sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Todas as lutas contam (416) - Audição CTT na AR

C T T
Público é de todos
Sobre as dificuldades crescentes que os portugueses sentem no acesso aos serviços públicos - no serviço postal, serviços de saúde, nos transportes, entre outros – se pronunciou Luísa Ramos, do Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP). Em sua opinião, «a destruição de serviços públicos é a destruição de qualidade de vida das populações». Lembrado foi ainda o importante papel do MUSP nesta luta em defesa de serviços públicos de qualidade, com presença na rua, em tribunas públicas, com comunicados, visando apoiar a luta dos trabalhadores, o esclarecimento para a importância de as populações se organizarem em defesa dos serviços públicos.
Luísa Ramos fez notar que não há um único sector público que tenha sido privatizado que não tivesse passado, primeiro, por uma fortíssima campanha no sentido de degradar os serviços e por esta via levar as pessoas a aceitar a inevitabilidade da sua privatização, depois, por outra campanha vendendo a ideia de que da privatização resultaria um benefício em termos de melhores preços e melhores serviços. Ora essa é uma gigantesca falácia, argumentou, sublinhando que está por aparecer o serviço que «depois de privatizado tenha passado a servir melhor, mais barato e com melhor acessibilidade aos seus utentes». «Privado é de alguns, público é de todos», sublinhou, e o resto são cantigas...
Sobre as consequências deste processo de destruição de postos de proximidade dos CTT falou ainda Luísa Ramos, citando o caso de Cacilhas, onde a estação de correios encerrou e a mais próxima fica a 1,4 Km. Ora a resposta do Governo a uma pergunta do PCP sobre este fecho, lembrou, foi a de que esta estação ficaria a quatro minutos. «Não sei em que transporte vai o senhor, se vai de turbo skate, mas subir duas avenidas, para uma população idosa, se calhar nem 40 minutos chegam...», ironizou, concluindo que «isto seria risível se não fosse grave».

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