Médicos denunciam degradação do socorro prestado pelo INEM
TVI teve acesso ao abaixo-assinado de 118 profissionais de saúde
Por: tvi24 / Carlos Enes | 2013-03-20 21:28
Um abaixo-assinado subscrito por 118 médicos afirma que a qualidade do socorro prestado à população pelo INEM tem vindo a degradar-se.
«Algumas medidas implementadas nos últimos tempos geraram um decréscimo na qualidade do serviço médico prestado à comunidade e nas condições de eficácia e segurança do trabalho», lê-se no documento a que a TVI teve acesso.
Os médicos queixam-se da falta de qualidade do programa informático usado na receção das chamadas de socorro. Gera falsos positivos, ocupando ambulâncias, carros médicos e helicópteros em casos não urgentes, meios que podem depois fazer falta para doentes verdadeiramente em risco.
«Revisão técnico-científica de todos os fluxos de triagem do programa tetricosy® de forma a reduzir os inúmeros falsos positivos gerados atualmente pelo programa e que impedem uma maior qualidade na triagem e na selecção dos meios de socorro a accionar», defendem.
Os profissionais queixam-se ainda da falta de condições de trabalho das bases em terra dos helicópteros de emergência médica do Alentejo e Algarve.
«As bases dos helis de Beja e Loulé atualmente não têm condições ideais para o seu digno funcionamento, nomeadamente em termos de condições sanitárias, de higiene, de luminosidade e de controlo climático para a presença das equipas médicas», dizem.
O abaixo-assinado revela que, devido à falta de condições, os pilotos desses helicópteros não pernoitam nas bases, o que atrasa o socorro. «As equipas de pilotos, com o consentimento do INEM, não se encontram fisicamente nas instalações durante o período noturno, indo pernoitar a hotéis locais distantes das bases».
Os 118 subscritores representam 90 por cento do corpo médico do INEM, mas trabalham a recibo verde. Não aceitam a proposta de um novo corte no valor da hora de trabalho e denunciam pagamentos em atraso: «Atrasos na regularização dos vencimentos a pagar aos médicos, que no caso do serviço de helicópteros de emergência médica chegaram a ser de seis meses».
O presidente do INEM não acedeu ao convite para uma entrevista. Confrontado pela TVI com o documento apresentado pelos médicos, produziu apenas comentários sobre o diferendo remuneratório: «Trata-se de procurar um tratamento equivalente e uniforme, em termos remuneratórios, do trabalho médico em toda a administração pública».
O conselho diretivo garante ainda que vai responder aos médicos no prazo previsto e que está certo da boa compreensão deles para a resposta que está a preparar.
«Algumas medidas implementadas nos últimos tempos geraram um decréscimo na qualidade do serviço médico prestado à comunidade e nas condições de eficácia e segurança do trabalho», lê-se no documento a que a TVI teve acesso.
Os médicos queixam-se da falta de qualidade do programa informático usado na receção das chamadas de socorro. Gera falsos positivos, ocupando ambulâncias, carros médicos e helicópteros em casos não urgentes, meios que podem depois fazer falta para doentes verdadeiramente em risco.
«Revisão técnico-científica de todos os fluxos de triagem do programa tetricosy® de forma a reduzir os inúmeros falsos positivos gerados atualmente pelo programa e que impedem uma maior qualidade na triagem e na selecção dos meios de socorro a accionar», defendem.
Os profissionais queixam-se ainda da falta de condições de trabalho das bases em terra dos helicópteros de emergência médica do Alentejo e Algarve.
«As bases dos helis de Beja e Loulé atualmente não têm condições ideais para o seu digno funcionamento, nomeadamente em termos de condições sanitárias, de higiene, de luminosidade e de controlo climático para a presença das equipas médicas», dizem.
O abaixo-assinado revela que, devido à falta de condições, os pilotos desses helicópteros não pernoitam nas bases, o que atrasa o socorro. «As equipas de pilotos, com o consentimento do INEM, não se encontram fisicamente nas instalações durante o período noturno, indo pernoitar a hotéis locais distantes das bases».
Os 118 subscritores representam 90 por cento do corpo médico do INEM, mas trabalham a recibo verde. Não aceitam a proposta de um novo corte no valor da hora de trabalho e denunciam pagamentos em atraso: «Atrasos na regularização dos vencimentos a pagar aos médicos, que no caso do serviço de helicópteros de emergência médica chegaram a ser de seis meses».
O presidente do INEM não acedeu ao convite para uma entrevista. Confrontado pela TVI com o documento apresentado pelos médicos, produziu apenas comentários sobre o diferendo remuneratório: «Trata-se de procurar um tratamento equivalente e uniforme, em termos remuneratórios, do trabalho médico em toda a administração pública».
O conselho diretivo garante ainda que vai responder aos médicos no prazo previsto e que está certo da boa compreensão deles para a resposta que está a preparar.
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