Doentes oncológicos esperam meses por isenção nas taxas
As conclusões do estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre as taxas moderadoras, nomeadamente sobre cobranças indevidas a utentes que deviam estar isentos, afetando sobretudo doentes oncológicos, não surpreendem. Só vêm confirmar os problemas que há muito vinham sendo denunciados e que ainda persistem, afirmam utentes e especialistas em saúde.
foto JOSÉ MOTA/GLOBAL IMAGENS |
A Liga Portuguesa Contra o Cancro garante que continua a receber queixas de doentes a quem são cobradas taxas em determinados hospitais. "Há uns que cobram e outros não", assegurou, ao JN, o presidente do núcleo regional do Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro.
Vítor Veloso afirma que os doentes não recebem a informação devida sobre a dispensa do pagamento das taxas e "chegam a esperar seis meses pelo atestado multiusos, que devia ser dado automaticamente a doentes com cancro". Nesse período, os doentes são obrigados a pagar as taxas e "nunca são reembolsados", apesar de terem esse direito. "Há uma teia de burocracia tão grande que nunca recebem o que gastaram", denuncia Vítor Veloso.
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