Tráfego nas ex-SCUT cai 56%
Estimativas de viaturas nas ex-Scut que constam dos contratos com privados estão muito inflacionadas em relação à realidade, sublinha um estudo.
As ex-Scut registam este ano menos 56 por cento de tráfego face ao que estava previsto na assinatura dos contratos, de acordo com um estudo da Estradas de Portugal. Antes da introdução de portagens, entre 2010 e 2011, o desvio de tráfego na Costa de Prata, Algarve, Interior Norte, Beira Interior, Norte Litoral, Grande Porto e Beira Litoral e Alta já atingia, em média, os 18 por cento.
A situação vai manter-se nos próximos anos, ainda segundo as projeções feitas pela Estradas de Portugal, que está a rever os contratos de concessão das ex-Scut. Para o período 2014-2024, o desvio de tráfego em relação ao previsto vai agravar-se, em média, 60 por cento, atingindo em alguns casos 72 por cento.
"As estimativas de tráfego estão largamente desajustadas da realidade", sublinha o estudo ‘Concessões Rodoviárias: Um novo paradigma operacional'. As autoestradas da Beira Interior e do Grande Porto são as que, entre 2014 e 2024, deverão registar um desvio médio superior a 70 por cento face a previsto no caso-base. Já as concessões Interior Norte, Algarve e Costa de Prata deverão perder mais de 60 por cento do tráfego.
Perante estas previsões, está a ser renegociada a redução de custos com a manutenção.
Receitas sobem 26 milhões
A Estradas de Portugal registou, nos nove primeiros meses do ano, receitas de portagens de 216 milhões de euros, disse ao CM fonte da empresa. Trata-se de mais 26 milhões do que no mesmo período do ano passado. A Estradas de Portugal gasta por ano 50 milhões de euros com o sistema de portagens.
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