TOMAR – Câmara Municipal não foi informada da colocação de portagens no IC3
A Câmara Municipal de Tomar ainda não recebeu qualquer informação oficial relativamente à colocação de portagens no IC3, concretamente no troço entre a zona industrial e a Asseiceira. Os pórticos estão bem visíveis na estrada e, nesta fase, só há a dúvida em saber qual a data que irá determinar o arranque da cobrança aos utentes. Será mais uma dor de cabeça para a população, nomeadamente para quem utiliza a via diariamente. Confrontado pela Hertz com este cenário, Corvelo de Sousa, presidente da Câmara Municipal, concordou que as portagens vão significar mais um encargo para as pessoas, mas sublinha a existência de uma alternativa bastante boa (no caso da Nacional 110), quando compara o caso do nosso concelho com outras realidades.
Ainda assim, o autarca garante que não chegou qualquer informação à Câmara, pelo que pretende obter explicações da Secretaria de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: «Aquilo que todos os cidadãos percebem é que o Governo mandou colocar pórticos para posterior cobrança na passagem por aquele espaço, tal como na A23 e por aí fora. Estamos a falar de um investimento público "monstro", pelo que sem portagens, se calhar, o Estado não iria conseguir suportar os custos. Para nós, o mais importante é que o IC3 tenha andamento, pela razão simples de que a ligação a Coimbra é importante! As portagens serão sempre um peso para todos nós, mas falta-nos uma argumentação que existe noutros lados, ou seja, aquele troço tem uma estrada nacional que foi requalificada e que tem boas condições. Temos uma alternativa eficaz, ainda que não tenha quatro faixas. Por exemplo, mais a Norte, as estradas nacionais não podem ser consideradas como alternativas. Teremos que perceber, junto do Secretário de Estado, se as passagens por aquele troço serão para cobrar desde já ou se apenas quando o IC3 estiver concluído».
João Simões (Independentes): «Isto é mais do que suspeito»
Entretanto, os Independentes por Tomar já se manifestaram «totalmente contra» a introdução de portagens. João Simões, deputado municipal, em declarações à Hertz, falou mesmo em «negociatas» para descrever um processo que considera «prejudicial» para as populações: «Já tínhamos dado o alerta na Assembleia Municipal e até na Câmara, designadamente quando surgiu aquele protocolo entre a autarquia e a Estradas de Portugal, que depois foi corrigido para permitir essa introdução de portagens. É fundamental que as forças políticas, quer as concelhias e as da Comunidade Intermunicipal, estejam de acordo no sentido de exigirem ao Governo uma outra solução para esta problemática. O IC3 foi uma mais-valia colocada na região porque o concelho de Tomar estava isolado nas ligações, mas a introdução de portagens vai penalizar as pessoas, tanto mais que não há alternativas válidas. As ligações que existem vão, até, colocar as pessoas em risco já que lançam trânsito para vias descaracterizadas. É incompreensível que tenham sido feitas estas negociações ou mesmo negociatas. Seria bom que fosse tornado público o teor das concessões e ainda quem foram os indivíduos que fizeram estas negociações e com que fim é que as levaram a cabo. Isto é mais do que suspeito. Poderá tratar-se de uma negociata à pala do interesse público. Os Independentes estão frontalmente contra esta solução».
2011-09-16 18:14:35 (Rádio Hertz)
Ainda assim, o autarca garante que não chegou qualquer informação à Câmara, pelo que pretende obter explicações da Secretaria de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: «Aquilo que todos os cidadãos percebem é que o Governo mandou colocar pórticos para posterior cobrança na passagem por aquele espaço, tal como na A23 e por aí fora. Estamos a falar de um investimento público "monstro", pelo que sem portagens, se calhar, o Estado não iria conseguir suportar os custos. Para nós, o mais importante é que o IC3 tenha andamento, pela razão simples de que a ligação a Coimbra é importante! As portagens serão sempre um peso para todos nós, mas falta-nos uma argumentação que existe noutros lados, ou seja, aquele troço tem uma estrada nacional que foi requalificada e que tem boas condições. Temos uma alternativa eficaz, ainda que não tenha quatro faixas. Por exemplo, mais a Norte, as estradas nacionais não podem ser consideradas como alternativas. Teremos que perceber, junto do Secretário de Estado, se as passagens por aquele troço serão para cobrar desde já ou se apenas quando o IC3 estiver concluído».
João Simões (Independentes): «Isto é mais do que suspeito»
Entretanto, os Independentes por Tomar já se manifestaram «totalmente contra» a introdução de portagens. João Simões, deputado municipal, em declarações à Hertz, falou mesmo em «negociatas» para descrever um processo que considera «prejudicial» para as populações: «Já tínhamos dado o alerta na Assembleia Municipal e até na Câmara, designadamente quando surgiu aquele protocolo entre a autarquia e a Estradas de Portugal, que depois foi corrigido para permitir essa introdução de portagens. É fundamental que as forças políticas, quer as concelhias e as da Comunidade Intermunicipal, estejam de acordo no sentido de exigirem ao Governo uma outra solução para esta problemática. O IC3 foi uma mais-valia colocada na região porque o concelho de Tomar estava isolado nas ligações, mas a introdução de portagens vai penalizar as pessoas, tanto mais que não há alternativas válidas. As ligações que existem vão, até, colocar as pessoas em risco já que lançam trânsito para vias descaracterizadas. É incompreensível que tenham sido feitas estas negociações ou mesmo negociatas. Seria bom que fosse tornado público o teor das concessões e ainda quem foram os indivíduos que fizeram estas negociações e com que fim é que as levaram a cabo. Isto é mais do que suspeito. Poderá tratar-se de uma negociata à pala do interesse público. Os Independentes estão frontalmente contra esta solução».
2011-09-16 18:14:35 (Rádio Hertz)
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