domingo, 7 de outubro de 2012

in Rede Regional

Concelho do país com o lixo mais caro: Santarém
     
Escrito por Redação on Sexta, 05 Outubro 2012 15:42

Santarém é o único município do distrito que cobra um valor superior a 200 euros anuais por um consumo de 180 m3, segundo a entidade reguladora do sector













A Câmara Municipal de Santarém é a autarquia do país que mais cobra aos seus munícipes pelos serviços de recolha e gestão dos lixos domésticos.

O município scalabitano figura em primeiro lugar no ranking nacional para um consumo familiar de 180 m3 de resíduos sólidos urbanos, e o segundo mais caro para um consumo médio de 120 m3, segundo dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).
No primeiro caso, os habitantes do concelho pagam 225 euros anuais pelo serviço de tratamento dos lixos, ao passo que, no segundo caso, o valor da factura é de 135 euros, igualmente por ano (os valores mensais são cobrados e estão discriminados na factura da água).
Analisando os dados da ERSAR, no escalão de 180 m3, é possível perceber facilmente que um residente no concelho de Santarém paga, por ano, mais 177 euros que um vizinho que resida no concelho de Almeirim, e mais 164 euros que um habitante de Rio Maior, por meros exemplos.
E não é porque estes dois municípios sejam particularmente generosos na cobrança dos resíduos sólidos, pois, a nível nacional, andam sensivelmente a meio da tabela.
No top20 das autarquias mais caras, surge ainda outro município do Ribatejo: Constância, que figura em 12º do ranking nacional no escalão de consumo de 120 m3, e é a 16ª para os 180 m3.
Entre os 21 concelhos do distrito que mais cobram, seguem-se depois Barquinha, Alcanena e Torres Novas.
Câmara de Mação não leva um tostão
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de ser o município mais caro do país, têm sido muitas as críticas ao serviço de recolha do lixo em Santarém, sobretudo nas freguesias rurais
Segundo o estudo da ERSAR, a Câmara Municipal de Mação é a única do distrito que não cobra pela recolha e tratamento de resíduos sólidos, em nenhum dos escalões de consumo analisados pela entidade reguladora.
Seguem-se, nesta ordem inversa, Salvaterra de Magos (8.64 euros para 120 m3, e 13.20 euros para 180 m3), e a Chamusca (12 euros para 120 m3, e 18 euros para 180 m3).
Ou seja, fazendo as contas aos valores em dinheiro que os munícipes suportam, a diferença anual entre Salvaterra de Magos e Santarém ronda os 126 euros no escalão intermédio de consumo, e os 211 euros no escalão mais elevado.
E as contas podem ainda ser feitas de outra forma, se tivermos em conta o total anual das facturas que chegam a casa das famílias, ou seja, incluindo o abastecimento de água, o saneamento e a recolha dos lixos.
Um scalabitano paga, segundo a ERSAR, um valor anual de 476.46 euros, em que 47% desse valor é destinado a suportar os custos da recolha e tratamento dos lixos domésticos.
Em Salvaterra de Magos, por mero exemplo comparativo, um habitante do concelho suporta anualmente 195,39 euros (menos 281 euros), e apenas 6% desse montante é reencaminhado para os resíduos sólidos urbanos.

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