quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

domingo, 27 de dezembro de 2020

OPINIÃO: Défice demográfico

 Margarida Botelho



Défice demográfico

Foram conhecidos na semana passada os dados provisórios do número de bebés nascidos em Portugal este ano. Até final de novembro, tinham feito o teste do pezinho menos 2340 bebés do que em igual período do ano passado, num total de 76.474 testes. Não sendo dados finais, dão uma indicação muito preocupante.

No Congresso, identificámos o défice demográfico como um dos grandes constrangimentos ao desenvolvimento do país. 2014 foi o ano em que nasceram menos bebés em Portugal desde que há registos, pouco mais de 82 mil. De então para cá, embora com oscilações, tem havido uma recuperação ligeira, que os dados deste ano parecem comprometer.

Todos os estudos conhecidos sobre natalidade mostram que os portugueses em idade fértil gostariam de ter mais filhos do que na realidade têm. Desemprego, precariedade, baixos salários, custos elevados com habitação, transportes, creches ou saúde são aspectos que as famílias naturalmente pesam antes de ter filhos – ou mais filhos. Todos os estudos mostram igualmente uma descida da natalidade nos períodos de crise económica e social, de incerteza e falta de confiança. Não é preciso ser bruxo para ver que o clima de medo gerado pela epidemia, a par do desemprego e da quebra de rendimentos que está a atingir o País, não são propriamente o ambiente mais propício para uma subida da natalidade.

Para que o défice demográfico não se agrave mais nos próximos anos, é preciso agir agora, com políticas que defendam e criem emprego, aumentem salários, garantam os direitos das crianças, criem uma rede pública de creches e assegurem vagas para todas as crianças no pré-escolar. Não assegurar essas medidas agora cava mais fundo o défice demográfico do País.

Aviso importante

 

 


domingo, 6 de dezembro de 2020

Desde sempre as Comissões de Utentes defenderam serviços públicos de proximidade e qualidade!

 CARRINHA DO CIDADÃO (em Abrantes)



Novos postos de atendimento

No sen­tido de apro­ximar, cada vez mais, os ser­viços aos ci­da­dãos e tendo em conta também o con­texto atual da si­tu­ação de pan­demia que o país atra­vessa, o Mu­ni­cípio de Abrantes co­loca à dis­po­sição dos ci­da­dãos mais lo­cais de aten­di­mento pre­sen­cial, onde os ci­da­dãos po­derão ter acesso a al­guns ser­viços da au­tar­quia, de uma forma mais des­con­cen­trada.

A Car­rinha do Ci­dadão que vai per­correr as al­deias do con­celho de Abrantes onde os ci­da­dãos vão ter acesso a vá­rios ser­viços na área da saúde, da ação so­cial, apoio ad­mi­nis­tra­tivo e agora também o acesso ao ser­viço de aten­di­mento do Mu­ni­cípio. As Pis­cinas Mu­ni­ci­pais de Abrantes com um novo es­paço de aten­di­mento.

Estes dois novos postos de aten­di­mento pre­sen­cial vão com­ple­mentar os já exis­tentes e que se mantêm, no­me­a­da­mente no Mu­ni­cípio (na Praça Rai­mundo So­ares), na Loja de Ci­dadão (Rua Nossa Se­nhora da Con­ceição), que ca­recem de mar­cação prévia (através dos nú­meros 241330212 e 241330213). Para além do aten­di­mento pre­sen­cial, o Mu­ni­cípio dis­po­ni­bi­li­zada ainda os ser­viços on­line, em https://​abrantes360.​cm-abrantes.​pt/​,  e através da App Abrantes 360 que de­verão ser pri­vi­le­gi­ados, sempre que pos­sível, e o aten­di­mento te­le­fó­nico, através dos nú­meros 241330212 e 241330213.


Novo posto de aten­di­mento - Car­rinha de Ci­dadão

A Car­rinha de Ci­dadão, que de­corre de um pro­jeto do Or­ça­mento Par­ti­ci­pa­tivo,  é uma uni­dade móvel, que presta apoio às po­pu­la­ções, no acesso a ser­viços bá­sicos sobre di­versos as­petos da vida diária, nas ver­tentes da saúde (pre­venção bá­sica); da ação so­cial (re­colha de re­ceitas e en­trega de me­di­ca­mentos ou in­for­mação e en­ca­mi­nha­mento de pro­cessos) e apoio ad­mi­nis­tra­tivo da re­lação do ci­dadão com a ad­mi­nis­tração local e cen­tral e agora também no acesso ao ser­viço de aten­di­mento da câ­mara mu­ni­cipal.
Per­corre todo o con­celho de Abrantes, num iti­ne­rário e ho­rário de­fi­nidos aqui.

Ser­viços dis­po­ní­veis:
- Pa­ga­mento das fa­turas de água
- Pa­ga­mento de re­fei­ções es­co­lares
- Pe­didos de cópia de do­cu­mentos ad­mi­nis­tra­tivos
- Pe­dido de cer­ti­fi­cado de ma­trí­cula de ci­clo­motor
- Re­cla­mação para lim­peza de ter­renos
- Re­cla­ma­ções ou su­ges­tões di­versas
- Emissão de plantas de lo­ca­li­zação
- Pe­dido para re­a­li­zação de queimas e quei­madas
- Pe­dido de atri­buição de nú­mero de po­lícia


 
A par com o aten­di­mento móvel da Câ­mara Mu­ni­cipal de Abrantes, na Car­rinha do Ci­dadão são dis­po­ni­bi­li­zados ser­viços na área da saúde, em par­ceria com a Uni­dade de Cui­dados Con­ti­nu­ados de Abrantes, no­me­a­da­mente:
- Ava­li­ação da Tensão Ar­te­rial;
- Ava­li­ação da sa­tu­ração pe­ri­fé­rica;
- Ava­li­ação do risco da di­a­betes tipo II;
-In­for­mação sobre me­didas de pre­venção da COVID-19; con­viver com a di­a­betes; pre­venção de quedas; im­por­tância da va­ci­nação; cui­dados com o frio; gestão do re­gime te­ra­pêu­tico, entre ou­tras.
Na Car­rinha do Ci­dadão pode ainda en­con­trar apoio na re­so­lução de as­suntos dis­po­ní­veis on­line, como por exemplo:
- Pre­en­chi­mento de re­que­ri­mentos e for­mu­lá­rios;
- En­ca­mi­nha­mento para apoios so­ciais;
- Fi­nanças (IRS/IMT/IUC);
- Re­no­vação/Al­te­ração do Cartão de Ci­dadão;
- Re­no­vação da Carta de Con­dução e ser­viços IMT;
- Es­cla­re­ci­mentos nas mais di­versas áreas e ou­tros ser­viços on­line dis­po­ní­veis.
- Apoio no re­gisto e na uti­li­zação da pla­ta­forma Abrantes 360 (ser­viços on­line) e da APP 360


Novo posto de aten­di­mento - Com­plexo Mu­ni­cipal de Pis­cinas de Abrantes

Aten­di­mento: de se­gunda-feira a sexta-feira das 8:00 horas às 14:00 horas e das 16:30 horas às 22:30 horas e ao sá­bado das 8:00 horas às 19:30 horas. En­cerra aos do­mingos.


Ser­viços dis­po­ní­veis:
- Pa­ga­mento das fa­turas de água
- Pa­ga­mento de re­fei­ções es­co­lares
- Pe­didos de cópia de do­cu­mentos ad­mi­nis­tra­tivos
- Pe­dido de cer­ti­fi­cado de ma­trí­cula de ci­clo­motor
- Re­cla­mação para lim­peza de ter­renos
- Re­cla­ma­ções ou su­ges­tões di­versas
- Emissão de plantas de lo­ca­li­zação
- Pe­dido para re­a­li­zação de queimas e quei­madas
- Pe­dido de atri­buição de nú­mero de po­lícia

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

sábado, 28 de novembro de 2020

Pois... há que evitar a sinistralidade rodoviária!

 


Pela nossa saúde (e a vossa carteira), nada de telemóvel na condução!!

 

Pela nossa saúde (e a vossa carteira), nada de telemóvel na condução!!

https://pplware.sapo.pt/informacao/ultima-hora-multas-por-falar-ao-telemovel-a-conduzir-sobem-para-o-dobro/

Multas por falar ao telemóvel a conduzir sobem para o dobro

Esta sexta-feira foram aprovadas novas medidas em Conselho de Ministros no que diz respeito ao código da estrada. A medida que mais se destaca é o aumento das multas por falar ao telemóvel.

De acordo com o que foi revelado em conferência de imprensa, as coimas se for apanhado a falar ao telemóvel enquanto conduz sobem para o dobro.

Multas ao telemóvel passam de 120€ para 250€ e as de 600€ para 1.250€

A grande maioria das multas atualmente passadas pelas autoridades são referentes ao uso do telemóvel durante a condução. De acordo com um estudo, usar o telemóvel enquanto se conduz multiplica o risco de acidente por 23, e 31% dos portugueses admite enviar e ler SMS enquanto conduz.

O Conselho de Ministros desta sexta-feira aprovou o aumento significativo das multas, que podem agora chegar aos 1.250 euros. De acordo com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, as multas de 120 euros passam para 250 e as de 600 euros para 1.250 euros. De acordo com a RR, o Governo também aprovou alterações ao Código da Estrada que clarificam os locais onde as autocaravanas podem pernoitar e aparcar, avança a secretária de Estado da Administração Interna.

Consequências do uso de telemóvel ao volante:

  • Diminuição da capacidade de vigilância e dispersão da atenção;
  • Durante os primeiros cinco minutos de conversação, a probabilidade de ter um acidente é seis vezes maior;
  • Aumento da dificuldade em descodificar e memorizar sinais, perdendo informação essencial para uma condução segura;
  • Descuido das regras de cedência de passagem nos cruzamentos e entroncamentos;
  • Perda da noção da distância de segurança em relação ao veículo da frente, sendo difícil de ajustá-la consoante o trânsito;
  • Abandono dos sinais de mudança de direção, o que pode ser perigoso tanto para o condutor como para os outros utentes da via;
  • Má avaliação da velocidade;
  • Redução do campo de visão;
  • Tendência para não parar nas passagens de peões;
  • Aumento do stress por atender ou telefonar;

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

As portagens no Médio Tejo (A23 e A13) devem ser abolidas!

 

As portagens no Médio Tejo (A23 e A13) devem ser abolidas!

Diário Digital Castelo Branco - PCP recomenda ao Governo o fim das portagens  na A23

Carta aberta a todos os Deputados Municipais 

da Região do Médio Tejo

Facilitar a mobilidade dos cidadãos quer por motivos pessoais, familiares ou profissionais contribui decisivamente para a sua qualidade de vida.

As portagens no Médio Tejo (A23 e A13) devem ser abolidas!

 A existência de portagens no Médio Tejo (A23 e A13) é um problema para a mobilidade de pessoas e bens. É um entrave ao desenvolvimento social e económico. Não contribui para a coesão territorial. Potencia os problemas ambientais nas zonas urbanas e afetam a segurança rodoviária.

Estas vias são fundamentais no acesso a cuidados de saúde prestados nos três hospitais da Região do Médio Tejo, que constituem o CHMT e em muitas das cem unidades de cuidados primários dos ACES-Agrupamentos de Centros de Saúde, por serem as únicas vias rápidas, que resultaram do IP6 (nunca concluído para Oeste) rebatizado como A23, e do IC3, rebatizado como A13. Autoestradas, agora com portagens, que ocuparam as anteriores vias, sem deixarem alternativas rodoviárias viáveis e com a quase inexistência de transportes públicos.

O troço da A23 entre a A1 e Abrantes foi construído pela antiga JAE (depois EP, agora IP) com dinheiro de fundos comunitários, assim como o troço do IC3 entre a Atalaia e Tomar (Alviobeira/Ferreira).

Estamos perante vias sem alternativa e com portagens com preços/quilómetro dos mais altos praticados em Portugal em rodovias semelhantes. (p.e. mais do dobro do que se paga na A1). E os repetidos anúncios e promessas de descontos (só depois de 8 viagens e com percentagem reduzida) de forma alguma resolve os problemas (agora agravados no contexto da pandemia COVID-19) das populações e do desenvolvimento económico e social.

A raiz do problema estará na renegociação das PPP (Parcerias Publico Privadas rodoviárias), nos constrangimentos financeiros externos e num planeamento estratégico que a curto e médio prazo prejudica as populações do interior e as suas atividades, aumentando os custos de contexto para o tecido empresarial, promovendo o isolamento das populações e impedindo a coesão territorial, por muito que se proclame o contrário.

E coloca, ainda, em causa a qualidade ambiental e a segurança das populações das zonas residenciais urbanas e rurais agora atravessadas por milhares de veículos ligeiros e pesados que, antes transitavam nos IP6 e IC3, que contribuem para a deterioração das vias utilizadas, com alguns troços já em péssimo estado, como é o caso da N3. De salientar a “precisão” da colocação dos pórticos, que foram todos instalados no enfiamento das zonas urbanas para provocar o pagamento da portagem ou em “alternativa” de fazer mais uns quilómetros por vias secundários e urbanas, com todas as implicações que isso tem.

Algumas das condições essenciais para garantir eficácia na prevenção da doença e no tratamento de situações críticas são a proximidade das unidades de saúde e o seu fácil e rápido acesso. Existem três unidades hospitalares, o Hospital de Abrantes, o Hospital de Tomar e o Hospital de Torres Novas, integradas no Centro Hospitalar do Médio Tejo, que têm como únicas vias para aceder aos diversos serviços com rapidez e segurança, as Autoestradas A23 e A13. Mas, as portagens oneram em muito os custos do CHMT, nomeadamente no transporte de doentes urgentes e não-urgentes, e a deslocação de profissionais de saúde, utentes e familiares. E não se conhecem razões económicas, ambientais, de segurança e de coesão territorial que justifiquem o pagamento de portagens naquelas Autoestradas.

As mais de 12 mil assinaturas recentemente recolhidas na Região do Médio Tejo pelas Comissões de Utentes, foram entregues no Ministério das Infraestruturas, do que foi dado conhecimento aos Grupos Parlamentares e aos autarcas da região.

É preciso fazer opções por medidas que contribuam para melhorar a vida das populações e potenciem o desenvolvimento social e económico da região. E a abolição das portagens na A23 e na A13, é uma dessas medidas, prioritária, correta e justa.

As Autarquias e, naturalmente, os Deputados Municipais têm especiais responsabilidades na defesa do bem-estar dos seus munícipes, pelo que isso representa no desenvolvimento social e económico da população e da Região. Apelamos, também por isso, a todos os deputados municipais para que nas próximas Assembleias Municipais promovam o debate e tomem posições claras sobre a abolição das portagens na A23 e na A13.

Com os melhores cumprimentos

 

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Comissões de Utentes de Serviços Públicos do Médio Tejo

 

23.11.2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

sábado, 31 de outubro de 2020

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Um importante testemunho (sobre SNS/privados)

 Um importante testemunho

Médicos respondem
muito bem a bastonários

«A carta dirigida à ministra da Saúde pelo bastonário da Ordem dos Médicos (OM) e cinco dos seus antecessores enquadra-se num movimento mais amplo de intervenções de “influenciadores” nos meios da comunicação social e em meios universitários, todas com a mesma orientação e a mesma substância.

Começam por enunciar dificuldades reais do SNS, sobretudo derivadas da pandemia, ampliam-nas em tom alarmista e daí passam ao ataque político à ministra. Finalmente, e para culminar, chegam ao objetivo mercantil: perante tal “caos”, “desorganização” e “risco” há que recorrer aos serviços privados.

Poderá haver médicos concordantes com essa carta, por coincidirem com os seus objetivos. Nós não. Não nos sentimos representados.
 
A Ordem dos Médicos é uma entidade de direito público, de inscrição obrigatória. Portanto, as posições expressas pelos seus órgãos eleitos têm que corresponder ao máximo denominador comum.

Todos os cidadãos têm o direito de, em grupo ou isoladamente, expressarem as suas opiniões. O que não é lícito é que a natural credibilidade da Ordem dos Médicos seja mobilizada para as posições pessoais de ex-bastonários e do seu bastonário atual. Descrevendo um ambiente de perigo iminente, vaticinando a falência do SNS e amplificando as suas dificuldades, desassossegando e perturbando a saúde mental das famílias e, sobretudo, das pessoas mais idosas e mais isoladas.

(...) não há tragédia maior do que esta”, diz a carta dos (ex-)bastonários. É bom que se tenha respeito pelas verdadeiras tragédias. É bom que se contribua para a perceção de risco de forma racional e transmitindo a serenidade necessária a quem de facto tem de fazer escolhas todos os dias e tomar as precauções para prevenir o contágio. O alarme transmite pânico e bloqueia a capacidade de decidir racionalmente.

Sabemos que o financiamento para o Serviço Nacional de Saúde tem sido curto ao longo de anos e que os seus custos superam sempre os valores orçamentados. Sabemos também que o Orçamento do Estado para 2021 é insuficiente no que respeita à saúde e a única atenuante é que haverá outra perspetiva quando se discriminar a utilização do Fundo de Recuperação Europeu nesta área. Sabemos também que os concursos para médicos ficam com vagas por preencher porque os salários são baixos, porque a carreira não é atrativa, porque há um excesso de horas extraordinárias e porque é maior a recompensa remuneratória nos estabelecimentos privados.

A resposta exemplar do SNS na primeira vaga não foi só devida à abnegação de médicos e outros profissionais. Deveu-se também à estrutura e ao espírito do SNS. Diz a carta: “É vital que haja uma mudança imediata de rumo na estratégia do SNS. O SNS está novamente exposto a uma disrupção grave no seu funcionamento, na altura em que ainda nem sequer foi capaz de recuperar o fortíssimo abalo sofrido ao longo dos últimos meses”. 

Era este também o tom de mais uma intervenção do atual bastonário da OM no jornal da RTP-2, às 21h30 de dia 21 de outubro. Curiosamente, cerca de 1 hora depois, na Grande Entrevista da RTP3, o diretor dos Cuidados Intensivos do Hospital de São João, Nelson Pereira, descrevia que logo a seguir ao confinamento tinham estado a preparar tudo para uma eventual segunda vaga e que, tendo recuperado de tal modo as listas de espera não-covid, até tinham ultrapassado a produção do período homólogo do ano anterior.

Sabe-se que o País é heterogéneo. Não podemos, por exemplo, generalizar as dificuldades, por razões locais, do Vale do Sousa ou de Lisboa e Vale do Tejo para a região Centro onde, durante o ano 2020, têm sido feitos mais rastreios e vacinações 

que no ano anterior.Mas a carta e os “influenciadores” são claros no que propugnam: “Os setores sociais e privados podem ser mais envolvidos no esforço Covid e não-Covid para que a capacidade instalada seja efetivamente usada em vez de desperdiçada” e “(...) o momento do SNS liderar uma resposta global, envolvendo (...) os setores privado e social”.  

Muito simplesmente, tratar-se-ia de levar o SNS a comprar (ainda mais) serviços aos estabelecimentos privados, aqueles que, no início da crise, praticamente fecharam, logo disseram que não recebiam doentes com covid-19 e enviaram grávidas positivas para os serviços públicos.

Mas será que o SNS não está mesmo a utilizar privados em suplementação dos seus serviços internos?

Bem pelo contrário. De acordo com o Jornal de Negócios de 26 de agosto, 41% do orçamento do SNS é para pagar a privados. Em 2018, últimos números a que temos acesso, 6657,7 milhões de euros foram para comprar serviços a privados (exames auxiliares de diagnóstico, hemodiálise, fisioterapia), num total de custos de 10.909,3 milhões de euros (Relatório e Contas, 2018 - Processo de Consolidação de Contas). E, no momento em que o SNS está a fazer cerca de 20.000 testes diários de RT-PCR ao SARS-COV-2, 55% dos quais nos privados, em muito aumentou (600 mil euros/dia) o fluxo financeiro que sai do Estado para o setor privado.

A concretização da proposta de operacionalização do chamado “sistema” de saúde, com “normalização” da compra de serviços de saúde a prestadores privados, subverteria o conceito constitucional do Serviço Nacional de Saúde. Com esta proposta, só aumentariam as insuficiências que se apontam ao SNS, bem como o que os portugueses teriam de pagar pela sua saúde.

O sentido da melhoria do SNS é exatamente o contrário: reforço da capacidade interna, para melhor servir a população em todas as necessidades de saúde e não apenas nas que dão lucro.

Nós, médicos que aqui assinamos, não nos sentimos representados por esta posição dos (ex-)bastonários.»

Aguinaldo Cabral, Álvaro Brás de Almeida, Ana Abel, Ana Jorge, Ana Raposo Marques, António Jorge Andrade, António Faria Vaz, António Rodrigues, Augusto Goulão, Bruno Maia, Carlos França, Carlos Silva Santos, Carlos Vasconcelos, Casimiro Menezes, Filipe Rosas, Graciela Simões, Henrique Delgado Martins, Isabel do Carmo, Jaime Mendes, João Álvaro Correia da Cunha, João Goulão. João Manuel Valente, João Marques Proença, João Oliveira, João Rodrigues, Joaquim Figueiredo Lima, José Labareda, José Manuel Boavida, José Manuel Braz Nogueira, José Ponte, Júlia Duarte, Luiz Gamito, Manuela Silva, Maria Deolinda Barata, Maria Isabel Loureiro, Mário Pádua, Patrícia Alves, Pedro Miguéis, Pedro Paulo Mendes, Rogério Palma Rodrigues, Sara Proença. («Público»)

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Sobre a reunião entre a CUSMT e o ACES MÉDIO TEJO, em 15out2020

 

Sobre a reunião entre a CUSMT e o ACES MÉDIO TEJO, em 15out2020

COMISSÃO DE UTENTES DA SAÚDE do MÉDIO TEJO

 Avenida 8 de Julho, lote 4 r/c  -  2350-724 TORRES NOVAS

 

CUSMT solicita reuniões com Directores Executivos dos ACES - Utentes da  Saúde do Médio Tejo

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(in Antena Livre)

Utentes sinalizam problemas nas comunicações com centros de saúde no Médio Tejo

2020-10-16
 

Os utentes da região do Médio Tejo deram conta de "grandes problemas nas telecomunicações e de apoio telefónico" a partir dos centros de saúde, um problema "grave" perante a pandemia de covid-19.

"Constatámos e transmitimos à diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo a nossa preocupação com os grandes problemas que existem ao nível das telecomunicações e de apoio telefónico aos utentes, onde as pessoas, ou não atendem as chamadas ou o telefone dá sinal de chamar quando está ocupado", disse à agência Lusa Manuel Soares, porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT).

Em declarações no final de um encontro de trabalho com os responsáveis do ACES, na sede do Agrupamento, em Riachos, no concelho de Torres Novas (Santarém), aquele responsável considerou a reunião "proveitosa e satisfatória", mas notou que o problema nas telecomunicações terá sido o "único ponto menos abonatório".

"Em situações de emergência e em tempo de pandemia entendemos que este tipo de problemas não deveria suceder, e, muitas vezes, o problema não está nos profissionais que não querem ou não podem atender, mas sim nas centrais telefónicas desatualizadas", afirmou.

Manuel Soares disse ainda que, "num período em que era necessária uma solução para atender ao aumento de consultas não presenciais e de consultas telefónicas, esta não foi implementada".

O problema, sustentou, "é de organização e é transversal ao Serviço Nacional de Saúde e a outras regiões do país" e a CUSMT apresentou uma proposta de solução.

Nesse sentido, defendeu, a situação "resolvia-se com a contratualização telefónica com as operadoras de algumas dezenas de milhar de telefones, por um período de alguns meses, e resolvia-se um problema que é do SNS, neste período em que é necessária uma solução, e que não é, na maior parte das vezes, dos profissionais", e que "prejudica os utentes e gera falta confiança no sistema".

Segundo Manuel Soares, os temas abordados numa "reunião institucional" que disse ter sido "positiva pela troca de informações e partilha de sugestões da CUSMT visando melhorar os serviços e informar as populações do que se está a passar", incidiram em "questões ligadas à Saúde Pública e à pandemia covid-19, à prestação de cuidados de saúde, recursos humanos, plano de vacinação contra a gripe, instalações e equipamentos logísticos", entre outros.

O porta voz da CUSMT destacou o "aumento da produção total de consultas em setembro relativamente ao mês de janeiro", mês em que "ainda não havia pandemia", a "recente contratação de 10 médicos de família que preencheram a totalidade das vagas colocadas a concurso", a par da contratação de 08 assistentes operacionais e 06 assistentes técnicos", numa região que, com os seus cerca de 225 mil utentes, "fica agora com cerca de 14 mil utentes sem médico de família, servidos por médicos tarefeiros" contratados para o efeito.

"Atendendo ao impacto que a pandemia tem, estes números, a par do trabalho desenvolvido ao nível da vacinação e apoio domiciliário, reconhecemos o importante esforço que se está a fazer e a trabalhar assim, e sem a pandemia covid-19, a região teria os atendimentos em centros de saúde em dia", concluiu.

O ACES Médio Tejo abrange 11 municípios com cerca de 225 mil utentes/frequentadores, sendo composto pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

Lusa

2020-10-16

sábado, 10 de outubro de 2020

Uma luta de todos os dias!

 



Valorização dos salários e igualdade salarial entre mulheres e homens. Salário igual para trabalho igual ou de valor igual 

(fonte CGTP)