sábado, 20 de agosto de 2011

Só os rendimentos das famílias não aumentam


Torres Novas: tarifários dos TUT sofrem aumento “brando”
Os tarifários dos transportes urbanos torrejanos (TUT) vão subir até um máximo de 7,69 por cento. A medida foi anunciada por Pedro Ferreira, vice-presidente da autarquia, na reunião de executivo de terça-feira, dia 16 de Agosto. O autarca justificou a medida com a necessidade de manter algum equilíbrio entre as receitas e despesas deste serviço que, em 2010, teve um défice de 157 mil euros (mais de 30 mil contos).

“A alteração do tarifário dos transportes será feita dentro do bom senso e entendemos que não é preciso ir tão longe quanto foram os aumentos dos transportes a nível nacional que ultrapassam os 20 por cento”, referiu. Pedro Ferreira exemplificou o reflexo deste aumento nos passes para estudantes e idosos, cujo aumento será de um euro. Esta actualização não fará com que deixe de haver défice neste serviço municipal.
Por: Jornal Torrejano, em: 19-08-2011 11:09:48


Movimento de utentes manifesta-se contra subida dos preços
. Passe Entroncamento-Lisboa aumenta 26 euros

Tal como em vários locais do país, a estação do Entroncamento não ficou de fora da acção de protesto que diversos movimentos de utentes promoveram contra o aumento do preço dos transportes públicos. Na manhã de segunda-feira, o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos de Santarém (MUSP), realizou uma acção pública que consistiu na distribuição de um comunicado aos utentes onde manifesta a sua profunda indignação pelo aumento dos preços, implementado a 1 de Agosto.
A assinatura entre Entroncamento e Lisboa custava 166,40 euros, passando no início do ano para 174,90 euros e agora aumenta para 201,10 euros. “As pessoas discordam e dizem que é um roubo com todas as letras. Acresce que a este aumento juntam-se as subidas nas taxas moderadoras, combustíveis, electricidade, portagens, IVA e impostos sobre os salários”, explicou Manuel José Soares, porta-voz do MUSP.
Por outro lado, o Movimento de Utentes considera que este aumento revela uma enorme insensibilidade social, lamentando que, uma vez mais, a solução passe pelo sacrifício dos mais pobres e dos trabalhadores que, para as suas deslocações de casa para o trabalho, chegam a utilizar mais do que um meio de transporte. “Entretanto pouco ou nada se faz para reduzir a despesa com os imorais salários e mordomias dos gestores e o desperdício de recursos em acções de mera propaganda”, acrescenta o MUSP.
Por outro lado, o MUSP refere que estes aumentos irão afastar clientes, “podendo gerar um decréscimo nas receitas das empresas públicas, de tal sorte que a medida pode ter um efeito contrário ao do pretexto utilizado, a rentabilidade, mantendo essas empresas no pântano financeiro em que se encontram”.
O MUSP diz ainda que o transporte é um direito inalienável dos portugueses, não podendo tornar-se um serviço entregue à voragem do mercado: “Queremos uma gestão rigorosa, competente e transparente das empresas públicas de transportes. Queremos o saneamento financeiro dessas empresas, pondo fim à pouca-vergonha das últimas décadas, em que sucessivos Governos as usaram para sacudir o lixo do deficit orçamental, e agora pretendem preparar as condições propícias para a privatização de quase todas as empresas públicas de transportes”.
(in Riachense)


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