quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Conferência de Imprensa em ABRANTES



Comissão de Utentes dos Serviços Públicos

do Concelho de ABRANTES


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Quase 7000 cidadãos do Concelho de Abrantes

 Defendem a MATERNIDADE no Hospital de Abrantes 

 

Face às constantes informações oficiais que colocam em causa a permanência de muitos serviços hospitalares, nomeadamente a MATERNIDADE, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes lançou um abaixo-assinado para reafirmar a necessidade de cuidados de proximidade e qualidade.

 

A publicação da Portaria 82/2014, o contínuo decréscimo de partos (muito longe dos 1500, que é o número mínimo referenciado como ideal para um serviço de qualidade), a incerteza quanto a anunciados encerramentos e a apatia das sucessivas administrações do CHMT na promoção e dinamização da Maternidade de Abrantes, leva esta Comissão a temer o seu encerramento num futuro mais ou menos próximo. Ao longo de 2014, muitas foram as declarações de diversos responsáveis (com especial destaque para o ex-Presidente do CA do CHMT) que colocaram em causa a existência da Maternidade no Médio Tejo e/ou em Abrantes. Existem, ainda, serviços no CHMT, no Hospital de Abrantes, que carecem de urgente melhoria e outros que devem regressar ou ser criados.

 

As 6895 assinaturas só foram possíveis com a colaboração de muito do comércio local, a quem agradecemos. No entanto, registe-se que não houve capacidade humana para levar a muitos locais a possibilidade de as populações darem o seu contributo na defesa da Maternidade. As assinaturas vão ser enviadas ao Ministro da Saúde e das mesmas vai ser dado conhecimento aos Grupos Parlamentares, autarcas e aos responsáveis das unidades de saúde da Região.

 

A iniciativa da Comissão de Utentes teve para já o mérito de o Ministério da Saúde vir dizer que não está decidido o encerramento da Maternidade. Também na reunião entre a CUSMT (em que estiveram elementos da CUSPCA) com o CA do CHMT não houve referência ao encerramento de qualquer serviço. Pena que o Primeiro Ministro inquirido sobre o assunto pelo “Mirante”, não tenha sido explicito quanto à manutenção da maternidade.  

 

A importância social e humana do serviço de Maternidade para o Concelho e para toda a região, merece que continuemos atentos e mobilizemos as populações em sua defesa.

 

Constata-se que a actual organização das unidades de saúde e o seu subfinanciamento têm originado uma constante e progressiva degradação da qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde. É tempo de mudar de política para respeitar a dignidade das pessoas e promover o progresso sócio económico da região. 

 

Mas as preocupações da Comissão e das populações não se restringem apenas aos cuidados hospitalares. Aliás, somos da opinião que sem eficiência e eficácia nos cuidados primários/(centros e extensões de saúde) gasta-se mais e os utentes ficam com menos cuidados de proximidade e qualidade.

 

A cobertura de todo o território concelhio “obriga” à existência de unidades de saúde móveis e à colocação de médicos de família nas freguesias com mais população.

 

Em breve anunciaremos iniciativas públicas para alertar os responsáveis para a exigência das populações na colocação de mais médicos de família.

 

Nota final:

Com os meios disponíveis a Comissão de Utentes vai continuar a trabalhar de forma persistente e atenta a problemas de outros serviços públicos, como as obras de manutenção da Ponte de Abrantes (onde não compreendemos que os trabalhos decorram só nos períodos em que os cidadãos e actividades económicas mais a utilizam), a distribuição postal, a reposição das valências retiradas ao Tribunal de Abrantes…

 

A Comissão de Utentes continuará a reunir regularmente podendo participar todos os que queiram para, em colaboração com outras estruturas de utentes da Região e do Distrito, informar e organizar as populações na defesa dos seus direitos.

 
                                                                      A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos
                                                   do Concelho de Abrantes
Abrantes, 10.12.2015
 


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