sexta-feira, 7 de março de 2025

PPP hospitais: Estruturas representativas dos trabalhadores também já reagiram

Antes da moção de confiança, Governo avança para a entrega de hospitais aos privados

Estruturas representativas dos trabalhadores já reagiram 

Antecipando-se às conclusões do Conselho de Ministros, à TSF, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, disse que «se no passado construíram hospitais de raiz em zonas carenciadas, no presente o que a população corre o risco de ver é gestão de instituições que sempre foram públicas, que são nossas, entregues a entidades privadas, cujo objetivo principal é apenas o lucro».

Também sobre os supostos bons resultados das PPP, a mesma afirmou que «os bons resultados em Saúde apregoados pela ainda ministra Ana Paula Martins omitem toda a engenharia financeira», uma vez que deixam de fora «cuidados de saúde complexos, dispendiosos, mas que são muito importantes para os doentes».

As condições de trabalho dos profissionais de saúde foram também abordados, com Joana Bordalo e Sá a considerar que «estes acordos de transferência de gestão também obrigam à redução de custos em comparação com a gestão pública, o que conduz à deterioração dos cuidados de saúde prestados à população, como as relações laborais ficam mais precárias».

Já após o anúncio de António Leitão Amaro, numa nota enviada à comunicação social, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) considerou que a decisão de fazer regressar as PPP «demonstra bem o quanto este Governo está ao serviço do setor privado e dos grandes grupos económicos da área da saúde». 

Para o SEP são «vergonhosas as justificações que o Ministério da Saúde utiliza para voltar a entregar as anteriores PPP», considerando que a degradação e as supostas falhas no funcionamento dos serviços só existem porque Governo e Ministério da Saúde não as querem resolver de forma a que seja «mais compreensível para os portugueses a opção política da privatização».

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