ABRANTES: Doc conferência imprensa CUSPCA e CUSMT
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Documento da CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
17 outubro 2022, segunda, 15 horas
Fte. Hospital de Abrantes
Apontamos os problemas do SNS, mas sublinhamos que continua a ser o SNS a garantir a esmagadora maioria de cuidados de saúde. O SNS não fechou nem colapsou, ao contrário do que a propaganda de todos os seus detratores, para justificar uma maior privatização. Como está provado não há alternativa, principalmente no concelho de Abrantes e na região do Médio Tejo, aos cuidados de saúde prestados pelo SNS, de forma universal e permanente. O SNS, apesar dos seus condicionalismos, continua a ser o serviço público mais importante e valioso para a população da região; no entanto, fruto de anos e anos de subfinanciamento tem graves problemas ao nível dos recursos humanos e também de articulação e organização.
É imperioso reforçar as acções de SAÚDE PÚBLICA, com mais iniciativas consequentes e contínuas, envolvendo todas as entidades que estão interessadas no bem-estar das populações. É fundamental prevenir doenças e episódios agudos de saúde, como a sinistralidade. É fundamental alargar os rastreios, sendo para tal importante a existente de UNIDADES MÓVEIS DE SAÚDE.
Compete em grande medida aos CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS/CENTROS DE SAÚDE a tarefa de garantir cuidados de saúde de proximidade e qualidade. Para isso, para além de instalações e equipamentos (transportes, meios de comunicação e informáticos,…) são necessários recursos humanos (médicos, enfermeiros, assistentes administrativos e operacionais, outros técnicos, como dentistas e assistentes, nutricionistas…). Abrantes e o Médio Tejo têm alta de todos esses profissionais. No último concurso nacional para médicos de família das 3 vagas atribuídas a Abrantes não foi preenchida nenhuma apesar de 2 dessas vagas serem contempladas com incentivos. Entretanto, no passado dia 29 setembro, foi aberto novo concurso para candidaturas às vagas não preenchidas.
O que se passa com os médicos também se passa infelizmente com enfermeiros, assistentes e outros profissionais. Há que organizar os serviços e procedimentos para garantir cuidados de saúde às populações.
Urgente o investimento nos Cuidados Primários/Centros de Saúde (dinamização das acções de saúde pública; mais profissionais, especialmente médicos; melhorar organização e acesso aos serviços; requalificar equipamentos e instalações;…)
Com a insuficiência ao nível da Saúde Pública e nos Cuidados de Saúde Primários, os CUIDADOS HOSPITALARES (especialmente as URGÊNCIAS) são o último recurso para quem precisa de cuidados de saúde. O Hospital de Abrantes, uma das unidades do CHMT, é indispensável às populações. Tem serviços que não existem nesta vasta região e profissionais que dão o melhor de si para reduzir ou debelar o sofrimento de muitos cidadãos e familiares. Mas há problemas que é preciso ir resolvendo e que são exigência das populações, como: reforço dos recursos humanos para valorizar o funcionamento de algumas especialidades (casos da ortopedia, cardiologia, obstetrícia,…) e a urgência. Defendemos a valorização da Maternidade, assegurando o seu funcionamento 24 horas dia/7 dias semana; a concretização, tão rápido quanto possível e na sequência de outras em curso, das obras na urgência do hospital, prometidas há uma dezena de anos.
A nossa solidariedade e apoio à luta das populações perante a ameaça de encerramento das maternidades em algumas regiões… (E há um Ministério da Coesão Territorial, o que sucederia de não existisse!!!????)
É reconhecida a falta de camas para CUIDADOS CONTINUADOS pelo que, para além da criação de mais camas, é importante a instalação de mais UCC (Unidades Cuidados à Comunidade).
Por fim, referência à importância do trabalho das Associações de Bombeiros e entidades similares no transporte de doentes e sinistrados. Também referência elogiosa ao trabalho das farmácias em meios rurais.
Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes
Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
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