domingo, 31 de março de 2024

OPINIÃO: É uma casa portuguesa com certeza

É uma casa portuguesa com certeza

Margarida Botelho

Os preços das casas su­biram 8,2% em 2023, em cima dos 12,6% que já ti­nham su­bido em 2022.

13% das pes­soas vi­viam em casas com mais gente do que de­viam ter, tendo em conta as as­so­a­lhadas dis­po­ní­veis. Eram 9,4% em 2022. Se olharmos para as cri­anças e jo­vens até aos 17 anos, são 21,8% a viver em casas so­bre­lo­tadas.

20,8% da po­pu­lação a viver em Por­tugal não con­se­guia aquecer a casa no In­verno. Em 2022 eram «apenas» 17,5% e já eram o dobro da média eu­ro­peia. À per­gunta sobre se con­se­guiam manter a casa fresca no Verão, 38,3% res­pon­deram que não.

33% da po­pu­lação vivia no ano pas­sado numa ha­bi­tação com pro­blemas em pelo menos um destes items: as ins­ta­la­ções sa­ni­tá­rias, o tecto, as pa­redes, o so­alho ou as ja­nelas.

Os dados, que ti­veram uma ex­pressão dis­creta na co­mu­ni­cação so­cial, en­tre­tida que tem es­tado a en­tre­vistar em loop André Ven­tura, são do Ins­ti­tuto Na­ci­onal de Es­ta­tís­tica, ba­se­ados num inqué­rito a cerca de 15 mil pes­soas.

Re­velam as múl­ti­plas di­men­sões nas quais a ha­bi­tação se tornou uma dor de ca­beça para mi­lhões de pes­soas no nosso país: preço, ta­manho, lo­ca­li­zação, con­forto. Re­velam ainda a ra­pidez da de­gra­dação da si­tu­ação, a exigir me­didas para ontem.

Num tempo em que o li­be­ra­lismo é apre­sen­tado como so­lução para todos os males, convém não es­quecer que se há sector li­be­ra­li­zado no país é o da ha­bi­tação. Com o re­sul­tadão que está à vista de todos e neste inqué­rito também. É im­pe­ra­tivo lutar pelo di­reito à ha­bi­tação, nas con­di­ções em que a Cons­ti­tuição o prevê: «todos têm di­reito, para si e para a sua fa­mília, a uma ha­bi­tação de di­mensão ade­quada, em con­di­ções de hi­giene e con­forto e que pre­serve a in­ti­mi­dade pes­soal e a pri­va­ci­dade fa­mi­liar.»

sábado, 30 de março de 2024

O acesso universal a cuidados de saúde só pode ser garantido pelo reforço do SNS

 

O acesso universal a cuidados de saúde só pode ser garantido pelo reforço do SNS

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publicado por usmt 

Combustíveis: Vem aí mudança nos preços da gasolina e gasóleo


Combustíveis: 

gasolina sobe e gasóleo baixa

"Como temos vindo a acompanhar, o preço dos combustíveis tem tido oscilações desde que começou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Se está com necessidade de abastecer o depósito de combustível esta semana fique a saber que já existem previsões para a próxima semana.

De acordo com fonte do setor, a partir de segunda-feira deverá registar-se um novo aumento no preço da gasolina. Segundo as informações, o preço do litro da gasolina deve subir 2 cêntimos. No caso do gasóleo, o preço deve descer cerca de 1 cêntimo e meio por litro."

Relógios adiantam uma hora na madrugada de domingo

 Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores vão adiantar os relógios uma hora na madrugada do próximo domingo, 31 de março, dando início ao horário de verão.

Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser adiantados uma hora quando for 01:00, passando a ser 02:00.

Na Região Autónoma dos Açores, a alteração será feita às 00:00, mudando para a 01:00.



E sobre o aeroporto no concelho de Santarém...

 


terça-feira, 26 de março de 2024

27 março - Dia Nacional do DADOR DE SANGUE

 


27 março - Dia Mundial do TEATRO

 


ULS MÉDIO TEJO DÁ INÍCIO ÀS OBRAS DE AMPLIAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA DO HOSPITAL DE ABRANTES

 ULS MÉDIO TEJO DÁ INÍCIO ÀS OBRAS DE AMPLIAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA DO HOSPITAL DE ABRANTES

A empreitada de requalificação e ampliação da Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade Hospitalar de Abrantes, da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo), foi hoje formalmente consignada.

Na assinatura do auto de consignação estiveram presentes o Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, Casimiro Ramos, o responsável da empresa de construção civil Wikibuild, o presidente Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, o edil da autarquia de Tomar, Hugo Cristóvão, e o vereador do Município de Torres Novas, responsável pelo da Saúde, Joaquim Cabral. Manuel José Soares, porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, juntou-se ao simbólico ato que marca o início de um novo capítulo na diferenciação da estrutura assistencial da Unidade Hospitalar de Abrantes à população servida.

A empreitada começou de imediato, com a instalação do estaleiro da obra. Os trabalhos vão decorrer ao longo dos próximos treze meses, para reorganizar e modernizar o espaço da Urgência, dotando-a de melhores condições para os utentes e para os profissionais de saúde da instituição prosseguirem a sua missão.

Com a realização desta obra, que representa um investimento global de 3,6 milhões de euros, o Serviço de Urgência da Unidade Hospitalar de Abrantes ficará dotada de meios e instalações mais modernos, que potenciam a atratividade e competitividade da instituição no quadro do Serviço Nacional de Saúde.

A intervenção de requalificação da Urgência do Hospital de Abrantes abrange 1954 metros quadrados – aumentando em mais de 700 metros quadrados a atual área de assistência médica aos utentes existente.

O projeto visa reorganizar o espaço existente, através da sua modernização e ampliação de espaços, nomeadamente, através da criação de uma sala de pequena cirurgia de dois quartos de isolamento. A reestruturação dos espaços de espera e de atendimento, com a criação de um acesso mais direto à sala de emergência vão permitir um circuito mais fluido e eficiente.

 

Ao nível da eficiência energética haverá ganhos significativos através de uma otimização do sistema de climatização e de iluminação do Serviço de Urgência.

Os trabalhos vão decorrer em três fases, durante os próximos treze meses. A primeira etapa dos trabalhos vai decorrer exclusivamente no local onde estava localizada a antiga Consulta Externa da Unidade Hospitalar de Abrantes, que se encontra desativada, não causando quaisquer constrangimentos aos utentes e aos profissionais. É objetivo da ULS Médio Tejo executar cada uma das fases da empreitada com o mínimo constrangimento possível para os utentes e profissionais.

A concretização deste esperado projeto vai permitir o exercício de uma medicina mais segura, moderna e diferenciada pelas equipas de profissionais de saúde da ULS Médio Tejo aos seus utentes.

Trata-se de um momento marcante e significativo da história da saúde do Médio Tejo. As primeiras palavras que quero dirigir são para os utentes para a Comissão de Utentes de Saúde do Médio Tejo – estes últimos pelo trabalho que fizeram, ao longo dos últimos vinte anos, junto das entidades oficiais, fazendo chegar a preocupação e justa reivindicação da população para acesso a cuidados de saúde. Fomos parceiros nessa caminhada”, enalteceu Casimiro Ramos. O Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo elogiou igualmente quem diariamente se confronta com as limitações atuais do Serviço de Urgência: “Os profissionais de Saúde e os utentes são aqueles que convivem no dia a dia com as dificuldades das instalações. Só o espírito de empenho, dedicação e entreajuda dos nossos profissionais tem permitido superar ao longo de todo este tempo os desafios de saúde de grande exigência que o país e a região enfrentaram. Isso deve-se aos 150 profissionais que prestam serviço na urgência de Abrantes a quem todos temos de agradecer. Esta é uma obra para os profissionais, porque as condições que vai proporcionar para o exercício da medicina serão totalmente diferentes daquelas que temos hoje”.

Casimiro Ramos quis ainda agradecer aos municípios do Médio Tejo: “Hoje, ao assinar o auto de consignação, uma palavra muito especial aos autarcas da região, pela compreensão e pelo apoio que nos deram junto dos organismos oficiais, e na insistência que fizeram para a necessidade desta obra”. Para finalizar, o Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo disse: “Esta é a frase que eu mais desejei dizer durante estes dois anos: “Mãos à obra!

Manuel Jorge Valamatos, Presidente da Câmara de Abrantes, quis felicitar o Conselho de Administração da ULS Médio Tejo: “Este é um momento histórico. Há vinte anos que ouvimos falar nesta obra. Temos de agradecer aos profissionais de saúde e dizer que foi brutal o trabalho que fizeram ao longo destes anos com as condições que tinham. Foi duro, foi complexo e foi difícil. Abrantes teve de ser hospital de referência em tempos de Covid e é impressionante o que aqui foi feito do ponto de vista médico, de enfermagem e técnico. Tem de haver um reconhecimento público desse grande esforço. No fundo, hoje é um dia de agradecer a todos. É um dia muito importante para o nosso concelho, para a ULS Médio Tejo, e para os cidadãos desta região”, afirmou.

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TOMAR Pintura exterior do Hospital e remodelação do bloco operatório são prioridades para este ano

 


TELECOMUNICAÇÕES: Subida de preços em fevereiro foi a maior desde 1993

 


Subida de preços nas telecomunicações em fevereiro foi a maior desde 1993

Não se assistia a uma subida tão grande como a registada em fevereiro nos preços das telecomunicações em Portugal, desde o final dos anos 90. Os dados são da Anacom e permitem diferentes tipos de análise e uma conclusão: Portugal segue em sentido contrário ao da Europa neste tema.

A última vez que os preços das telecomunicações sofreram uma subida mensal mais elevada que a registada em fevereiro passado estavamos em maio de 1993, revela a Anacom. Os números apurados pelo regulador têm como referência o respetivo grupo de Índice de Preços do Consumidor (IPC) e mostram que que os serviços de telecomunicações em Portugal aumentaram em fevereiro 5,8%, comparativamente a janeiro.

aumento resulta de um “ajustamento de preços” dos prestadores, que afetou as ofertas em pacote de serviços telefónicos móveis e de banda larga móvel através de PC/tablet/pen/router, explica-se, tendo sido o maior aumento mensal dos últimos quase 21 anos.

Na comparação com o mesmo mês de 2023, a subida foi de 7,2%, acumulando também uma variação que não tem paralelo desde abril de 1994 e que fica 5,1 pontos percentuais acima da variação dos preços no IPC.

Se a comparação for feita a 12 meses também se verifica que os preços das telecomunicações subiram mais que o IPC, numa proporção de 4,9% para 3,3% respetivamente, e a uma escala que não se verificava desde janeiro de 1997.

maior subida foi para os serviços em pacote (6,7%) que são também aqueles que a esmagadora maioria dos portugueses usam. Os serviços móveis sofreram o segundo maior aumento (3,5%), segundo dados do Eurostat.

Por operadoras, os preços mais baixos nos últimos 24 meses foram os da Nowo, em sete das 11 categorias analisadas. A MEO e a Vodafone conseguiram ter as propostas mais competitivas em duas ofertas cada uma.

Nos últimos 12 meses, Portugal registou ainda a terceira maior subida de preços no sector, entre os 27 países da União Europeia. Teve também uma taxa de variação média dos preços nos últimos doze meses superior à verificada na UE a 27, em 3,6 pontos percentuais. ...

https://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/artigos/subida-de-precos-nas-telecomunicacoes-em-fevereiro-foi-a-maior-desde-1993

sábado, 23 de março de 2024

Resolvido problema da falta de médico em Assentis / Torres Novas

 Resolvido problema da falta de médico em Assentis

População de Assentis em protesto recebe promessa de colocação de médico |  Médio Tejo

Resolvido problema da falta de médico em Assentis

ULS Médio Tejo contratou um médico para o pólo de saúde de Assentis que estava sem clínico desde o final do ano passado. Além desta foi feita uma outra contratação para o Centro de Saúde de Torres Novas através do projecto Bata Branca.

A recente contratação de um médico pela Unidade Local de Saúde do Médio Tejo veio pôr fim ao problema da falta de médicos para prestação de cuidados de saúde primários aos utentes do pólo de saúde de Assentis, no concelho de Torres Novas.

A contratação deste médico, que vai beneficiar os utentes que nos últimos meses estiveram privados desta resposta, vai prestar um reforço assistencial de oito horas semanais, estando alocado às consultas do dia e de reforço, que não necessitam de marcação prévia, refere a ULS do Médio Tejo, clarificando que estas consultas atendem, maioritariamente, situações de doença aguda ou crónica de utentes sem médico de família atribuído.

Além desta contratação, acrescenta a ULS, a equipa clínica da sede da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Torres Novas será reforçada semanalmente com mais uma médica, ao abrigo do mesmo projecto que resulta de uma parceria entre a ULS Médio Tejo, a Santa Casa da Misericórdia de Torres Novas e o município.

Para o director clínico para os Cuidados de Saúde Primários da ULS Médio Tejo, Flávio Ribeiro, “com o reforço de dois médicos para o concelho de Torres Novas” está-se “a fortalecer a oferta de cuidados de saúde primários da ULS Médio Tejo” com “profissionais experientes e dedicados que garantidamente irão contribuir para uma melhoria da saúde da comunidade”.

O pólo de saúde de Assentis, recorde-se, estava sem médico desde o final do ano passado, depois da clínica que lá exercia através do Bata Branca ter decidido abandonar o projecto devido a atrasos no pagamento das horas de consulta que realizava. (texto in Mirante)

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sexta-feira, 22 de março de 2024

Urgência Pediátrica da ULS MÉDIO TEJO: voltaram as INTERMITÊNCIAS

 Urgência Pediátrica da ULS MÉDIO TEJO: voltaram as INTERMITÊNCIAS

ENCERRAMENTO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA PEDIÁTRICA DA UNIDADE DE TORRES NOVAS DA ULS MÉDIO TEJO

A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) informa que, devido a constrangimentos intransponíveis, o Serviço de Urgência Pediátrica da Unidade de Torres Novas estará encerrado das 9h00 deste sábado (dia 23 de março) até às 9h00 de segunda-feira (dia 25 de março).


Antes de se deslocar a qualquer unidade hospitalar, deve sempre ligar SNS24 (808 24 24 24), uma linha telefónica gratuita, 24 horas disponível, onde profissionais de saúde estão prontos para ouvir, avaliar e encaminhar para a resposta mais adequada – seja o hospital, ou a consulta nos cuidados de saúde primários. Em situações de emergência, o contacto deverá ser realizado diretamente para o 112.

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quarta-feira, 20 de março de 2024

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo 21 março 2003 – 21 março 2024

 


Sobre o direito à habitação ....

 


Já o valor médio da prestação mensal fixou-se em 403 euros, menos um euro do que em janeiro,...!!!

in Com Social 19março2024

22 março - Dia Mundial da ÁGUA

 


21 março - Dia Mundial da POESIA

 


28 março - Reunião Grupo Coordenador MUSP SANTARÉM

 


27 março - Reunião da Comissão de Utentes Médio Tejo

 


20 março - Dia Mundial da SAÚDE ORAL

 


ABRANTES – Eis o momento tão aguardado: obras de requalificação da urgência do Hospital começam na segunda-feira

 ABRANTES – Eis o momento tão aguardado: obras de requalificação da urgência do Hospital começam na segunda-feira

Eis o momento esperado… há quase duas dezenas de anos! Será neste 25 de Março, segunda-feira, que irá começar a empreitada da ampliação e requalificação do serviço da urgência médico-cirúrgica do Hospital dr. Manoel Constâncio, de Abrantes. Está em causa uma intervenção orçada em 3,6 milhões de euros e com um prazo estimado de conclusão até ao final do terceiro trimestre de 2025. Irá abranger 1954 metros quadrados – aumentando em mais de 700 metros quadrados a atual área de assistência médica. «O projeto visa reorganizar o espaço, dotá-lo de melhores condições de funcionamento, através da criação de uma sala de pequena cirurgia de dois quartos de isolamento», refere uma nota de esclarecimento da Unidade de Saúde Local do Médio Tejo. As novas instalações da Urgência Médico-Cirúrgica de Abrantes vão permitir, desta forma, prestar um melhor serviço aos cidadãos, mas igualmente para dotar os profissionais de melhores condições de trabalho. A primeira fase da empreitada vai decorrer exclusivamente no local onde estava localizada a antiga Consulta Externa da Unidade Hospitalar de Abrantes, que se encontra desativada, não causando quaisquer constrangimentos aos utentes. É objetivo da ULS Médio Tejo executar cada uma das três fases da obra com o mínimo constrangimento possível.


https://radiohertz.pt/abrantes-eis-o-momento-tao-aguardado-obras-de-requalificacao-da-urgencia-do-hospital-comecam-na-segunda-feira/?fbclid=IwAR1EPxHtYNlpb5CT-huXU9145NcFunQVDuQd0YB1Z-MW_0KrknY7WN1pisI

segunda-feira, 18 de março de 2024

TELECOMUNICAÇÕES: as operadoras têm centenas de milhões em lucros, mas exibem estas "obras-primas"...

 


CUSMT 21 anos

 


“Cidadão”: a nova marca que integra todos os serviços públicos físicos e online

 


“Cidadão”: a nova marca que integra todos os serviços públicos físicos e online

Este ano celebra-se um quarto de século desde que abriu a primeira Loja de Cidadão em Portugal. Para assinalar a data, a AMA – Agência para a Modernização Administrativa lança “Cidadão”, a nova marca que agrega todos os serviços públicos físicos e online, proporcionando uma nova experiência de contacto com o Estado, integrada, moderna e digital, colocando as pessoas no centro.

A marca foi criada em linha com o Novo Modelo de Atendimento, que assenta num serviço integrado das várias entidades da Administração Pública num único local, onde os cidadãos (a título individual ou empresarial) podem resolver as suas questões.

A escolha do nome “Cidadão” para a nova marca está em linha com uma abordagem mais inclusiva e centrada nas pessoas, numa lógica de diversidade que abrange uma variedade de indivíduos com diferentes perfis e papéis na sociedade. Já o claim, “Serviços Públicos ligados a si” tem como objectivo promover a relação entre a marca “Cidadão” e os cidadãos em si.

Este ano a AMA apresenta, igualmente, o Novo Modelo de Atendimento, apresentado num vídeo já disponível. Trata-se de uma abordagem omnicanal, que significa que os cidadãos podem interagir com os serviços públicos de forma conveniente e de acordo com as suas preferências e necessidades. Segundo a entidade, este novo modelo reduz a burocracia e elimina a necessidade de fornecer repetidamente as mesmas informações, através de serviços integrados e eficientes.

Para tal é dado destaque à interoperabilidade, nomeadamente à integração de sistemas e dados entre diferentes entidades da administração pública, promovendo uma experiência mais segura e eficiente para os cidadãos.

A uniformização da experiência do cidadão em todos os canais e serviços materializa-se, ainda, numa nova app e num novo portal que irá reunir todos os serviços, mas, também, numa nova geração de Lojas e Espaços Cidadão.

O desenvolvimento da identidade visual ficou a cargo da Fullsix e o vídeo que irá comunicar todo o novo conceito é da autoria de Edson Athayde da FCB Lisboa.

«Sob esta identidade visual, garantimos que todos os cidadãos se sintam prioritários e capacitados para interagir de forma simples e eficiente com os serviços públicos. ‘Serviços Públicos ligados a si’ é mais do que uma assinatura, é uma promessa de proximidade, inclusão e optimismo, que será reflectida em cada interacção com a nova Loja de Cidadão do Futuro e em todos os serviços públicos, físicos e digitais, que adoptarão gradualmente esta marca», diz, em comunicado, João Dias, presidente da AMA.

https://marketeer.sapo.pt/cidadao-a-nova-marca-que-integra-todos-os-servicos-publicos-fisicos-e-online/

sexta-feira, 15 de março de 2024

Recursos Humanos no SNS

 

Recursos Humanos no SNS

Médicos que manifestam indisponibilidade às horas extraordinárias querem um  SNS melhor | HealthNews 

https://www.planapp.gov.pt/wp-content/uploads/2024/03/PlanAPP_ProfissionaisSNS-2.pdf

https://www.dn.pt/7036116332/em-lisboa-e-vale-do-tejo-faltam-dois-tercos-dos-medicos-especialistas-norte-tem-42-destes-profissionais/?utm_term=Em%2BLisboa%2Be%2BVale%2Bdo%2BTejo%2Bfaltam%2Bdois%2Btercos%2Bdos%2Bmedicos%2Bespecialistas.%2BNorte%2Btem%2B42%2Bdestes%2Bprofissionais&utm_campaign=Editorial&utm_source=e-goi&utm_medium=email&fbclid=IwAR0JsnnpxgbOrdYQ4aO2Ha8VKx141hm5utPZoXw3Qy-XIqf24wmjgEQT--c

Em Lisboa e Vale do Tejo faltam dois terços dos médicos especialistas. Norte tem 42% destes profissionais

Estudo realizado por organismo do Estado, que tem como missão apoiar os os governos na definição de políticas públicas, é divulgado nesta quinta-feira e revela que número de profissionais no SNS cresceu de 2010 a 2023, mas o crescimento não foi homegéno. ARS de Lisboa e Vale do Tejo é a mais carenciada.

Em junho de 2023, o SNS tinha 151 851 profissionais, contra 121 894 em 2010. Em números absolutos, não há dúvida de que houve um aumento, mas a análise detalhada feita pelos técnicos do PlanAPP ( Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública), o organismo do Estado que tem a seu cargo a análise de dados para apoiar os governos na definição de estratégias a aplicar para cada setor, revela que este aumento não ocorreu de forma homogénea a nível das regiões e da densidade populacional.

Esta conclusão integra o estudo que levaram os técnicos do PlanAPP levaram a cabo desde o verão do ano passado, depois de lhes ter sido atribuído, pelo Despacho n.º 7985/2023 de 3 de agosto, emitido pelos gabinetes da Ministra da Presidência e do Secretário de Estado da Saúde, a missão de realizar um conjunto de trabalhos sobre os Recursos Humanos (RH) do SNS.

O estudo "Recursos do SNS, retrato e evolução, divulgado hoje, dia 14 de março, é o segundo desta coleção, mas o primeiro no âmbito do Estado a traçar o perfil da “força de trabalho” do serviço público, por classes profissionais, por setor produtivo, hospitais e cuidados primários, distribuição geográfica, densidade populacional, género e idade, num período temporal de 13 anos, já que os dados analisados vão de 2010 a junho de 2023, embora com uma divisão entre 2017 e 2023. Isto porque, assume-se no documento, a partir de 2017 a 2023, foi mais difícil de obter alguns dados sobre determinadas áreas.

Depois deste estudo, seguir-se-ão mais outros dois, o terceiro já está em andamento, tal como o DN noticiou em janeiro, e tem como missão avaliar a “organização do tempo de trabalho dos recursos humanos no SNS e no setor privado, que funciona como complementar”, tendo em conta fatores como “a satisfação profissional de médicos e enfermeiros e o que pode fazer a diferença na retenção destes no SNS”.  

Para colmatar desigualdades seriam precisos mais 29 mil profissionais

 Mas o estudo agora divulgado vem demonstrar que, apesar do crescimento em termos absolutos, e do reforço de profissionais durante o período da pandemia, há carência de recursos nalgumas Administrações Regionais de Saúde (ARS) e nalgumas classes profissionais face à densidade populacional.

Ou seja, de acordo com os técnicos do PlanAPP, seriam precisos ainda mais 29 443 para colmatar todas as falhas e harmonizar as desigualdades territoriais no país, embora de fora deste estudo tenham ficado de foras as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Deste total, 17 061 seriam para os hospitais e 12 382 para os centros de saúde. 

No estudo pode ler-se que no que toca “à distribuição territorial dos profissionais de saúde do SNS entre 2010 e 2023, o crescimento dos valores do Número de Profissionais (NP) do SNS é comum a todas as Administrações Regionais de Saúde (ARS), mas com intensidades muito distintas”, destacando à partida que a ARS de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), no que toca à classe médica tem em falta dois terços de médicos especialistas, face à densidade populacional, e que a ARS do Norte concentra quase metade destes profissionais.

“Em junho de 2023, 42% do total de especialistas hospitalares a trabalhar na forma de tempo completo (Equivalente a Tempo Completo) estavam em hospitais da ARS Norte, que é de longe a mais representativa em termos de concentração de Recursos Humanos (RH) médicos”. 

Na ARSLVT, o cenário é completamente diferente. Por um lado, concentra de forma estável cerca de um terço dos profissionais do SNS, porque é aqui que estão concentrados os profissionais dos serviços centrais, mas, quando se passa à análise do número de profissionais por classes, é a ARS mais carenciada em médicos e em enfermeiros, face à densidade populacional.

Lisboa e Vale do Tejo concentra ainda o maior volume de “escassez” de médicos especialistas face à densidade das demais ARS: 57,4% nos hospitais e 71,8% nos cuidados primários. No global, cerca de dois terços do total dos Médicos Especialistas em falta no território continental. 

ARS do Norte destaca-se das demais pela capacidade de recrutar

De acordo com o estudo do PlanAPP, a ARS do Norte foi aquela que, nos 13 anos analisados, registou um “crescimento dos seus RH”, relativamente ao total de profissionais do SNS e face à densidade populacional.

O mesmo não aconteceu nas ARS do Centro e do Alentejo, onde se verificou uma redução nestes profissionais. Na ARS do Algarve o estudo demonstra que ali estavam concentrados aproximadamente 5% do total dos RH da saúde (2010 e 2023), embora face à densidade populacional também não sejam suficientes. 

A análise feita revela que a ARS do Norte “destaca-se das demais pela capacidade mais marcada de recrutar / contratar e/ou reter especialistas médicos”. O que, sublinham ainda, deve “importar à política pública, devendo os motivos deste facto serem aprofundados noutra sede. Mas tais motivos podem ter a ver “com maior capacidade formativa (e maior disponibilidade de especialistas formados para contratar), maior volume de autorizações/vagas para contratação concedido pela tutela, e/ou maior atratividade das entidades do SNS nessa região por comparação, nomeadamente, com ofertas que os mesmos especialistas recebam de contratação pelo setor privado, entre outros fatores explicativos possíveis, incluindo o elevado custo da habitação na região de LVT, desincentivador da fixação de profissionais, em especial em início de carreira”. 

Por setor de cuidados, o estudo conclui que nos cuidados primários a densidade de profissionais face à população residente cresceu em todas as ARS, mas a ritmos diferentes, mais na ARSN.

A ARS do Alentejo é aquela que tem valores de maior densidade de recursos face à população. Por outro lado, e como já foi referido, a ARSLVT é a mais desfavorecida em termos dos profissionais do SNS face à população residente. 

Para se conseguir harmonizar as desigualdades nas densidades territoriais, por ARS, e tendo como referência o rácio de médicos especialistas face à população, verificou-se que nos cuidados primários e hospitalares faltavam, em dezembro de 2022, 908,1 especialistas nos centros de saúde, dos quais 784 médicos de família, e 1834,2 médicos especialistas nos hospitais, num total de 2742,3 médicos.

Mas, uma vez que o rácio entre médicos a tempo completo e o número de profissionais, era inferior a 1 no caso dos Médicos Especialistas em dezembro de 2022, o número de médicos a contratar adicionalmente seria de 2939, representando um acréscimo de cerca de 14% da força de trabalho médica, de forma a alisar as disparidades regionais existentes. 

 https://www.dn.pt/5468021639/profissionais-estao-mais-envelhecidos-mais-concetrados-no-norte-e-78-ja-sao-mulheres/?utm_term=Em%2BLisboa%2Be%2BVale%2Bdo%2BTejo%2Bfaltam%2Bdois%2Btercos%2Bdos%2Bmedicos%2Bespecialistas.%2BNorte%2Btem%2B42%2Bdestes%2Bprofissionais&utm_campaign=Editorial&utm_source=e-goi&utm_medium=email&fbclid=IwAR28jGqZ-JhzugoIaYbNh9kwcotP4nDPL4XwE4aOml0MADvz_Gf2y3vknSU

Profissionais estão mais envelhecidos, mais concentrados no Norte e 78% já são mulheres

Organismo do Estado, PlanApp, analisou os recursos do SNS de 2010 a 2023. As conclusões são divulgadas nesta quinta-feira num estudo que revela ter havido crescimento no número de profissionais, mas que estes não foram distribuídos de forma homogénea. Desigualdades só seriam colmatadas com mais 29 443 profissionais.

Ao fim de 50 anos do 25 Abril, e aos olhos da Constituição portuguesa, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), ainda considerado por muitos como a “joia da coroa”, continua a ser o componente central do sistema de saúde, mas, a verdade, é que, nos últimos anos, as suas fragilidades têm vindo a ser cada vez mais expostas, sobretudo no que toca à carência de profissionais. Por isso mesmo, os seus profissionais são a “a espinha dorsal” do sistema e o seu ativo mais “valioso”.

O estudo realizado pelo organismo do Estado que tem competências para avaliar os dados da Administração Pública e traçar retratos que depois sustentem a definição das estratégias políticas que cada governo pretende implementar, concluiu mesmo que “a escassez de recursos, a sua  indisponibilidade ou a distribuição desequilibrada, no território e/ou entre os diversos tipos de entidades públicas prestadoras de cuidados de saúde, acarretam impacto negativo direto na eficiência operacional do sistema, na qualidade dos cuidados, na equidade do acesso e dos resultados em saúde e, de um modo geral, no bem-estar da população”.

Esta afirmação consta do estudo que os técnicos do PlanAPP, Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública, levaram a cabo desde o verão do ano passado - depois de lhes ter sido atribuído, pelo Despacho n.º 7985/2023 de 3 de agosto, emitido pelos gabinetes da Ministra da Presidência e do Secretário de Estado da Saúde - a missão de realizar um conjunto de trabalhos sobre os Recursos Humanos (RH) do SNS.

O estudo que é divulgado nesta quinta-feira é o segundo desta coleção, mas o primeiro no âmbito do Estado a fazer o retrato da “força de trabalho” do serviço público, por classes profissionais, por setor produtivo, hospitais e cuidados primários, distribuição geográfica, densidade populacional, género e idade, num período temporal de 13 anos, já que os dados analisados vão de 2010 a junho de 2023, embora com uma divisão entre 2017 e 2023, já que, assume o PlanAPP, a partir daqui foi mais difícil de de obter alguns dados sobre determinadas áreas.

Depois deste estudo, seguir-se-ão mais outros dois, o terceiro já está em andamento, tal como o DN noticiou em janeiro, e tem como missão avaliar a “organização do tempo de trabalho dos recursos humanos no SNS e no setor privado, que funciona como complementar”, tendo em conta fatores como “a satisfação profissional de médicos e enfermeiros e o que pode fazer a diferença na retenção destes no SNS”. 

Melhor gestão de recursos, maior eficácia

No que toca a alertas, o primeiro vai para as prioridades a definir no futuro, sendo certo que qualquer planeamento estratégico tem de apostar numa melhor gestão dos recursos para se obter mais resultados.“No contexto do SNS português, a melhoria da eficácia da gestão de Recursos Humanos da Saúde (RHS) é essencial para superar alguns dos desafios complexos que o mesmo hoje enfrenta, como a escassez de recursos e a crescente procura por serviços clínicos, relacionada em parte com o marcado envelhecimento da nossa população, traduzida em problemas de acesso a cuidados de saúde”, refere o documento.

E no que toca a desafios, um deles será o de saber como remodelar um sistema cujo tecido profissional assenta em mais de 78,5% de mulheres, em que só 27,8% está entre os 35 e os 44 anos, 34,4% estão integrados na classe da enfermagem, 79,4% trabalham nos Cuidados de Saúde Hospitalares (CSH), e 36,3% estão concentrados na região Norte. Sobre as conclusões podem dizer-se que não surpreendem muito, já que a análise dos dados recolhidos demonstra que, de uma forma generalizada e em números absolutos, houve um aumento “consistente” do número de profissionais (NP) no SNS, entre 2010 e 2023, representando um crescimento médio anual de 1,7% nos primeiros sete anos, e de 3,2% entre 2017 e 2023. 

Só que, este crescimento não aconteceu de forma “homogénea” em relação à distribuição dos recursos por classe profissional, por regiões ou por densidade populacional, o que reflete também “as decisões legais sobre o Período Normal de Trabalho (PNT) ocorridas ao longo do período, bem como o efeito da pandemia entre 2020/21, contrastando com um ritmo bastante mais moderado de aumento dos RH do SNS, de então para cá”, destaca o estudo. 

Talvez por isto, tenha sido concluído que, afinal, e apesar do aumento do NP em termos absolutos, seriam precisos mais 29 443 profissionais para reforçar as falhas detetadas, sobretudo na classe médica nas Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, já que a ARS do Norte é a que tem mais recursos, mas se tal acontece deve-se a “melhor gestão” e “melhor contratação”. Fatores considerados vitais para uma maior eficácia da resposta do SNS. Sendo necessários mais 17 061 profissionais nos hospitais e mais 12 382 nos centros de saúde.

Regresso das 35 horas semanais pode ter feito crescer classe de enfermagem

Quanto ao número de profissionais, o estudo fixa um total de 151 851, em junho de 2023, 50 889 enfermeiros, sendo esta a classe mais representada, 22 005 médicos especialistas e 10 463 médicos internos, os restantes, 83 357, estão divididos pelas outras categorias profissionais - Farmacêuticos, Técnicos de Saúde e de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT), Técnicos de Superiores de Saúde (TSS), Técnicos Superiores (TS) e Assistentes Operacionais (AO). Quando em 2010, total era de 121 894.

Ao comparar-se, em termos absolutos, o crescimento do NP entre enfermeiros, médicos internos e médicos especialistas, o estudo conclui que os primeiros registaram o maior crescimento nos 13 anos analisados, havendo mais 11 442 enfermeiros em junho de 2023 do que em 2010.

A explicação para esta evolução, refere o estudo, pode estar relacionada com a reposição dos tempos de trabalho, nomeadamente do tempo normal de trabalho. “A partir de meados de 2016, deu-se o regresso do Período Normal de Trabalho” - ou seja, horários semanais de 35 horas, que é precisamente uma das maiores reivindicações da classe médica. 

Relativamente à classe médica, os dados analisados revelam que “o maior crescimento ocorreu no grupo dos Médicos Internos, com um acréscimo de 74,8% entre 2010 e 2023”.

O estudo destaca ainda que o efeito da integração dos profissionais dos hospitais que funcionavam em regime de Parceria Público Privada (PPP) nos hospitais públicos, “representou um acréscimo de 4,6% da força de trabalho no SNS no período de 2010 a 2013. Sem este acréscimo, a taxa de variação média anual de aumento de recursos humanos, avaliada em NP, seria de cerca de 1,3%, ao invés dos 1,7%”. 

Quanto à evolução detalhada sobre o número de profissionais, entre 2017 e 2023, os técnicos do PlanAPP explicam que só puderam analisar “os recursos medidos em tempo completo (Equivalente a Tempo Completo - ECT)”, já que esta métrica permite “uma análise com maior precisão”.

E foi neste contexto que os dados revelaram que “o NP cresceu de forma consistente” anualmente, com uma taxa média de 1,7%, de 2010 a 2107, e daqui até 2023, com uma taxa média ao ano de 3,2%.

E foi neste contexto que os dados revelaram que “o NP cresceu de forma consistente” anualmente, com uma taxa média de 1,7%, de 2010 a 2107, e daqui até 2023, com uma taxa média ao ano de 3,2%.

No entanto, sublinham, que para o crescimento atingido nestes últimos cinco anos contribuiu “o forte crescimento de recursos registado durante a pandemia”, podendo também ter contribuído para esta “tendência crescente os contratos com horários inferiores ao Período Normal de Trabalho”.

 Segundo a análise da variação dos horários por tempo completo (os tais ETC), por grupo profissional, o estudo evidencia que, ao contrário das outras classes profissionais, a médica, na sua esmagadora maioria, cumpre, efetivamente, um horário semanal superior no SNS. “Todos os grupos profissionais, com exceção o dos Médicos Especialistas, possuem um valor de ETC e NP próximos, o que significa que a generalidade dos profissionais realiza jornadas de 35 horas semanais, não optando por horários a tempo parcial. Todavia, no caso dos Médicos Especialistas, cujo PNT se mantém nas 40 horas semanais e não em 35, o rácio de ETC face a NP é de 96%, significando que o horário de trabalho médico é efetivamente de 42 horas.” 

Hospitais concentram três em cada quatro profissionais

Na análise por setores produtivos, percebe-se que a maior concentração de profissionais está nos Cuidados de Saúde Hospitalares (CSH), já que “emprega cerca de três em cada quatro profissionais do SNS”. O estudo especifica ainda que que “a variação média destes recursos, entre 2017 e 2023, é de cerca de 0,31 pp (por pessoa) ao ano da sua representatividade, enquanto nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) ocorreu uma diminuição média de cerca de 0,27 pp ao ano do seu peso na estrutura dos recursos humanos da saúde”.

O cenário faz até os técnicos do PlanAPP questionarem esta “efetiva centralidade” nos CSH, quando, em termos de políticas de saúde, “é considerado desejável” que os recursos estivessem mais centralizados nos CSP”.

Em termos de crescimento dos grupos profissionais do SNS, concluiu-se que foi “mais forte nos CSH, em todos os grupos profissionais, exceto no caso dos Técnicos Superiores (TS)”, do que nos Cuidados Primários de Saúde, onde a redução de profissionais aconteceu na classe dos Assistentes Operacionais (AO).

Sobre as classes com crescimento mais acentuado nos hospitais, o estudo refere que este foi registado nos médicos especialistas e nos Técnicos de Saúde de Diagnóstico e Terapêutica, com estas classes a registarem crescimentos médios anuais de 4,2% e 3,5%, respetivamente.

Nos CSP, o maior crescimento linear ocorreu entre os Técnicos Superiores (TS), com taxas médias anuais de variação de 3,9% e 3,8%. Os Serviços Centrais são o setor que apresenta menor crescimento de profissionais em tempo completo, na generalidade dos grupos profissionais, havendo inclusive variações negativas. 

Na análise feita por género e idade para a generalidade dos RH do SNS pode dizer-se que estes são sobretudo mulheres, sobretudo profissionais que tenderam a envelhecer, havendo, no entanto, alguma tendência de rejuvenescimento nalgumas classes, como enfermeiros, técnicos e até nos médicos especialistas.

“Os profissionais do SNS são essencialmente mulheres: a taxa de feminização é sempre superior a 60% em qualquer grupo profissional e, se excluirmos os médicos (internos e especialistas), é sempre superior a 75%, nos vários anos em análise. O grupo profissional com a maior taxa de feminização é o dos Farmacêuticos. Em geral a taxa de feminização mantém-se estável na generalidade dos grupos profissionais, exceto no grupo dos Médicos Especialistas, para o qual se verifica um crescimento (perto de cinco pontos percentuais), entre 2017 e 2023”, refere o documento.

Perda de médicos jovens leva a maior participaçãodos mais velhos

Relativamente à idade, o estudo revela que uma tendência de envelhecimento na “maioria dos grupos profissionais, concretamente enfermeiros, TSDT, TSS, TS e AT”, sendo que Farmacêuticos e AO apresentam uma estrutura etária estável”.

No caso dos “médicos especialistas, há, em contra tendência, algum rejuvenescimento com maior representação relativa de grupos etários mais jovens no final do período analisado, junho de 2023, (o grupo até aos 44 anos cresceu 13,5)”.

Por outro lado, no grupo dos médicos especialistas, é destacado que “a participação de profissionais com mais de 65 anos cresceu 5,7 pp no período em análise”, mas que houve “forte perda de representatividade dos médicos mais jovens, entre os 45 e os 64 anos”. 

E este retrato etário lança outro alerta: “O rácio de médicos especialistas e de médicos internos pode levar à disrupção na formação”. Isto porque, “a relação de Médicos Internos face aos Médicos Especialistas, atendendo a que os Médicos Especialistas são, em grande parte, responsáveis pela formação dos Médicos Internos, e que, para além desta, os especialistas têm de exercer a sua atividade clínica normal, é desejável que o valor do rácio internos / especialistas não seja demasiado elevado”. 

O estudo explica que, tendo em conta a análise do total nacional de médicos, entre 2017 e 2023, o rácio de médicos internos e médicos especialistas é, em média, cerca de dois médicos especialistas por cada médico interno. Contudo, quando este total nacional é dividido por regiões e setores produtivos, o rácio é mais desfavorável nos hospitais do que nos cuidados primários.

Por exemplo, em junho de 2023, nos hospitais, o rácio entre médicos internos e especialistas mais crítico foi identificado na ARS do Algarve, ao passo que nos cuidados primários o mais crítico está na ARSLVT.

No documento sublinha-se que, “atendendo ao elevado valor do rácio em alguns casos, e dada a evolução da estrutura etária do grupo dos médicos especialistas, parece mesmo poder haver algum risco de disrupção da capacidade formativa, ou impactos sérios na qualidade da mesma, a menos que, de algum modo, se consiga aumentar o número de especialistas no SNS e se consigam reduzir estes rácios”.

Mas para tudo há uma solução. O estudo considera que tal pode ser conseguido com “a retenção dos médicos seniores no SNS”, através do “alargamento (voluntário) da sua jornada de trabalho até plena reposição do respetivo PNT e/ou incrementando a contratação/retenção pelo SNS de médicos seniores que hoje possam estar em exclusivo a trabalhar no setor privado”.

publicado por usmt às 10:22
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