terça-feira, 18 de dezembro de 2012

in O RIBATEJO

Carlos Ferreira alvo de saneamento político no Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria

Carlos Ferreira, que ainda na semana passada foi notícia pelo excelente resultados obtidos à frente do Agrupamento de Centros de Saúde do Ribatejo, acaba de ser alvo de um saneamento político, ao ser retirado o seu nome para a direção do novo ACES da Lezíria.
O distrito de Santarém passou a ter apenas dois ACES – Agrupamentos de Centros de Saúde, um a norte para o Médio Tejo, que abrange os ACES do Zêzere e Serra d’Aire, e um segundo a sul para a Lezíria do Tejo, que engloba os anteriores Aces Ribatejo e Lezíria.
A mudança agora concretizada no início de dezembro, já estava anunciada há meses, com os dois novos ACES a manterem as mesmas funções dos anteriores quatro anteriores ACES que têm 730 trabalhadores, dos quais 263 médicos. A grande surpresa foi a não recondução de Carlos Ferreira, que tem sido o diretor executivo do ACES Ribatejo e obteve um excelente desempenho que o colocou em primeiro lugar no top dos 22 Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Na carta de despedida, Carlos Ferreira refere que “o ACES Ribatejo, que resultou da extinção da Sub-Região de Saúde de Santarém, conseguiu atingir os objetivos que lhe foram colocados, ao conseguir criar um número substancial de unidades, onde se realçam as Unidades de Saúde Familiar, que tiveram reconhecimento de qualidade no passado mês de novembro, e que garantem o atendimento a mais de 100 mil utentes na área do ACES Ribatejo”, que abrange os concelhos de Santarém, Rio Maior, Cartaxo, Golegã e Azambuja. Por outro lado, sublinha que foi encetada uma estratégia com o objetivo de minimizar a falta de médicos de família, que abrange cerca de 15% da população inscrita, disponibilizando outros clínicos, o que fez com que a cobertura assistencial fosse praticamente total na área do ACES Ribatejo”.
Em novembro, o ACES Ribatejo viu reconhecido o seu desempenho pelos serviços centrais do Ministério da Saúde, sendo considerado o melhor dos 22 ACES da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que abrangem uma população de 3,5 milhões de utentes, o que lhe valeu um prémio.
Embora na carta de despedida Carlos Ferreira sublinhe que este trabalho de sucesso “só foi possível com o espírito de equipa e disponibilidade de muitos dos trabalhadores”, o seu mérito como gestor era inquestionável e a sua nomeação para o novo ACES era considerada natural.
Carlos Ferreira, com largo currículo na saúde e com mais de 20 anos como dirigente, foi formalmente convidado pelos serviços centrais do Ministério para assumir o mesmo cargo no Agrupamento entretanto criado, processo entendido como natural constando o seu nome, para nomeação em e-mail da própria Secretaria Geral do Ministério conjuntamente com muitos dos outros entretanto nomeados para outros ACES.
Foi, pois, com surpresa que na região se assistiu à nomeação do diretor do novo ACES em despacho assinado pelo ministro da Saúde Paulo Macedo, publicado em Diário da República, no dia 12 de dezembro, com efeito a partir da passada quinta-feira.
Para o lugar de diretor do ACES Lezíria foi nomeada Paula Cristina Rodrigues, de 40 anos, natural da Amadora, licenciada em Direito, com pós graduação em Administração Hospitalar, desde 2006 administradora no Instituto Português de Oncologia de Lisboa, onde era até agora diretora do serviço de gestão de recursos humanos. De 2000 a 2006 foi administradora hospitalar no Hospital Distrital de Santarém, nas áreas médica, de recursos humanos, no departamento de psiquiatria e saúde mental, e na gestão de doentes.
Para o ACES do Médio Tejo foi nomeada diretora executiva Agrupamento de Centros de Saúde Médio Tejo, Maria Sofia Varanda Gonçalves, de 40 anos, natural de Tomar, licenciada Gestão de Empresas pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e com o curso de especialização em Gestão Pública pelo Instituto Nacional de Administração Pública. Desde 2009 até à presente data tem sido a responsável pela unidade de apoio à gestão do Agrupamento de Centros de Saúde Serra d’Aire, e de 2000 a 2009 foi responsável pela Contabilidade da Sub-Região de Saúde de Santarém.

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