domingo, 13 de janeiro de 2013

Comunicado da CUSMT sobre o CHMT

Há problemas na Urgência de Abrantes
Chegaram à Comissão de Utentes informações de que nos últimos dias se repetiram dificuldades e problemas na urgência Médico-Cirúrgica do CHMT, que está instalada na Unidade Hospitalar de Abrantes. 
Os relatos que nos foram feitos por utentes, familiares e profissionais (com diversas funções), todos eles são coincidentes. Alguns utentes, devido à escassez de meios, não têm sido tratados com dignidade e qualidade.
Em matéria de prestação de cuidados de saúde, mesmo que sucedesse apenas um episódio negativo (o que não é o caso, pois até os responsáveis têm admitido a existência de problemas), em milhares de episódios de urgência, já é motivo para alarme.
 
Como tem sucedido noutras estruturas hospitalares por todo o País, em que concentraram urgências e se reduziram o número de camas, em Abrantes passam-se situações que preocupam os profissionais e aumentam o sofrimento dos utentes e familiares.
No CHMT tem sido posta em prática uma “reorganização” feita por episódios, quase sempre coincidentes com os “exames da troika”, de que tem resultado a prestação de menos cuidados de saúde, que estão mais caros, mais longe e, em alguns casos, de pior qualidade.
Foi prejudicial para os utentes a decisão de concentrar as urgências. Os factos provam que as populações das zonas de Tomar e Torres Novas ficaram com um serviço de urgência mutilado, enquanto que Abrantes (ou qualquer das unidades) não tem condições para abarcar todas as necessidades de cuidados de saúde urgentes.
Cabe às entidades competentes averiguar os problemas existentes na prestação de cuidados hospitalares no CHMT, para evitar a sua repetição no futuro.
Com a recente divulgação do “estudo do FMI/Governo”, ficamos a saber da intenção de tornar ainda mais difícil o acesso a cuidados de saúde. Dificuldades, que advêm do anúncio da redução e encerramento de serviços, do aumento das taxas moderadoras e a definição de um reduzido pacote de cuidados essenciais.
No CHMT, atendendo a que não é conhecido o Plano de Actividade e Orçamento para 2013, volta-se a temer que seja apresentada mais uma fase da “reorganização”, de que resulte a concentração de mais serviços, com claros prejuízos para os utentes e trabalhadores como tem sucedido até agora.
Continuamos a defender a saúde e o bem-estar das populações do Médio Tejo. Por isso, defendendo a articulação entre os diversos níveis de prestação de cuidados de saúde, somos contra o encerramento de serviços hospitalares, de Extensões de Saúde e farmácias nas zonas rurais. Reclamamos que os serviços de Urgência, medicina interna, pediatria e cirurgia do ambulatório devem existir nas três unidades do CHMT (Abrantes, Tomar e T. Novas). Estas propostas foram subscritas por 26 mil utentes, em abaixo-assinado enviado ao Ministério da Saúde.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
Médio Tejo, 12 de Janeiro de 2013.


Sem comentários:

Enviar um comentário