Estudo: utentes e médicos valorizam análises clínicas no diagnóstico precoce
15/07/2013 - 12:43
Conclui estudo promovido pela Comissão Especializada de Diagnóstico in vitro da Apifarma
Utentes e médicos consideram que os meios de diagnóstico in vitro, indispensáveis para a realização das análises clínicas, são importantes na detecção precoce de determinadas patologias. A conclusão é de um estudo promovido pela Comissão Especializada de Diagnóstico in vitro (CEMD) da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), que procurou conhecer a percepção dos utentes dos serviços de saúde, dos médicos (clínicos gerais e especialistas), dos administradores hospitalares e dos responsáveis pelos laboratórios relativamente ao papel das análises clínicas, avança o portal Vital Health.
O estudo, realizado pela Pitagórica, revelou que os médicos especialistas inquiridos e os responsáveis dos laboratórios dão a maior importância aos exames e consultas de rotina para uma eficaz prevenção da doença. Actualmente, estima-se que 60 a 70% das decisões clínicas sejam tomadas tendo por base os resultados das análises clínicas.
De acordo com o estudo, 80,4% da população inquirida considera que as análises clínicas são importantes para a detecção precoce de uma doença e 43,3% destacam que são importantes para realizar o acompanhamento de uma patologia.
No entanto, utentes e médicos referem que os constrangimentos financeiros que têm sido impostos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm restringido a prescrição das análises clínicas, com 45% dos responsáveis de laboratórios e 34% dos médicos de clínica geral a revelar que prescrevem e realizam menos meios de diagnóstico in vitro, situação que Antónia Nascimento, vice-presidente da CEMD, considera "preocupante".
Também os administradores hospitalares (75%) indicam que as restrições financeiras a que está sujeito o SNS têm levado a uma maior limitação na realização de análises clínicas, atribuindo essa quebra a uma maior racionalização por parte dos médicos.
Para Antónia Nascimento, "os resultados demonstram que, apesar da reconhecida importância que os meios de diagnóstico in vitro têm no diagnóstico precoce e na escolha do tratamento mais adequado ao doente, o contexto actual limita a sua utilização". Na sua opinião, "esta informação pode constituir um alerta para as consequências negativas que daqui resultam, tanto para os doentes como para o próprio SNS, em termos de agravamento dos custos globais".
A vice-presidente da CEMD sublinha que os meios de diagnóstico in vitro permitem a realização de um rastreio atempado, de um diagnóstico precoce, a selecção do tratamento mais seguro e eficaz para o doente, o planeamento de estratégias e da gestão da doença e realizar estimativas de resposta ao tratamento.
Por sua vez, "a capacidade de realizar um diagnóstico precoce e de acompanhar a eficácia do tratamento prescrito conduz a benefícios inequívocos para o doente e, a longo prazo, poupa custos ao sistema de saúde".
Adicionalmente, "as análises clínicas são ainda fundamentais na identificação de potenciais riscos para o doente e de Saúde Pública".
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