Notas da intervenção da CUSMT na reunião do Conselho Consultivo do CHMT
Notas da intervenção da CUSMT na reunião, de 13 dezembro 2022, do Conselho Consultivo do CHMT
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, gostaria de ver concretizadas algumas aspirações e resolvidos alguns problemas cuja resolução se vêm “arrastando” há muito tempo. São problemas, alguns deles, estruturais que, enquanto não forem resolvidos, o CHMT não passará de um grupo de 3 hospitais com integração diminuta.
Os cuidados urgentes:
Por Despacho ministerial, foram atribuídas Unidades Básicas de Urgência (UBU) a Tomar e Torres Novas e Unidade Médico Cirúrgica (UMC) a Abrantes.
Como se sabe as UMC incluem as UBU, logo se a UMC for atribuída ao CHMT, única entidade oficial que existe e que inclui os três hospitais, possibilitará ao Conselho de Administração a gestão dos cuidos urgentes de acordo com as necessidades e com as condições de cada unidade.
Este despacho fixa esta estrutura de prestação de cuidados urgentes e impede uma maior integração.
Consequência desta estrutura é a diferenciação dos valores das Taxas moderadoras, mais altas na Unidade de Abrantes para o mesmo tipo de cuidados.
Importa aqui referir, porque tem também importância na integração dos cuidados urgentes, aquela aspiração, ou condição de formação do CHMT, ainda não satisfeita: – A porta de entrada é a porta de saída –
Nesta área de cuidados, aos doentes que se dirigem às urgências de Tomar ou Torres Novas e que são, mais tarde, transferidos para Abrantes não lhes é garantido o transporte de regresso à origem. Há referências de grandes dificuldades para regressar.
Esta questão de não ser assegurado o regresso afeta também os outros cuidados nomeadamente os internamentos.
Ainda sobre os cuidados urgentes:
As instalações iniciais da Unidade de Abrantes foram dimensionadas para um número de doentes muito inferior ao atual, pelo que hoje não satisfaz as condições exigidas. É, pois, indispensável e muito urgente que as obras de requalificação se iniciem e terminem rapidamente. Se assim não for, teremos os doentes a continuar a dizer: para Abrantes não!
A elevação da qualidade da prestação dos cuidados de urgência passa pela resolução destes problemas.
Tendo em conta as condições da prestação de cuidados no concelho de Ourém, será de ponderar a criação de uma UBU.
Não será possível resolver todos estes problemas em 2023, mas é urgente resolvê-los!
Outras situações que a CUSMT gostaria de ver resolvidas ou pelo menos melhoradas:
- Estabilização dos recursos humanos por via da admissão de mais profissionais das diversas profissões e da melhoria das condições de trabalho e salariais.
É pública a informação sobre a dificuldade de contratar e manter profissionais, nomeadamente, médicos. Trabalhar no CHMT é mais exigente do que nos grandes centros. Por isso é preciso criar incentivos que possam atrair profissionais.
E, mesmo, no âmbito do Centro, é preciso criar condições de trabalho e de acesso semelhantes nas três Unidades.
A criação de transportes Intra unidades, para trabalhadores e doentes, poderia resolver algumas dificuldades.
Com equipas equilibradas e com boas condições de trabalho será possível recuperar e manter em dia as consultas e cirurgias.
A Saúde e bem-estar das pessoas e também a economia exige que estes cuidados sejam recuperados rapidamente!
- Articulação/integração dos Serviços de Saúde:
Apesar de algumas melhorias, os Serviços de Saúde ainda comunicam pouco entre si. Ainda se repetem exames nos Centros de Saúde e nos Hospitais. Ainda é escasso o diálogo entre os Centros de Saúde e os Hospitais.
São custos, nos serviços, e demoras, nas respostas, evitáveis. É, pois, importante que continuem os esforços no sentido de os Serviços de Saúde trabalharem mais integradamente.
- Pintura dos Edifícios das Unidades de Tomar e Torres Novas
Não é um conjunto de trabalhos indispensável nem inadiável, mas os cuidados de conservação prestados atempadamente são mais económicos e os edifícios mais acolhedores.
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