domingo, 30 de outubro de 2022

CTT: precisos mais trabalhadores para melhorar o serviço postal

 

Em comunicado, divulgado pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), as estruturas sindicais disseram que “os 7,50 euros de aumento mensal imposto unilateralmente em 2022 a cada trabalhador continuam a ser um gozo com quem trabalha e mantém a empresa a funcionar”.

“Perante o agravar da situação, nada mais resta aos sindicatos que proporem a luta aos trabalhadores CTT”, de acordo com o comunicado, que avança com uma proposta de “greve geral nos CTT 31 de outubro e 02 de novembro”, afirmando que razões “não faltam” aos trabalhadores.

Os sindicatos referiram que “os CTT aumentaram os preços num mínimo de 6,8%, enquanto impunham unilateralmente um aumento de 7,50 euros a cada um dos seus trabalhadores”, sublinhando que “em setembro de 2022 a inflação galgou para os 9,3% segundo o INE”.

“A discussão dos problemas bem como desta proposta de luta continua no local próprio, os locais de trabalho”, concluiu o comunicado.

Em junho, os trabalhadores dos CTT já estiveram em greve também devido às atualizações salariais.

ANRED contra greve dos CTT convocada para 31 de outubro e 2 de novembro

A ANRED considera que a greve convocada nos CTT para 31 de outubro e 02 de novembro é “uma vez mais inoportuna” e continua a nada contribuir para os interesses dos trabalhadores.

Num comunicado, a Associação Nacional de Responsáveis de Distribuição (ANRED) “apela a todos os trabalhadores dos CTT para que continuem a dizer de forma muito firme: NÃO a prejudicar os portugueses que recebem o correio e as encomendas em suas casas; NÃO a mais instabilidade em cima da instabilidade que o país e os portugueses atravessam e NÃO a esta greve e, com isso, a prejudicar a distribuição do correio e das encomendas aos portugueses”.

“A ANRED e os profissionais dos CTT, em particular os que se encontram nas operações e na distribuição, tudo farão para que os portugueses sintam o menos possível os efeitos negativos que esta greve possa eventualmente causar na distribuição do seu correio e das suas encomendas”, indica a ANRED.

A associação socioprofissional adianta que considera a greve como um direito fundamental e constitucional dos trabalhadores, mas também considera que esta greve não resolve, uma vez mais, qualquer problema, prejudica uma vez mais os portugueses e “é uma vez mais oportunista, já que, como é regra das referidas organizações sindicais, foi convocada para um dia antes de um feriado nacional e um dia após o referido feriado”.

CTT “condenam e lamentam” greve nos próximos dias e alertam para perturbações

Os CTT – Correios de Portugal condenaram e lamentaram “veementemente” a greve convocada para os dias 31 de outubro e 02 de novembro, tendo repudiado as razões e alertado para a possibilidade de perturbações na distribuição de correio e encomendas.

https://mediotejo.net/greve-nos-ctt-a-31-de-outubro-e-02-de-novembro-por-melhores-salarios-e-mais-carteiros-c-audio/

Greve nos CTT a 31 de outubro e 02 de novembro por melhores salários e mais carteiros (C/ÁUDIO)

Os trabalhadores dos CTT vão estar em greve nos dias 31 de outubro e 02 de novembro, em protesto pelos “7,50 euros de aumento imposto” pelo grupo aos funcionários e pela falta de 40 carteiros no distrito de Santarém, nove dos quais em Abrantes.  Os CTT “condenam e lamentam” a greve dos próximos dias e alertam para perturbações no serviço.
As estimativas do sindicato apontam para a “necessidade urgente e entrada imediata” de 40 carteiros no distrito de Santarém, tendo Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), apontado a falta de nove carteiros em Abrantes, sete em Santarém, cinco em Tomar, quatro em Rio Maior, e três em Coruche e no Cartaxo, tendo ainda afirmado existir um défice de cinco carteiros no Centro de Tratamento e Distribuição de Torres Novas.

“Assim, os CTT condenam e lamentam veementemente a greve convocada para os dias 31 de outubro e 02 de novembro e repudiam as razões para a sua realização”, refere a empresa em comunicado.

Os CTT apontaram que nestes dias “poderão, eventualmente, existir perturbações na normal distribuição de correio e encomendas”, tendo preparado “um plano de contingência para minimizar eventuais impactos sentidos na operação, nomeadamente a mobilização de meios no sábado seguinte, quando tal se justifique para recuperar de eventuais atrasos”.

A empresa sublinha que respeita o direito à greve mas não deixa “de estranhar e repudiar as datas escolhidas pelos sindicatos promotores da greve para a sua realização”.

Os CTT criticaram, tal como a Associação Nacional de Responsáveis de Distribuição (ANRED), na quinta-feira, a realização da greve numa semana com um feriado.

c/LUSA

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