sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Sobre a prestação de cuidados num unidade privada....

 

 

"Ao fim de duas horas, a grávida de seis semanas com sangramento abundante e dores pélvicas é vista por uma obstetra, que diagnostica “irregularidade no saco gestacional”, mas deteta batimentos cardíacos “normais” do feto e crescimento “compatível com a idade gestacional”. Envia a paciente para casa, com indicação de “repouso absoluto” e de regresso às urgências, caso o sangramento “não pare, aumente ou seja acompanhado de coágulos”.
A jovem futura mãe veio para casa com o coração mais tranquilo, mas assustada: se um seguro de saúde e uma instituição privada já não lhe garantem um atendimento tão célere quanto o desejado ou sequer quanto o estipulado pelos protocolos médicos e o SNS está como relatam as notícias, quem lho garantirá? De acordo com a triagem de Manchester, o sistema usado para classificar a gravidade dos casos e determinar a prioridade no atendimento de urgência, a situação de uma grávida com sangramento abundante e dores pélvicas seria considerada uma situação grave e urgente. Seria classificada com pulseira laranja (prioridade 2), indicado para situações que requerem atendimento urgente, mas não são de risco iminente de vida, podendo esperar no máximo 10 minutos. Foi o caso da grávida que esperou… duas horas."
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