Não desistimos de reivindicar a ABOLIÇÃO DAS PORTAGENS
Governo não cumpre os
prazos que fixou para apresentar proposta. Passaram 45 dias e a única resposta
é “muito em breve”.
As estruturas de utentes, populações e a generalidade das autarquias têm-se manifestado pela abolição das Portagens nas A23 e A13. Em 3 de março passado foram entregues no Ministério das Infraestruturas mais de 13 mil assinaturas recolhidas no Médio Tejo e algumas Assembleias Municipais e a Assembleia Intermunicipal, em momentos diferentes, aprovaram resoluções reivindicando a abolição das portagens.
Entretanto em 23 e 24 de fevereiro de 2023,
na Assembleia da República, discutiram-se e votaram-se várias iniciativas
legislativas para a abolição das portagens. A maioria esmerou-se na apresentação de argumentos defendendo a redução e
abolição das portagens e dando razão às reivindicações das populações e tecido
empresarial. Mas, fazendo até acusações a quem sempre esteve contra as
portagens e omitindo culpas próprias na sua instalação, logo a seguir dizem que
vão votar contra os diplomas!!!! As iniciativas foram chumbadas pela maioria
com a seguinte justificação dada pelo
Presidente do Grupo Parlamentar do PS (in jornalnegócios) "Nós queremos reduzir o valor das
portagens e por isso votámos favoravelmente no Orçamento do Estado aquele que é
hoje o artigo 264.º que diz ao Governo que até junho de 2023 tem que apresentar
uma reforma de redução tarifária, em particular, tendo em atenção as questões
de coesão territorial"… (Esta promessa foi reafirmada às Comissões de
Utentes em 3 março passado, no Ministério das Infraestruturas).
Passou
junho, passou julho e estamos a meio de Agosto e propostas? ZERO. Apenas a
afirmação da Ministra da Coesão Territorial, em meados de julho passado, “muito
em breve”…
Como em
outras declaração em que se prometem grandes iniciativas e planos (até 2029!!!,),
declarações “está por dias”, reuniões para marcar outras reuniões… e obra
concreta não aparece, adiantamos algumas possíveis razões para não aparecer o
dito “estado sobre as portagens”:
Ainda
devem decorrer negociações com as concessionárias para lhes garantir
alongamento do prazo das concessões e/ou as mesmas margens de lucro…;
Ainda
devem decorrer negociações com o Ministério das Finanças para, no próximo
Orçamento de Estado, incluírem uma alínea para “dar a possibilidade” ao Governo
rever as tabelas, lá para o meio do ano de 2024…;
Ainda,
pura e simplesmente, o Governo não quer abolir ou mexer nas portagens antes do
prazo eleitoralmente útil (aproximam-se as Europeias).
E o
tempo vai passando e as populações vão pagando. Mas fica uma pergunta: PORQUE
NÃO SÃO PRECISOS “ESTUDOS” PARA AUMENTAR O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS e O PREÇO DE
TANTAS NECESSIDADES BÁSICAS À VIDA DOS PORTUGUESES ??!!!
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