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Vila de Rei com abaixo-assinado contra atrasos dos CTT
Mas em Vila de Rei circula um abaixo-assinado. A iniciativa partiu de António Catarino, antigo presidente da Junta de Freguesia de Vila de Rei – durante duas décadas –, que aos 82 anos anda pelo concelho a recolher assinaturas “por falta da eficácia dos CTT na entrega de correspondência”. O abaixo-assinado contabiliza mais de 500, recolhidas desde o último fim-de-semana, mas o objetivo passa por alcançar as 1500 assinaturas, avançou ao nosso jornal.
Em causa atrasos, de cerca de um mês, em faturas para pagamento, notificações, designadamente de impostos, avisos de consultas médicas e correspondência em geral.
“Há atrasos na entrega de correspondência em três ou quatro semanas, chegando às pessoas fora de prazo, causando transtornos como atraso nos seus impostos, não pagam a tempo e horas e levam agravamento em multa, perdem a consulta médica porque não receberam a carta, cortes na eletricidade porque não pagaram, cortes no telefone pela mesma razão”, ou seja pelo não recebimento das faturas atempadamente, explica.
E porque “tal está a acontecer” António Joaquim Guerra Catarino decidiu avançar com um abaixo-assinado dirigido à Comissão Executiva dos CTT mas que pretende entregar na Assembleia da República e até, se necessário, ao Presidente da República, revelou.
“As próprias cartas emitidas por instituições de Vila de Rei, por exemplo a Santa Casa da Misericórdia, os Bombeiros, o Clube Vilarregense, as cartas são depositadas aqui, em Vila de Rei, e essas cartas às vezes chegam com 22 dias de atraso”, assegura. “Por onde andam essas cartas? O que vão fazer para a Sertã? E depois a Sertã por que é que as manda para Coimbra e para Lisboa para depois voltarem aqui?”, interroga.
Neste momento os mais de 500 subscritores manifestam o seu “descontentamento” por todos os referidos atrasos, exigindo que o serviço decorra dentro dos prazos determinados, por contrato, considerados “normais” para entrega.
Segundo António Catarino, ainda está por recolher assinaturas na freguesia da Fundada e na freguesia de São João do Peso, designadamente ir bater à porta das associações desportivas, no sentido de recolher o maior número de assinaturas possível “para verem que a comunidade” de Vila de Rei “não está contente com a situação”.
Assegura que o documento não será entregue aos CTT, nem mesmo na sede, em Lisboa, porque a ideia “é chamar a atenção dos CTT, empresa que afirma ter milhares de euros de lucro mas não vê o prejuízo que causa aos funcionários – que têm de andar deslocados de um lado para o outro, quando podem estar a trabalhar ao pé de casa – e aos utentes”.
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