Há utentes na freguesia de Torre D. Chama, no concelho de Mirandela, que estão há mais de um mês sem médico de família. Uma médica do centro de saúde local está de baixa prolongada e ainda não foi substituída.
Os idosos são os mais prejudicados com esta situação, porque são obrigados a deslocar-se a Mirandela para conseguirem as receitas para comprar medicamentos.
A presidente da Junta de Freguesia, Paula Lopes, garante que já alertou os responsáveis da Unidade Local de Saúde do Nordeste para esta situação e teme pela saúde dos idosos.
“Quando se precisa de assistência médica e de medicamentos e não se tem médico é complicado, principalmente, para as pessoas idosas, porque têm que se deslocar para Mirandela e o transporte é muito caro, porque a maior parte das vezes só podem ir de táxi”, denuncia a autarca.
A Unidade de Saúde Familiar da Torre perdeu a classificação e passou a ser uma extensão do Centro de Saúde de Mirandela. Com a falta de um médico, os utentes só têm uma alternativa: deslocarem-se à sede de concelho.
Sem solução à vista
“Há um médico a trabalhar na Torre D. Chamas, mas faz o que pode e o que não pode. Porque não pode atender os doentes dele, passar os receituários e atender os doentes que não são dele”, constata Paula Lopes.
Por isso, a presidente da Junta da Torre garante que o problema só pode ser resolvido com a colocação de mais um médico na vila. “As pessoas precisam de um médico para serem consultadas e terem o receituário atempadamente todos os meses”, acrescenta a autarca.
O Centro de Saúde da Torre serve cerca de 3 400 utentes e há mais de um mês que só tem um médico, que não consegue satisfazer todos os pedidos.
Questionado sobre esta situação, o director clínico da Unidade Local de Saúde do Nordeste, Domingos Fernandes, garante que ainda hoje vai ser disponibilizado um médico para prestar serviço na extensão de saúde de Torre D. Chama.
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