes.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

in Mirante

Falta de médicos no Centro de Saúde de Alpiarça deixa doentes crónicos sem receitas

A saída de dois médicos cubanos e a entrada em férias de um dos dois clínicos do Centro de Saúde de Alpiarça está a privar doentes crónicos do acesso a receituário, alertou a comissão de utentes local.

A porta-voz da Comissão de Utentes de Saúde de Alpiarça afirmou que o problema é "grave para a saúde dos utentes, podendo nalguns casos pôr em risco a sua vida, principalmente nos casos de doentes crónicos sem medicação por falta de receituário para casos conhecidos de doentes cardíacos".

Em declarações à Agência Lusa, Elisabete Relvas disse que Alpiarça já estava com quatro mil utentes sem médico de família, depois de terminado o contrato de dois médicos cubanos, e que, agora, um dos dois clínicos partiu para férias, deixando nas mãos de um único médico um ficheiro com oito mil utentes.

"É uma situação a atirar para o caótico, como se poderá imaginar", observou a responsável, tendo afirmado que as próprias consultas de recurso só funcionam um dia por semana, em vez de duas, só aceitando a prestação de oito consultas.

"Doentes cardíacos, hipertensos e também diabéticos, aflitos por não conseguirem consulta e outras por nem sequer o receituário, vão para o posto médico às duas e três da manhã. Às 05:00 está tudo cheio e muitos sem conseguir a sua consulta ou a simples prescrição de uma receita", notou.

"Será logicamente impossível assegurar assim a qualidade e a resposta às necessidades", disse ainda Elisabete Relvas, tendo lembrado que a Comissão de Utentes de Saúde de Alpiarça "exige uma solução" às autoridades responsáveis e a reposição dos dois médicos cubanos que cessaram o contrato a 21 de Junho.

sábado, 4 de agosto de 2012

TORRES NOVAS: Redução da oferta de transporte público




Nota de Imprensa da CDU Torres Novas





PS/PSD  acabam com linhas do TUT e reduzem viagens


Na última reunião da Câmara Municipal de Torres Novas o PS apresentou uma proposta de reestruturação dos TUT, altamente penalizadora dos utentes que teve o incondicional apoio do PSD. Tal como no governo do país, também no governo do municipio PS/PSD sempre de mãos dadas na destruição dos serviços públicos.



A proposta aprovada por PS/PSD, com o voto contra da CDU é a seguinte:

ü  Supressão das linhas Amarela e Lilás;

ü  Linha Azul - redução de dois para um dos autocarros a circular e redução do número de viagens;

ü  Linhas Vermelha e Verde  - redução no número de viagens;



A criação do Sistema Transportes urbanos Torrejanos, conhecidos por TUT foi uma iniciativa importante para melhorar a mobilidade da população, que aderiu a ela com entusiasmo. Logo após a sua implementação surgiram muitas propostas para alargamento dos trajectos. A decisão do PS e PSD de amputarem o sistema de forma brutal vem no sentido contrário das necessidades e aspirações das populações.



A CDU, lembra que em todas as Jornadas Autárquicas realizadas, a grande maioria das propostas que nos eram apresentadas nos diversos locais iam no sentido de alargar o TUT.  Quando era necessário criar condições ao alargamento deste serviço público e dessa forma corresponder às legitimas aspirações das populações e em particular das freguesias rurais já duramente castigadas com tantos encerramentos, PS/PSD fazem exactamente o contrário.



A Coordenadora da CDU/Torres Novas

Torres Novas, 4 Agosto 2012

Onde está o direito a cuidados de saúde? MAIS MÉDICOS PARA ALPIARÇA!


Neste momento ALPIARÇA conta apenas com um médico para cerca de 8.000 utentes !!!

Só à quinta-feira há consulta de recurso. Em caso de necessidade os utentes socorrem-se dos consultórios privados; clínicas privadas e as urgências do Hospital de Santarém.

Também um serviço público

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Todas as lutas contam (250) - OESTE

Comissões de utentes da saúde desiludidas com posição do PSD e CDS na Assembleia da República
Publicado a 3 de Agosto de 2012 . Gazeta das Caldas
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Foram chumbados pelos deputados do PSD e do CDS, os dois projectos de resolução apresentados pelo BE e PCP na sequência das petições subscritas por mais de 30 mil pessoas, em defesa dos hospitais do Oeste, que estiveram em discussão na Assembleia da República a 25 de Julho.
A Plataforma Oestina de Comissões de Utentes da Saúde já emitiu um comunicado em que afirma ter sido “decepcionante verificar que o encorajamento e o apoio recebidos dos diversos sectores da sociedade com quem temos debatido o problema não teve, na hora da verdade, uma expressão em votos que permitisse travar o processo de desmantelamento da rede hospitalar da região”.
Os responsáveis lamentaram sobretudo “a atitude de forças políticas que subscrevem em alguns lugares o mesmo que a plataforma vem defendendo, para agirem depois em contradição quando a verticalidade e a coragem política mais deveriam impor-se”.
Mais contundente foi a comissão de utentes caldense Juntos pelo Nosso Hospital que, numa mensagem colocada por António Curado no Facebook, expressa a sua decepção “por verificar que os projectos de resolução inspirados nas petições oestinas foram rejeitadas no parlamento português” e referem ser “deplorável” a atitude dos deputados do PSD e do CDS (nos quais se incluem os caldenses Maria Conceição Pereira e Manuel Isaac).
No plenário, Maria Conceição Pereira anunciou que o PSD estava a preparar o seu próprio projecto de resolução sobre esta matéria e que iria entregar uma declaração de voto, que não chegou a ser lida no plenário. Gazeta das Caldas tentou obter esse documento, mas tal não se revelou possível.
O deputado Manuel Isaac, não fez nenhuma declaração de voto, mas depois explicou ao nosso jornal que só votou contra os dois projectos de resolução porque defende que o Hospital Termal deve ser privatizado, mas a verdade é que a iniciativa do BE apenas referia a manutenção desta unidade no Serviço Nacional de Saúde e das urgências de Peniche e Torres Vedras “tal como hoje existem”. Duas recomendações que os deputados do PSD e CDS chumbaram.
Quanto ao projecto de resolução do PCP, nem sequer refere o Hospital Termal. Os comunistas recomendavam ao governo que suspendesse a reestruturação dos cuidados hospitalares da região Oeste e iniciasse “um processo de discussão e envolvimento da comunidade local (utentes, profissionais de saúde e autarquias) sobre a reorganização dos cuidados de saúde ao nível os cuidados de saúde primários, continuados e hospitalares e a sua articulação entre si, que possibilite adequar a resposta às necessidades da população”.
O projecto de resolução recomendava ainda ao governo que garantisse “uma rede de cuidados primários de saúde na região do Oeste apta a satisfazer as necessidades básicas das populações, assente na organização dos centros de saúde tendo por base o concelho e que suspenda a criação de mega agrupamentos de centros de saúde”.
Caldenses foram à Assembleia da República
A Gazeta das Caldas viajou com a comitiva caldense que se deslocou à Assembleia da República, a convite da comissão de utentes, num autocarro disponibilizado pela Câmara das Caldas.
À chegada estavam os deputados caldenses do CDS e PSD, mas também os socialistas João Paulo Pedrosa e Odete João (eleitos pelo círculo eleitoral de Leiria). Os 34 elementos que viajaram no autocarro receberam também uma má notícia: a petição do Oeste seria a última a ser discutida nessa tarde. Durante cerca de duas horas foi preciso aguardar nas galerias até que a discussão se iniciasse.
A primeira intervenção sobre a petição coube a Bernardino Soares (PCP) que denunciou o subfinanciamento dos centros hospitalares no Oeste, com cortes entre os 30% e os 35% nas transferências do Orçamento de Estado. O deputado comunista lamentou ainda o facto de o ministro da Saúde ter comentado na comissão de saúde, numa interpelação que se realizou nessa manhã, que o SNS estaria a pagar “comida para os pavões” do parque das Caldas.
Na sua intervenção, João Semedo (BE) disse que integrar o CHON e o CHTV “não faz qualquer sentido”, sublinhando que esse processo “é forçado”, com o objectivo de desviar utentes para o novo hospital de Loures (uma parceria público-privada).
Outra opinião tem Maria Conceição Pereira (PSD) que disse acreditar que o hospital das Caldas “vai manter a maior parte das valências”. A deputada e vereadora caldense lembrou as promessas do governo socialista na ampliação daquele hospital.
Durante a sua intervenção, a deputada anunciou que o PSD estava a preparar o seu próprio projecto de resolução sobre esta matéria, sem adiantar pormenores.
O socialista André Rodrigues gastou os três minutos do grupo parlamentar do PS para falar apenas do caso de Torres Vedras, o que levou a que o seu colega de Leiria, João Paulo Pedrosa, não pudesse também intervir por se ter esgotado o tempo.
José Luís Ferreira (PCP) considera que a reorganização das urgências hospitalares no Oeste trará sérios riscos para a saúde na região. “Há muito que o governo deixou de se preocupar com as pessoas”, afirmou.
Também Manuel Isaac (CDS) lembrou as promessas não cumpridas feitas pelo governo PS no âmbito as contrapartidas da Ota, onde se previa, primeiro, a construção de um novo hospital, e depois a ampliação do já existente. Quanto à reorganização, “nada está decidido”, afirmou o deputado, que de manhã tinha questionado o ministro da Saúde sobre esta questão e sobre o Hospital Termal, na reunião da comissão, sem no entanto obter qualquer resposta.
Manuel Isaac falou ainda no Hospital Termal para dizer que este “era uma referência e hoje é uma falência”, culpando os sucessivos governos ao longo dos últimos 30 anos pela actual situação.
A terminar, Duarte Pacheco (PSD) disse que os dois centros hospitalares que o governo quer fundir estão “numa situação calamitosa de falência” e que quem os deixou assim “foi o governo socialista”. Para o deputado social-democrata, é preciso reestruturar estes serviços “antes que as pessoas fiquem sem cuidados de saúde”.
Duarte Pacheco disse que acreditava que as urgências médico-cirúrgicas se irão manter também no hospital de Torres Vedras.
A plataforma já anunciou que irá continuar a sua luta pelos cuidados de saúde no Oeste (ler comunicado em Divulgação Institucional).
Pedro Antunes
pantunes@gazetacaldas.com