"...Ainda não está definido qual será o impacto do aumento que, segundo Moura de Campos, será deliberado pelos municípios que detém o capital da empresa. O responsável cruzou números com outros sistemas da região, e não só, a título comparativo, para mostrar que a AR é o que tem preços mais baixos (valor por m3 de água e a respectiva taxa de saneamento). O director-executivo da empresa disse que este aumento é imperativo, tendo em conta o volume de investimentos na melhoria dos sistemas, e um dos factores que mais pode pesar é precisamente as taxas de juro em resultado dos empréstimos bancários. ”Há duas opções: reflectir os juros nos tarifários ou não ter infraestrutura”, revelou. ..."
(in Torrejano)
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"O FANTASMA DO CARTAXO"
PRIVATIZAÇÂO DA AGUA NO CARTAXO: A EXTORSÂO TRANFORMADA EM LEGALIDADE
População do Cartaxo protesta junto à sede da Cartágua
Cerca de 80 cartaxeiros concentraram-se junto à empresa Cartágua na sexta-feira, 15 de Julho, para protestar e pedir esclarecimentos sobre os súbitos aumentos da água cobrados nas facturas de Junho.
Ø
1
E queixas não faltam, entre os munícipes.
Teresinha Dias, que reside num apartamento na cidade, nem queria acreditar quando olhou para o valor que consta da última factura que recebeu: 502,58 euros.
“Pensei logo que só podia ser engano”, disse ao nosso jornal esta consumidora, que costumava pagar cerca de 60 euros por mês, em média.
Intrigada com a facturação sobre um consumo de 107 m3 de água, dirigiu-se à empresa, onde lhe disseram logo “que devia ter uma ruptura”.
“Mas não mandaram ninguém para verificar isso. Disseram-me só para pagar e depois reclamar”, conta Teresinha Dias.
Já entregou a reclamação e garante que não paga “um tostão” enquanto “a situação não estiver devidamente esclarecida”, acrescenta.
Ø
2
José António Silva tem outro caso para contar.
Por morte do pai, há 5 anos, ele e dois irmãos herdaram uma moradia em Vila Chã de Ourique onde “só existe o contador. Não o tirámos porque a casa é para vender, mas não gastamos um pingo de água”.
Pagavam todos os meses cerca de 8 euros, valor que vai subir para perto dos 20 euros, num aumento que considera “abusivo”.
Mas o caso piora; “fomos à Cartágua para mandar tirar o contador e exigiram-nos uma certidão de óbito e uma habilitação de herdeiros para o fazer”,* explica José Silva, para quem isto não faz sentido nenhum.
Ø
3
Filomena Caetano, também consumidora particular, diz ainda estar para perceber a que se devem os 250 euros que lhe são exigidos.
Costumava pagar entre 35 a 40 euros e garante não ter tido nenhuma ruptura que justifique os 97 m3 de consumo que lhe foram facturados.
Da freguesia da Ereira, Maximina Morgado, que garante dar a “leitura certinha todos os meses”, também não percebe porque pagou 25,39 euros em Maio e agora lhe pedem 60,04 euros, referentes a Junho.
Ø
4
Francisco Abreu tem uma pequena garagem no Cartaxo com uma sanita e um pequeno lavatório.
Diz que a empresa o obriga a ter um contador industrial, cujo aluguer aumentou de 2,36 euros para 5,86 euros.
“E disseram-me que no mês seguinte vai passar para 21,25 euros, independentemente de gastar água ou não”, acrescentou.
Ø
5
Além dos consumidores particulares, as instituições, que têm um tarifário próprio, também apresentam queixas em relação aos novos preços da água.
Só do Lar de São João, a Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo passou de uma factura de 679,65 euros, em Maio, para uma de 2.122,64 euros, em Junho.
“Com o mesmo consumo, sensivelmente, a facturação triplicou”, constatou ao nosso jornal Luísa Pato**, explicando que o preço do metro cúbico da água passou de 0,31 euros para 1,12 euros, e que a taxa de saneamento variável passou de 0,35 euros para 0,79 euros.
Cerca de 80 cartaxeiros concentraram-se junto à empresa Cartágua na sexta-feira, 15 de Julho, para protestar e pedir esclarecimentos sobre os súbitos aumentos da água cobrados nas facturas de Junho.
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E queixas não faltam, entre os munícipes.
Teresinha Dias, que reside num apartamento na cidade, nem queria acreditar quando olhou para o valor que consta da última factura que recebeu: 502,58 euros.
“Pensei logo que só podia ser engano”, disse ao nosso jornal esta consumidora, que costumava pagar cerca de 60 euros por mês, em média.
Intrigada com a facturação sobre um consumo de 107 m3 de água, dirigiu-se à empresa, onde lhe disseram logo “que devia ter uma ruptura”.
“Mas não mandaram ninguém para verificar isso. Disseram-me só para pagar e depois reclamar”, conta Teresinha Dias.
Já entregou a reclamação e garante que não paga “um tostão” enquanto “a situação não estiver devidamente esclarecida”, acrescenta.
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José António Silva tem outro caso para contar.
Por morte do pai, há 5 anos, ele e dois irmãos herdaram uma moradia em Vila Chã de Ourique onde “só existe o contador. Não o tirámos porque a casa é para vender, mas não gastamos um pingo de água”.
Pagavam todos os meses cerca de 8 euros, valor que vai subir para perto dos 20 euros, num aumento que considera “abusivo”.
Mas o caso piora; “fomos à Cartágua para mandar tirar o contador e exigiram-nos uma certidão de óbito e uma habilitação de herdeiros para o fazer”,* explica José Silva, para quem isto não faz sentido nenhum.
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Filomena Caetano, também consumidora particular, diz ainda estar para perceber a que se devem os 250 euros que lhe são exigidos.
Costumava pagar entre 35 a 40 euros e garante não ter tido nenhuma ruptura que justifique os 97 m3 de consumo que lhe foram facturados.
Da freguesia da Ereira, Maximina Morgado, que garante dar a “leitura certinha todos os meses”, também não percebe porque pagou 25,39 euros em Maio e agora lhe pedem 60,04 euros, referentes a Junho.
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Francisco Abreu tem uma pequena garagem no Cartaxo com uma sanita e um pequeno lavatório.
Diz que a empresa o obriga a ter um contador industrial, cujo aluguer aumentou de 2,36 euros para 5,86 euros.
“E disseram-me que no mês seguinte vai passar para 21,25 euros, independentemente de gastar água ou não”, acrescentou.
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Além dos consumidores particulares, as instituições, que têm um tarifário próprio, também apresentam queixas em relação aos novos preços da água.
Só do Lar de São João, a Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo passou de uma factura de 679,65 euros, em Maio, para uma de 2.122,64 euros, em Junho.
“Com o mesmo consumo, sensivelmente, a facturação triplicou”, constatou ao nosso jornal Luísa Pato**, explicando que o preço do metro cúbico da água passou de 0,31 euros para 1,12 euros, e que a taxa de saneamento variável passou de 0,35 euros para 0,79 euros.
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