quarta-feira, 3 de julho de 2013

"Deputados do PS pedem mudanças no acesso à saúde em Ourém" - Notícia O Ribatejo

Os deputados do PS sugerem a mudança dos utentes para o hospital de Leiria ou o reforço da unidade de urgência de Tomar.

Os deputados do PS eleitos pelo distrito de Santarém entregaram um requerimento na Assembleia da República a questionar e a exigir ao Governo uma solução diferente para o acesso da população de Ourém aos cuidados de saúde, em especial aos cuidados hospitalares. Neste documento, os deputados sugerem duas hipóteses: ou o Ministério decide pela manutenção e requalificação do serviço de urgência básico em Tomar, local aonde acorrem os utentes de Ourém; ou então permite que os habitantes do concelho possam aceder e ter como referência o Centro Hospitalar de Leria-Pombal, em particular a unidade hospitalar de Leiria, que fica a pouco mais de 26 km de Ourém.
Na primeira solução, os deputados pedem ainda que o Centro de Saúde de Ourém possa estar aberto até às 24h, que seja colocada uma viatura de atendimento ambulatório no concelho e que sejam implementadas consultas de especialidade no Centro de Saúde.
Recorde-se que Ourém integra o Médio Tejo e, por isso, tem como hospitais de referência as três unidades do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Recorde-se que, nesta altura, os utentes têm que recorrer ao hospital de Abrantes para aceder a uma urgência médico-cirúrgica, que fica a cerca de 70 km da sede do concelho, quando poderiam recorrer a Leiria que dista a 26 km.
Os deputados recordam ainda a importância do concelho, que é o mais populoso do Médio Tejo, com mais de 45 mil cidadãos, e que recebe, anualmente, uma grande população emigrante de cerca de 100 mil pessoas. Além disso, é também no concelho de Ourém, mais concretamente em Fátima, que se encontra o Santuário e onde acorrem cerca de 6 milhões pessoas por ano.
O documento refere que, em 2009, existiam 14 mil pessoas do concelho sem médico de família, situação que levou o anterior Governo a contratar empresas de serviços médicos e técnicos de saúde de forma a assegurar o acesso dos oureenses a um bem essencial como é a saúde. “Esta situação foi no entanto alterada depois das eleições legislativas de 5 de Junho de 2011, com o atual Governo a eliminar 60% das contratações de médicos, enfermeiros e profissionais de saúde no concelho, privando de médico de família cerca de 20 mil pessoas”, recordam os deputados socialistas. “As populações estão inconformadas e compete ao poder político central dar uma resposta”, reiteram os deputados, criticando “faltas de resposta a ofícios, situação inadmissível em democracia”.

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