As mensalidades a pagar pelas famílias que têm filhos nas creches municipais da Quinta do Lago e da Azervadinha, ambas no concelho de Coruche, vão sofrer um aumento de 14,2 por cento em 2010. A decisão foi aprovada pelo executivo municipal na reunião de dia 1, com os votos favoráveis de PS e os votos contra da CDU.
Justifica a maioria PS no executivo que o aumento do valor das mensalidades de 100 para 114,2 euros se prende com a actualização dos valores da inflação, calculada desde 2003, ano em que se fez a última actualização de preços.
Para a CDU, a proposta é totalmente desadequada, ainda mais no momento difícil que vive o país e as famílias. Para o vereador Valter Peseiro não se percebe por que razão a actualização da inflação não foi feita ao longo dos anos. “É preferível apresentar uma proposta menos agressiva ou simplesmente aplicar o valor da inflação previsto para 2010”, sugeriu o vereador.
Com o pelouro do ensino no concelho, Fátima Galhardo (PS), respondeu que a situação mais fácil é sempre criticar os aumentos e lembrou que há descontos para quem seja subscritor do cartão jovem (até 30 anos) e a autarquia diminuiu para cinco o número de dias a partir dos quais a falta das crianças por doença é descontada no valor da mensalidade.
“A câmara tem de sustentar este serviço público de apoio às famílias para que daqui a cinco anos continue a funcionar”, exemplificou Fátima Galhardo, não esquecendo que as creches funcionam entre as oito da manhã e as sete da tarde.
Os vereadores da CDU não desarmaram e Valter Peseiro recordou que a Ribatejana vai pagar 1.500 euros de renda na nova central de camionagem, comparando o valor das mensalidades com esse. Por seu turno, Rodrigo Catarino questionou que trabalhador por contra de outrem vai ter um aumento de 14 por cento este ano.
Fátima Galhardo considera que 14 euros não é um valor incomportável para as famílias tendo em conta que as creches funcionam em alargamento de horário e contam, desde há dois anos, com aulas de inglês, actividade física e desportiva e música. “Se cada pai pagasse essas actividades individualmente, sairia muito mais caro às famílias”, sustenta a vereadora.
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