domingo, 25 de abril de 2021

MÉDIO TEJO: Nota de Imprensa de 26 abril

 


NOTA DE IMPRENSA

CUIDADOS DE SAÚDE NO MÉDIO TEJO

Tarefas imediatas, preparar o futuro

 

A prestação de cuidados de saúde no Médio Tejo, como em todo o País e no mundo, viveu situações de extrema exigência. Embora com percalços tem de se reconhecer que os serviços públicos de saúde (e outras entidades) estiveram à altura para minimizar e/ou debelar muito do sofrimento imposto pela pandemia COVID-19.

Aproxima-se o fim do plano desconfinamento. Por isso para além da vacinação que tem de ser acelerada e dos cuidados de prevenção em relação à COVID-19, a comunidade em geral tem de assumir o retomar de toda a sua actividade social, económica e, também, na prevenção e na prestação de cuidados a toda a população.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo não foge às suas responsabilidades para com a população e, por isso, salientando a necessidade do reforço do SNS e a defesa de cuidados de saúde de qualidade e proximidade, apresentamos, entre outras, as seguintes propostas:

 

PANDEMIA COVID-19 e VACINAÇÃO

            A pandemia está, principalmente a nível mundial, longe de estar controlada. Em Portugal e no Médio Tejo, os dados indicam-nos melhorias quer no número de infectados quer no número de óbitos. Para tal contribuiu a adopção de medidas de prevenção (algumas impostas) e também a vacinação que, ao sabor das vacinas disponíveis vai cumprindo objectivos. Mas as novas variantes que vão aparecendo e abrandar de alguns procedimentos de segurança sanitária poderão levar a fenómenos de recrudescimento, pelo menos localizados, da COVID-19. Agora, é fundamental que se dê atenção às sequelas de quem já teve a doença.

 

SAÚDE PÚBLICA

            Os níveis de saúde das populações é tanto maior quanto mais eficazes forem as acções de prevenção e a adopção de boas práticas de vida, nomeadamente pelo exercício físico, a alimentação, a recusa de dependências, a segurança rodoviária, o conforto térmico… As vantagens não são só para o bem-estar das pessoas, mas tem ganhos materiais e financeiros para o SNS. Urge, portanto, dotar os serviços de saúde pública de meios materiais e humanos para que cumpram a sua missão.

           

CUIDADOS PRIMÁRIOS/CENTROS DE SAÚDE

            Defendemos serviços de proximidade e qualidade. Para além dos indispensáveis recursos humanos (assunto tratado em baixo), defendemos: a reabertura das Extensões encerradas ou sem funcionamento; a aquisição de Unidades Móveis de Saúde; a instalação dos prometidos Consultórios de dentista; mais Unidades de Cuidados à Comunidade; extensão de horários em pelo menos uma Unidade de Saúde por concelho; nova Sede do ACES MÉDIO TEJO, por exiguidade das actuais instalações, em Riachos; redução drástica do tempo que medeia a apresentação de projectos de instalações (novas ou requalificações) e equipamentos e a sua utilização por profissionais e utentes; adopção de regras de funcionamento similares para UCSP e USF; recuperar progressivamente o acompanhamento de todas as patologias não-covid e incentivar os rastreios e o Plano Nacional de Vacinação; internalização progressiva dos MCDT;…

 

 

CUIDADOS HOSPITALARES

            As urgências hospitalares são o fim da linha para muitos problemas de saúde e até sociais. No Médio Tejo defendemos a integração e divisão equilibrada, no CHMT, dos diversos serviços espalhados pelas 3 unidades hospitalares (Abrantes, Tomar e Torres Novas): A Urgência médico-cirúrgica deve ser atribuída ao CHMT e a administração ter a possibilidade de a gerir conforme os meios e as necessidades; A porta de entrada, deve ser a porta de saída; Extensão da Urgência Pediátrica às unidades de Abrantes e Tomar; Implantação de uma Urgência Básica em Ourém; Devem ser concretizadas, o mais depressa possível, as obras de requalificação da Urgência de Abrantes; A instalação da Ressonância Magnética em Abrantes/CHMT e da TAC em Torres Novas têm de ocorrer dentro dos prazos previstos e estarem em funcionamento até final do Verão; Implantação de uma unidade de hemodinâmica; Apoio à actividade da hospitalização domiciliária; Aquisição e manutenção de equipamentos e instalações (p.e. meios poupança energia, pintura de instalações,…); Reforço da idoneidade formativa; Recuperação das listas de espera de consulta e cirurgia; Apoio ao internamento em Medicina Física e Reabilitação e à criação de uma equipa multidisciplinar para atender às sequelas da Covid-19;…

 

SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

            Os meios rurais não podem nem devem ficar sem serviços de medicamentos (farmácias), pelo que estamos contra a deslocação sistemática de farmácias para as zonas urbanas. Fruto das dificuldades financeiras, em fase de agravamento, defendemos que sejam reforçados mecanismos de apoio à aquisição de medicamentos em meio rural.

 

NOTAS FINAIS

            Deverá existir um esforço contínuo de Humanização dos cuidados de saúde e de comunicação/articulação entre os profissionais de saúde, e de estes com os utentes e familiares.

            Muito do êxito futuro do SNS vai depender do aprofundamento do trabalho em rede (saúde pública; centros saúde; hospitais; cuidados continuados – que têm grande défice de camas; entidades sociais; serviços de transporte de doentes e sinistrados; autarquias; instituições sociais).

            O reforço dos Recursos Humanos, sempre poucos para as necessidades, só pode ser atingido com vários meios: reforço do internato médico e da idoneidade formativa; criação de condições para atrair mais profissionais (valorização profissional e salarial; melhorias de equipamentos e instalações; telemedicina e digitalização; objectivos de gestão coerentes com a valorização das carreiras; incentivos à fixação; “habilidade” das administrações das unidades de saúde;…)    

            O funcionamento dos órgãos institucionais das unidades de saúde, nomeadamente os órgãos consultivos, é essencial para o envolvimento da comunidade (autarquias, escolas, utentes, IPSS, profissionais) no acompanhamento e na definição de metas a atingir.

            Não sabemos qual vai ser o caminho para a “descentralização/municipalização” de alguns serviços de saúde ou se mesmo irá acontecer. Mas para os utentes, os orçamentos do Ministério/SNS (sempre com subfinanciamento crónico) ou das autarquias é dinheiro público, pelo que não se compreendem “birras/desencontros” quando se trata de melhorar a prestação de cuidados de saúde.

……………………

           

A saúde tem de ser a medida para avaliar do progresso e bem-estar de uma comunidade. Como afirmamos há muito, a saúde é o bem mais importante do ser humano.

 

A CUSMT continuará a dirigir os seus esforços para a informação, organização e mobilização das populações (a sua intervenção é FUNDAMENTAL para a concretização dos objectivos atrás expostos, p.e. a recolha de mais de 4 mil assinaturas para instalação do TAC em T Novas), para o contacto com as entidades responsáveis pela definição das políticas e prestação de cuidados e para a apresentação e reivindicação de cuidados de saúde de proximidade e de qualidade no Médio Tejo, na perspectiva do reforço do SNS para debelar ou reduzir o sofrimento humano.

 

26.4.2021, A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo



MÉDIO TEJO: preparar a reunião com o ACES

 


5 maio - DIA MUNDIAL DA LINGUA PORTUGUESA

 


MÉDIO TEJO: Reunião Comissão de Utentes

 


4 maio - DIA INTERNACIONAL DO BOMBEIRO

 


sábado, 24 de abril de 2021

sexta-feira, 2 de abril de 2021

TOMAR: apoio e reivindicação na melhoria dos cuidados hospitalares

 


2 abril: Celebrar o DIA MUNDIAL DO LIVRO INFANTIL

 


MÉDIO TEJO: artigo no jornal ALMONDA

 


MUSP nacional: Pelo alargamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART)

 


Pelo alargamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART)

 

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) reclama pelo alargamento do PART garantindo o mesmo tarifário e condições de acesso em todo o território nacional.

 

Para os utentes não faz sentido haver vários pesos e medidas em diferentes pontos do País.

A realidade mostra-nos que nas grandes áreas metropolitanas, por opções inquinadas pela sede do lucro e de negociatas em torno da contratação pública, temos uma rede de transportes gerida por operadores a quem foi concessionado o serviço público, que efetivamente não serve as suas populações em horários, conforto, qualidade e segurança. E que, logo que nos afastamos alguns quilómetros dessas grandes urbes, verificamos que começa a escassear ainda mais a frequência dos transportes públicos, mesmo intra-municipais, subsistindo freguesias em que a população é privada do seu direito à mobilidade fora dos períodos em que funciona o transporte escolar.

Neste quadro, o anúncio de apoio à aquisição de 325 autocarros e de 4 navios para o transporte fluvial, presente no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) sendo uma boa notícia, não é o suficiente para corresponder à visão estratégica de que o País necessita.

É importante renovar a frota de transporte rodoviário e fluvial, mas o transporte público vai para além destes e escasseiam composições no serviço da CP nas linhas urbanas e suburbanas, mas também nas regionais e falta a criação de novas linhas e a recuperação de outras quase abandonadas. Só um investimento na ferrovia possibilitará o desenvolvimento do interior do país e o descongestionamento nas cidades.

ainda a perguntar que empresas serão apoiadas nesta aquisição, sendo que os quatro navios devem ficar em Lisboa, para começar a cumprir a promessa dos dez novos navios para a Transtejo. Ora, com a Carris a renovar a sua frota, para comportar a Carris Metropolitana e o serviço das quatro concessões, perguntamo-nos que parte da comparticipação do PRR passa a portagem de Aveiras ou da Marateca.

 

 

O financiamento dos transportes públicos de passageiros é uma matéria essencial para a melhoria do funcionamento do setor, mas não é a única. A definição de uma estratégia nacional e regional tem também aqui um papel a desempenhar.

É paradigmático que o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) continue a diferentes velocidades em território nacional, com as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto com diferentes critérios e apoios, e as Comunidades Intermunicipais (CIMs) a financiarem algumas ligações, mas sem promoverem a criação de novas carreiras para dar resposta às necessidades das populações.


O transporte público desempenha um papel determinante na sociedade e economia. A quali- dade de vida na cidade depende de um sistema de transporte público eficiente, acessível e de qualidade. Sendo fundamental que o sistema vá para lá das cidades litorais e das centralidades do interior do País, de modo a potenciar o desenvolvimento do regional.

O propósito deverá ser sempre a implementação de uma rede de transporte público democrá- tica e que garanta o direito à mobilidade em todo o território nacional.

Simultaneamente, o transporte público é fundamental para a diminuição da emissão dos gases com efeitos de estufa e a única resposta sustentável e eficiente para a deslocação de milhares de pessoas diariamente, nos seus movimentos pendulares.

 

Se os interlocutores locais têm necessariamente um papel a desempenhar, cabe ao governo garantir a universalidade do direito à mobilidade no território nacional.

O Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) considera que é urgente investir nos transportes públicos, urbanos, suburbanos, regionais e inter-regionais numa perspetiva de cobertura do território nacional, colmatando as assimetrias regionais, desenvolvendo o interior do País e descongestionando as áreas metropolitanas. Numa visão de integração e de complementaridade dos diferentes meios de transporte.

 

Com este propósito é imperativo que, ainda em 2021, o PART seja alargado a todo o território nacional garantindo as mesmas condições de acesso de Bragança a Faro.


MÉDIO TEJO: 14 de abril, reunião da Comissão de Utentes da Saúde

 


TORRES NOVAS: consignação de IRS

 


TORRES NOVAS: Uma sugestão de serviço público