sábado, 2 de março de 2013

Acção no Médio Tejo contra as portagens

 
Utentes do Médio Tejo defendem retirada imediata de todos os pórticos das antigas SCUT
A Comissão de Utentes da A23 e do IC3 do Médio Tejo defendeu esta sexta-feira, 1 de Março, a retirada imediata de portagens em todas as antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) devido aos "desastrosos resultados causados às populações".
Duas dezenas de manifestantes juntaram-se ao final do dia num dos principais nós de acesso ao Entroncamento, no âmbito de uma Jornada Nacional de Luta Contra as Portagens promovida pelas comissões de utentes das antigas Scut, tendo exibido uma faixa onde se podiam ler mensagens de repúdio à introdução de portagens, quinze meses depois da entrada em vigor daquela medida.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da Comissão de Utentes da A23 no Médio Tejo, António Ferreira, disse que o Governo "falhou" nas suas previsões e que a introdução de portagens na A23 e A13 está a "destruir o aparelho produtivo, a desertificar o interior e a impedir as acessibilidades e mobilidade" às populações e empresas.
"Quinze meses depois, já é possível observar os resultados desastrosos do ponto de vista social e económico, com o interior cada vez mais isolado e mais longe do litoral, e com as receitas previstas das portagens muito aquém do previsto", notou.
"As receitas das portagens não chegam para os aumentos da revisão dos contratos com as concessionárias", disse António Ferreira, tendo observado que, em termos de consequências para a economia, "tudo se agravou, desde o fecho de empresas, ao desemprego e custos na competitividade".
Aquele responsável lembrou ainda que a A23, planeada e concebida como Itinerário Principal (IP6), deixou de ter alternativas rodoviárias na maior parte da sua extensão, desde Torres Novas à Guarda, e que parte das estradas nacionais "passaram para as mãos dos municípios que lhes deram perfis urbanos e hoje rebentam pelas costuras", devido ao elevado número de veículos pesados, e outros, que ali circulam procurando vias alternativas.
"O Governo falhou e, como tal, está na hora de retirar todas as portagens introduzidas nas antigas Scut", defendeu.
Presente na concentração esteve também o coordenador da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, Manuel Soares, que apontou para os problemas que a atual situação provoca em termos de saúde pública.
"As largas centenas de viaturas que circulam em estradas secundárias e por dentro de povoações, ditas estradas alternativas, provocam problemas de ordem ambiental, de segurança rodoviária, poluição sonora e saúde pública", frisou.
"Libertem a A23 de todas as portagens", defendeu, tendo apelado a um "sentimento de solidariedade" para com as empresas e populações que vivem no interior do país. (in Mirante)

 
 
 
 



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