PT – Uma viagem pelos mistérios do “rigoroso interesse nacional”
in blog "Cantigueiro"
Ler esta prosa só uma vez, ou à pressa, pode não ser o suficiente, mas vale a pena insistir, para se fazer uma ideia do maravilhoso mundo das empresas SGPS, do capital virtual e dos capitalistas sem pátria.
Exceptuando os “totós” pequenos accionistas, que com cinco ou dez acções de um banco, cadeia de supermercados, ou outro qualquer jogo de bolsa, acham que entram para o clube dos capitalistas... como dizia, exceptuando este “totós” que não se livrarão de ser taxados sobre as mais-valias obtidas no mais recente negócio da Portugal Telecom, mais ninguém pagará um cêntimo de impostos sobre o balúrdio de dinheiro que este negócio gerou.
Atendendo a que a PT tinha comprado a sua posição na “Vivo”, ao que consta, por mil e quinhentos milhões de euros e que agora a vendeu por sete mil e quinhentos milhões, estamos a falar de uma mais-valia de seis mil milhões de euros!
É aqui que a leitura do texto publicado pelo “Diário Económico” se torna muito “educativo”. Ficamos a saber que, fruto de jogadas sobre jogadas, truques sobre truques, empresas de “direito holandês (?)”, SGPèSses para todos os gostos, multiplicação de pequenas empresas que depois funcionam como “filhas” das grandes... e sobretudo, que quando estas empresas “filhas” rendem às empresas “mães” milhões de euros de lucros, estas estão dispensadas de pagar impostos sobre esses lucros, seja aqui ou lá, ou onde raio seja. Nem a PT, nem nenhum dos seus grandes accionistas, portugueses ou estrangeiros. Nada! Nicles!
Limitar-se-ão, certamente, a agradecer ao seu mais distinto "colaborador", o autêntico “funcionário número um”, José Sócrates, o ter jogado a cartada do “rigoroso interesse nacional” que teve, afinal, como único efeito, fazer subir os lucros da coisa. Agradecerão certamente, em género e num futuro próximo, com uma das muitas cadeiras de administração (mesmo que não executiva) que estão sempre à espera dos ex governantes mais destacados ao serviço da "causa".
Ficamos a pensar: então e não vai tudo preso? Puro engano!
Este é o momento de nos maravilharmos com o facto de todas estas trocas e baldrocas, todas estas trafulhices, todo a roubalheira, serem perfeitamente legais e enquadradas por uma directiva europeia conhecida exactamente por directiva “Mães e Filhas”.
Este é igualmente o momento em que eu tenho muita pena de que não se aprove e aplique uma nova directiva a que se poderia chamar, singelamente, directiva europeia “A Puta Que Os Pariu!”
in blog "Cantigueiro"
Ler esta prosa só uma vez, ou à pressa, pode não ser o suficiente, mas vale a pena insistir, para se fazer uma ideia do maravilhoso mundo das empresas SGPS, do capital virtual e dos capitalistas sem pátria.
Exceptuando os “totós” pequenos accionistas, que com cinco ou dez acções de um banco, cadeia de supermercados, ou outro qualquer jogo de bolsa, acham que entram para o clube dos capitalistas... como dizia, exceptuando este “totós” que não se livrarão de ser taxados sobre as mais-valias obtidas no mais recente negócio da Portugal Telecom, mais ninguém pagará um cêntimo de impostos sobre o balúrdio de dinheiro que este negócio gerou.
Atendendo a que a PT tinha comprado a sua posição na “Vivo”, ao que consta, por mil e quinhentos milhões de euros e que agora a vendeu por sete mil e quinhentos milhões, estamos a falar de uma mais-valia de seis mil milhões de euros!
É aqui que a leitura do texto publicado pelo “Diário Económico” se torna muito “educativo”. Ficamos a saber que, fruto de jogadas sobre jogadas, truques sobre truques, empresas de “direito holandês (?)”, SGPèSses para todos os gostos, multiplicação de pequenas empresas que depois funcionam como “filhas” das grandes... e sobretudo, que quando estas empresas “filhas” rendem às empresas “mães” milhões de euros de lucros, estas estão dispensadas de pagar impostos sobre esses lucros, seja aqui ou lá, ou onde raio seja. Nem a PT, nem nenhum dos seus grandes accionistas, portugueses ou estrangeiros. Nada! Nicles!
Limitar-se-ão, certamente, a agradecer ao seu mais distinto "colaborador", o autêntico “funcionário número um”, José Sócrates, o ter jogado a cartada do “rigoroso interesse nacional” que teve, afinal, como único efeito, fazer subir os lucros da coisa. Agradecerão certamente, em género e num futuro próximo, com uma das muitas cadeiras de administração (mesmo que não executiva) que estão sempre à espera dos ex governantes mais destacados ao serviço da "causa".
Ficamos a pensar: então e não vai tudo preso? Puro engano!
Este é o momento de nos maravilharmos com o facto de todas estas trocas e baldrocas, todas estas trafulhices, todo a roubalheira, serem perfeitamente legais e enquadradas por uma directiva europeia conhecida exactamente por directiva “Mães e Filhas”.
Este é igualmente o momento em que eu tenho muita pena de que não se aprove e aplique uma nova directiva a que se poderia chamar, singelamente, directiva europeia “A Puta Que Os Pariu!”
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