Zé Povinho faz 150 anos, assumindo-se como o português mais teimoso da história. Foi a 12 de junho de 1875 que Rafael Bordalo Pinheiro deu vida ao “Zé Povinho”, numa vinheta publicada no jornal A Lanterna Mágica. Nascia assim a personagem que, há século e meio, dá corpo e cara ao povo português — com ironia, crítica e um certo desalento, mas sempre de punho cerrado (ou mão à barriga). O Zé não é só caricatura: é espelho, é protesto e é também afeto.
Mais do que boneco, o Zé Povinho é símbolo de cidadania. O Museu Bordalo Pinheiro celebra o aniversário com exposições e conteúdos especiais que mostram como o Zé atravessou regimes, reinventou-se com novos autores e nunca deixou de ser atual. É que o “Zé” não morre: transforma-se. Continua a representar um povo que resiste, que refila, que sofre… mas que não desiste.
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