Debate na AR, a CE e os serviços públicos
"No parlamento houve um debate com o primeiro-ministro sobre o próximo Conselho Europeu. Não faltam assuntos na agenda do próximo Conselho Europeu. Um deles é a aprovação das “recomendações específicas por país”, ou seja, as diretrizes que a União Europeia resolve traçar para cada país. O não acatamento de tais diretrizes implica a possibilidade de aplicação de sanções aos países “incumpridores”. É este o ponto a que chegámos.
Pois bem, no próximo Conselho Europeu, o primeiro-ministro português irá votar estas recomendações. Que dizem elas em relação a Portugal? Entre outras coisas, o seguinte: que o aumento nominal da despesa primária líquida para o próximo ano será no máximo de 1,8%. Ou seja, com a inflação prevista, na prática, estamos a falar em reduzir esta despesa. Não é coisa pouco importante.
O que nos conduz à pergunta: vai o governo aprovar estas recomendações? E onde pensa cortar? Nos salários dos funcionários públicos, que há mais de uma década andam a encolher em termos reais? Na saúde? Na educação? Noutros serviços públicos? No investimento público necessário à mobilização do PRR e dos outros fundos comunitários? (mesmo que aí a UE diga para não se cortar, de onde se deduz que quanto ao resto nenhum problema)..." (João Ferreira, in Facebook)
publicado por usmt
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